UM AMOR NO PROSTÍBULO
UM AMOR NO PROSTÍBULO
Por: Sol Rodrigues
CAPÍTULO 1

NICOLE

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Pra minha família eu sou uma garota reservada, com poucos amigos, e me chamam de antissocial, eu sou a mais quieta da minha turma de amigos, todos me acham inocente e frágil, mas pros meus clientes, eu sou a mais safada, a mais desinibida, e a garota do prazer, a "Mila".

Ninguém sabe o que eu faço da minha vida, nem meus amigos, eu tento manter a todo custo essa parte em completo sigilo.

Eu trabalho em um prostíbulo, enquanto todos da casa dormem, eu saio pra ganhar a vida, e eu sei que pra grande maioria da sociedade, essa é a pior maneira de se ganhar a vida, mas isso porquê não viram a quantidade de dinheiro que recebo apenas por satisfazer os homens que me procuram.

Aparentemente o estabelecimento é apenas um local de música, danças e bebidas, mas na verdade, por trás dos bastidores, nas suítes que compõem o andar de cima do lugar, acontece de tudo, e eu sou uma das garotas vips do local, isso significa que eu só atendo clientes de alto padrão social, e eu não penso em deixar de me prostituir agora, o que eu quero é juntar muita grana pra ter um futuro seguro.

Durante a tarde eu faço faculdade de Gestão em negócios, meus pais pagam a minha faculdade, mas eu mesma poderia pagar, porém eles iriam perguntar de onde estava vindo o dinheiro, e eu não iria conseguir esconder o que eu faço deles por muito tempo, então eu deixo eles pagarem e mantenho uma conta separada onde eu coloco todo o valor que eles investem em mim, pra quando essa bomba estourar, eu possa devolver tudo pra eles, essa conta é intocável.

Eu trabalho de meia noite às 04:00 da manhã, e chego em casa às 05:00, pois as 06:00 os meus pais levantam pra ir trabalhar, então eu chego, tomo um banho, depois faço o café da manhã, e eles nunca desconfiaram de nada, depois que eles saem, eu vou dormir e acordo na hora de ir pra faculdade, quando eu chego, eu durmo mais um pouco, depois estudo, faço trabalhos e tudo relacionado a faculdade antes de ir pro prostíbulo, essa é a minha rotina.

— Huuum, que cheiro bom Nicole, o que temos pro café da manhã?

A minha mãe pergunta ao entrar na cozinha.

— Café, Torradas, queijo e panquecas.

— Bom dia princesa, você caprichou aqui em? Meu pai falou enquanto pegava as torradas.

Toda manhã eles perguntam sobre a faculdade, e a minha resposta sempre é a mesma.

— Estou amando, minhas notas estão excelentes, estou me saindo bem.

É mais do que o suficiente pra manterem eles longe do meu pé.

Quando eles saem, finalmente eu fico livre pra dormir, afinal, dar a xota cansa horrores.

O dia seguiu normalmente, na mesma rotina e pegada de sempre, e a noite chegou trazendo seus mistérios e segredos.

Depois do jantar fui pro meu quarto e aguardei os meus pais subirem pro quarto deles, a minha grande vantagem é dormir no andar de baixo sozinha, pois o risco de ser pega saindo de casa é mínimo.

Coloquei uma roupa sensual na minha bolsa, maquiagem, brinquedos eróticos, e tudo o que costumo usar, eu nunca saio produzida de casa, sempre deixo pra me arrumar no cabaré.

— Boa noite menina.

Falei assim que cheguei na sala que usamos pra nos preparar. Existem duas salas, uma apenas pras garotas vips, a outra pras garotas que não são muito requisitadas, aqui você é a única responsável por fazer o seu nome, se os clientes pedem muito você, uma hora você acaba se tornando uma VIP, por isso, tem que fazer o trabalho direito, sem frescura.

Coloquei minha lingerie na cor vinho, a liga nas minhas pernas, soltei os meus cabelos, fiz uma maquiagem top, e usei um batom da mesma cor da lingerie, depois coloquei um mini vestido por cima, com um salto enorme, e passei um perfume intenso, não demorou muito pra que a Faby, a atendente do prostíbulo me chamasse.

— Cuida Mila, o Sr.Jarbas está aguardando você na suíte 23.

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