O CASAMENTO DELES estava marcado e os preparativos foram todos realizados da melhor forma que alguém poderia e mereceria ter, o vestido de Kerlley foi feito na França por uma das melhores estilistas do mundo, Tânia Copelli.
— Você está parecendo um anjo, minha querida – disse a estilista idosa com um lenço azul amarrado em seu pescoço.
— Muito bonito seu lenço.
— É um lenço da sorte, ganhei de minha avó... por causa dele que minha grife se chama Blue Scarf.
Kerlley sorriu.
— Sua avó deve ter sido uma pessoa realmente incrível.
— A segunda mulher mais corajosa que conheci na vida.
— Segunda?
A idosa sorriu.
— Sim... a primeira foi minha adversária no mundo da moda, Gladys Viermond.
— Eu já ouvi falar nela.
— Claro que já ouviu queri
BENNY ESTAVA AO LADO de Kerlley Sullivan, ele iria levá-la ao altar.— Estou tão nervosa, Benny.— Não fique, tudo vai dar certo, você verá.Mas ela sabia que algo não estava certo, ela havia tentado ligar para ele, mas não havia atendido ao telefonema.— Já está na hora de começar e ele ainda não chegou.— O voo deve ter atrasado um pouquinho.— Estou com um mal pressentimento, Benny.Da última vez que ele tinha ouvido aquilo caiu um palco sobre a cabeça deles.Então veio a notícia que Keethan morreu no novo terremoto de escala 7.1 de magnitude no México.
KERLLEY ENTERROU o marido com toda a glória que um herói deveria ter.— Ele foi uma pessoa tão boa para mim, Benny.— Lembre-se de tudo o que fez por você e sua carreira.Ela assentiu.— Não tenho nem chão para voltar a cantar depois de tantas tragédias em minha vida.— Cante para superar as tragédias então, quantas pessoas são tocadas por suas músicas, seja mais uma.O terceiro e último disco foi ainda mais avassalador e depois disso a carreira de Kerlley sem a genialidade de Keethan foi aos poucos sendo esquecida até que ela voltou apenas a cantar na igreja em que era uma criança, cuidou de seu filho e nunca mais acreditou no amor além do que sentia pelo seu filho.BENNY E LAÍS tiveram ainda mais quatro filhos e viveram muitos anos felizes ao lado um do outro, ele como um
LAÍS THILTON: É uma homenagem a uma amiga querida que é crítica literária, ela tinha pedido que eu fizesse um personagem em homenagem a ela, não seria a regra, mas preferencialmente que não morresse (risos), de primeiro momento no livro ela seria a vilã, mas percebi que seria previsível demais, depois mudei e fiquei mais feliz com o resultado.BENJAMIN O’REILY: Não é ninguém em especial.KERLLEY SULLIVAN: É uma homenagem a uma amiga querida que é cantora e achei que seria bacana voltar a trabalhar neste universo depois de tantos anos ter lançado “O sorriso de Cintia Donnaville”.JOSEPH THILTON: Ninguém em especial.BREANNA: Nome de uma atriz pornográfica.JOHN O’REILY: Ninguém especial.STEVEN PERRY: Mistura do vocalista e guitarrista da banda de Rock Aerosmith da qual sou muito fã.
A SÉRIE DESTINO: igual aos seus primeiros livros, compostos por “Um salto para as estrelas” e “Meu bem Teu Mal”, é uma série inspirada em Sidney Sheldon que sempre trabalhava com personagens femininas, personagens que eu involuntariamente sempre trabalhei pouco, admito que era meio sexista da minha parte, mas vejo mais como preguiça de escrever algo que não era dentro da minha zona de conforto e acabei adorando escrever sobre protagonistas femininas.Obviamente que o título tem forte referência ao filme “Um drink no inferno”, dirigido por Quentin Tarantino e estrelado por George Clooney, apesar da história em si não ter absolutamente nada a ver, mas achei que seria um contraposto legal.
KERLLEY SULLIVAN chegou na coxia do palco e fitou a plateia que gritava eufórica por seu nome e sentiu medo, pela primeira vez na vida ela sentiu medo de cantar para alguém, ela sabia que a jornada dolorosa que tinha sido chegar até ali, o preço que havia pago tinha sido grande demais e não seria nada fácil seguir em frente, aquele era apenas seu primeiro grande show depois de tudo o que tinha passado nos tribunais para provar a sua inocência.Cantar havia salvo a sua vida dezenas de vezes, mas ali ela não era mais refém do seu destino, era a dona absoluta do que iria acontecer, nada e nem ninguém poderia apagar seu momento de glória, todos estavam ali para vê-la, para serem tocadas pelo seu talento único, era considerada pela grande mídia como a irmã gêmea branca de Whitney Houston, assim como a Mulher Maravilha tinha uma irmã gêmea de pele escura chamada
KERLLEY TINHA nascido em um lar protestante e desde cedo estava acostumada à rotina eclesiástica e tranquila do coral da sua igreja, desde os seus cinco anos de idade, quando foi descoberta pelo regente era tratada como um diamante precioso, primeiramente para eles que faziam inúmeras apresentações da criança cantora e depois, claro, se sobrasse espaço, Deus.Mesmo sem saber que estava sendo visivelmente explorada, a vida da pequena Kerlley Sullivan era cantar, não importava o local ou ambiente, se havia uma confraternização em família, sua mãe a colocava no centro da roda e dizia:— Cante aquela música que a mamãe te ensinou ontem, querida, estão todos aqui para vê-la cantar.Ela obedecia e era ovacionada por todos que estavam ali presentes.Diferentemente da filha, Ashley Sullivan era uma pianista e organista frustrada, seja no meio music
BENJAMIN ESTAVA BEIJANDO sua namorada Laís em seu quarto enquanto a festa anual de confraternização das famílias estava rolando no andar de baixo.Todos sabiam que era de desejo mútuo desde sempre que os dois se tornassem um casal e quando os dois anunciaram foi um motivo a mais para fazerem outra festa.— Você acha que devemos? – Disse ela nitidamente envolvida pelo momento e pelo que estava sentindo há tempos pelo belo rapaz, mas também precavida devido as duas famílias estarem ali presentes tão perto deles, mas eles também sabiam que por serem adolescentes eram movidos a hormônios, era a mistura inebriante de desejo e perigo que os rondava que fazia com que desejassem cada vez mais um ao outro.— Nunca saberemos se não tentarmos... e outra, se você engravidasse, a família faria outra festa, você sabe que eles nos querem ver juntos a to
LAIS ESTAVA ABRAÇADA ao noivo durante o sepultamento de seus sogros, ela apertou a sua mão o máximo que pode para mostrar a ele que estava ali para o que desse e viesse.— Vai dar tudo certo.Ele assentiu, mas sua mente estava muito longe de tudo aquilo.— Estamos aqui com você.Não... não estavam... Joseph tinha deixado muito claro após o policial sair de seu escritório, tudo estava armado desde o começo.LAIS ENTROU EM SEU QUARTO e caiu na cama totalmente sem forças, ela sabia que ter ficado noiva de Benny da noite para o dia não iria aplacar a dor dele, mas a notícia, indiferente do momento tinha que ser celebrada de alguma forma.Em seu coração, Benny era o homem dos seus sonhos, era bonito, inteligente e ambicioso, a origem de sua família ainda era muito duvidosa e ele mesmo sempre desconvers