BENNY CONTINUOU a defender grandes casos e vivia uma ascensão meteórica em sua carreira, acompanhado de sua esposa que geria os negócios.
— Acho que o nosso escritório nunca esteve tão abarrotado de trabalho como está agora.
— O caso de Kerlley ajudou bastante.
— Agora que passou o furacão, consigo ver melhor mesmo, obrigada por não ter me ouvido daquela vez.
— Você teve seus motivos.
— Mas agora tenho motivos ainda melhores para comemorar.
Benny havia percebido a mudança significativa no humor e no corpo de sua esposa com o tratamento.
— Desta vez meu atraso menstrual tem um bom motivo.
Benny demorou alguns instantes para perceber o que ela tinha acabado de dizer.
— Você está falando sério?
Ela assentiu com um sorriso no rosto.
Benny a abraçou e a levantou no colo e a be
A VIDA DE KEETHAN longe de Kerlley era quase igual aos astros de uma banda de rock nos anos 70 e 80, regada a sexo e drogas, não exatamente nesta ordem, mas nunca fugia desta regra.Se eu contasse a todos os meus amigos do México eles não iriam acreditar na sorte que tive...Mas ele sabia que a maioria deles havia morrido naquele terremoto.KEETHAN NUNCA tinha voltado ao México depois que saiu de lá, era como se tivesse feito uma promessa para não voltar ao lugar de tantas desgraças.Ele olhou o Estádio Azteca e sentiu uma imensa alegria por ver de perto tudo aquilo reconstruído.Keethan tinha falado com Kerlley poucos minutos antes de sair de um bordel e iria tomar um banho e pegar o voo para Boston.Tomara que a vida de casado não estrague a vida que suei e gozei muito para conquistar...Foi então que seu
O CASAMENTO DELES estava marcado e os preparativos foram todos realizados da melhor forma que alguém poderia e mereceria ter, o vestido de Kerlley foi feito na França por uma das melhores estilistas do mundo, Tânia Copelli.— Você está parecendo um anjo, minha querida – disse a estilista idosa com um lenço azul amarrado em seu pescoço.— Muito bonito seu lenço.— É um lenço da sorte, ganhei de minha avó... por causa dele que minha grife se chama Blue Scarf.Kerlley sorriu.— Sua avó deve ter sido uma pessoa realmente incrível.— A segunda mulher mais corajosa que conheci na vida.— Segunda?A idosa sorriu.— Sim... a primeira foi minha adversária no mundo da moda, Gladys Viermond.— Eu já ouvi falar nela.— Claro que já ouviu queri
BENNY ESTAVA AO LADO de Kerlley Sullivan, ele iria levá-la ao altar.— Estou tão nervosa, Benny.— Não fique, tudo vai dar certo, você verá.Mas ela sabia que algo não estava certo, ela havia tentado ligar para ele, mas não havia atendido ao telefonema.— Já está na hora de começar e ele ainda não chegou.— O voo deve ter atrasado um pouquinho.— Estou com um mal pressentimento, Benny.Da última vez que ele tinha ouvido aquilo caiu um palco sobre a cabeça deles.Então veio a notícia que Keethan morreu no novo terremoto de escala 7.1 de magnitude no México.
KERLLEY ENTERROU o marido com toda a glória que um herói deveria ter.— Ele foi uma pessoa tão boa para mim, Benny.— Lembre-se de tudo o que fez por você e sua carreira.Ela assentiu.— Não tenho nem chão para voltar a cantar depois de tantas tragédias em minha vida.— Cante para superar as tragédias então, quantas pessoas são tocadas por suas músicas, seja mais uma.O terceiro e último disco foi ainda mais avassalador e depois disso a carreira de Kerlley sem a genialidade de Keethan foi aos poucos sendo esquecida até que ela voltou apenas a cantar na igreja em que era uma criança, cuidou de seu filho e nunca mais acreditou no amor além do que sentia pelo seu filho.BENNY E LAÍS tiveram ainda mais quatro filhos e viveram muitos anos felizes ao lado um do outro, ele como um
LAÍS THILTON: É uma homenagem a uma amiga querida que é crítica literária, ela tinha pedido que eu fizesse um personagem em homenagem a ela, não seria a regra, mas preferencialmente que não morresse (risos), de primeiro momento no livro ela seria a vilã, mas percebi que seria previsível demais, depois mudei e fiquei mais feliz com o resultado.BENJAMIN O’REILY: Não é ninguém em especial.KERLLEY SULLIVAN: É uma homenagem a uma amiga querida que é cantora e achei que seria bacana voltar a trabalhar neste universo depois de tantos anos ter lançado “O sorriso de Cintia Donnaville”.JOSEPH THILTON: Ninguém em especial.BREANNA: Nome de uma atriz pornográfica.JOHN O’REILY: Ninguém especial.STEVEN PERRY: Mistura do vocalista e guitarrista da banda de Rock Aerosmith da qual sou muito fã.
A SÉRIE DESTINO: igual aos seus primeiros livros, compostos por “Um salto para as estrelas” e “Meu bem Teu Mal”, é uma série inspirada em Sidney Sheldon que sempre trabalhava com personagens femininas, personagens que eu involuntariamente sempre trabalhei pouco, admito que era meio sexista da minha parte, mas vejo mais como preguiça de escrever algo que não era dentro da minha zona de conforto e acabei adorando escrever sobre protagonistas femininas.Obviamente que o título tem forte referência ao filme “Um drink no inferno”, dirigido por Quentin Tarantino e estrelado por George Clooney, apesar da história em si não ter absolutamente nada a ver, mas achei que seria um contraposto legal.
KERLLEY SULLIVAN chegou na coxia do palco e fitou a plateia que gritava eufórica por seu nome e sentiu medo, pela primeira vez na vida ela sentiu medo de cantar para alguém, ela sabia que a jornada dolorosa que tinha sido chegar até ali, o preço que havia pago tinha sido grande demais e não seria nada fácil seguir em frente, aquele era apenas seu primeiro grande show depois de tudo o que tinha passado nos tribunais para provar a sua inocência.Cantar havia salvo a sua vida dezenas de vezes, mas ali ela não era mais refém do seu destino, era a dona absoluta do que iria acontecer, nada e nem ninguém poderia apagar seu momento de glória, todos estavam ali para vê-la, para serem tocadas pelo seu talento único, era considerada pela grande mídia como a irmã gêmea branca de Whitney Houston, assim como a Mulher Maravilha tinha uma irmã gêmea de pele escura chamada
KERLLEY TINHA nascido em um lar protestante e desde cedo estava acostumada à rotina eclesiástica e tranquila do coral da sua igreja, desde os seus cinco anos de idade, quando foi descoberta pelo regente era tratada como um diamante precioso, primeiramente para eles que faziam inúmeras apresentações da criança cantora e depois, claro, se sobrasse espaço, Deus.Mesmo sem saber que estava sendo visivelmente explorada, a vida da pequena Kerlley Sullivan era cantar, não importava o local ou ambiente, se havia uma confraternização em família, sua mãe a colocava no centro da roda e dizia:— Cante aquela música que a mamãe te ensinou ontem, querida, estão todos aqui para vê-la cantar.Ela obedecia e era ovacionada por todos que estavam ali presentes.Diferentemente da filha, Ashley Sullivan era uma pianista e organista frustrada, seja no meio music