Segunda – feira, 15h11
Estava deitado em minha cama no meu quarto, se é que se pode chamar aquilo de quarto. E eu estava olhando para as paredes, que é só o que tinha ali mesmo, no entanto, estava com o pensamento longe, fiquei pensando em quanto tempo mais eu teria que viver naquele pesadelo com pessoas que me odeiam, eu não queria nada disso, não era pra nada disso estar acontecendo.
- Posso entrar? - Me perguntou Aliny.
- Claro. - Falei ao me sentar na cama.
Ela se sentou ao meu lado e ficou calada apenas me olhando.
- Fico feliz que você tenha voltado. - Ela disse.
- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - Falei tristemente.
- Eu sei que é tudo novo pra você, mas aos poucos você se acostumará e até gostará de morar aqui.
- Tá aí uma coisa que eu tenho certeza que jamais acontecerá.
- Se depender
Terça – feira, 15h00Estava tomando banho, tinha levado uns dez minutos no chuveiro, o que era permitido para mim, e aí de mim se ultrapassasse esse tempo. Meus joelhos ainda estava muito machucados, e quando a água caia sobre eles, doia um pouco, mas estava tentando ser forte, embora nem sempre eu conseguisse. Enquanto tomava meu banho, pensei em Phelippe, como gostaria de poder morar com ele, ainda mais agora que eu sabia que ele também me amava do mesmo jeito.Terça – feira, 15h10Sai do banho e me deparei com Harry, que parecia tentar segurar uma risada, e eu fiquei sem entender o que estava havendo.- Belo cabelo, Juan. - Ele disse entre risos.Me olhei no espelho e meu cabelo estava... azul? Que merda era essa? Bom, eu até desconfiava de quem poderia ter feito isso.- Ah, seu monstrinho. - Falei me pondo a correr atrás de Harry.O garoto correu pela casa e eu cor
Quinta – feira, 15h39Phelippe e eu estávamos sentados no sofá de sua sala nos beijando.- E como está as coisas lá na sua tia? - Me perguntou o mais velho.- Bem, ganhei um novo aliado. - Falei com um leve sorriso.- Ah, sério? Quem?- Tyler, um dos filhos de Derick.- Hum... E ele é bonito? - Perguntou o garoto meio enciumado.- Lindo, muito gostoso, parece o Léo Di Caprio quando fez o Titanic. Um Deus grego. - Falei provocando-o.- Sério? - Perguntou o louro meio cabisbaixo.- Claro que não, seu idiota. Ele é bonito, mas não chega nem aos seus pés. - Falei. - É que eu adoro te ver enciumado.- Ah, seu besta, não brinca assim, não, você sabe que eu morro de ciúmes de você.- É mesmo?- Claro que sim, seu tapado. Eu morro só de pensar em te perder.-
- Você é o quê? - Indago sem crer no que eu havia acabado de ouvir.- Gay. Gosto de homem, pinto, rola, que nem você. - Disse Tyler sem papas na língua.- Uau. Por essa eu não imaginava. - Falei bastante surpreso.- Por quê? Pensa que é só você que pode saber o lado bom da vida?Eu ri e ele riu também. Olhei para Tyler e não conseguia crer no que ele havia me contado. Juro que não esperava por essa, foi um choque e tanto, um choque bom, eu acho.- E o seu pai sabe? - Perguntei.- Óbvio que não, né?Se ele soubesse, agora eu não estaria vivo.- Verdade. - Falei entre risos.Sábado, 16h00Estava terminando de arrumar a casa. Estava fazendo os afazeres domésticos desde a manhã, já estava muito cansado, mas havia feito tudo sem reclamar para ver se tia Nina deixava eu sair quando
- O que foi isso? - Perguntei incrédulo.- Hã... Um beijo? - Deu de ombros.- Eu sei que foi um beijo. Mas Tyler... Eu tenho namorado, e você sabe disso. - Falei.- Você ama ele? - Me questionou.- Mais do que a mim mesmo. - Falei.Tyler abaixou a cabeça em silêncio, pareceu um pouco triste. Não gostava de ver ele daquele jeito, mas eu também não podia mentir, eu amava muito o Phelippe.- Desculpa. Fica assim não. Eu gosto muito de você, mas como amigo. Perdão se eu te dei falsas esperanças.- Não Juan, eu que sou trouxa mesmo, você não tem culpa.- Não fala assim, você não é trouxa.- Olha, eu entendo que nós não podemos ficar juntos por causa do seu namorado, mas eu não queria deixar de ser seu amigo por causa disso. - Disse Tyler.- Relaxa, tá de boa.
- Você gostou do beijo? - Me questionaou Phelippe parecendo enciumado.- Quê? Claro que não. - Respondi.- Ah, Juan, eu não sei o que pensar. Sério, se você sente algo por ele, me fala, a gente termina numa boa, mas não me engane.- Amor, me escuta. - Falei. - Esse beijo não significou nada pra mim. Eu amo é você e é com você que eu quero ficar, só com você.O garoto me deu um selinho e me abraçou. Ah, ele era tão fofo. Como não amar uma pessoinha dessas? Ele era simplesmente magnífico, o melhor cara desse mundo.Segunda – feira, 10h00.Avistei Giulia conversando com Pietra e Gaby. As três estavam sentadas em um banco, e eu estava em outro com os meus amigos e com Phelippe. Fiquei olhando para elas, enquanto esperava que Gaby e Pietra saissem, mas elas não saiam. Pedi licença para os rapazes e fui
Sexta – feira, 21h20Tia Nina e eu chegamos em casa, ela havia me levado o caminho todo pelo braços, como se eu fosse fugir, e talvez fosse mesmo se eu pudesse.- Juan? - Perguntou Javier ao ver eu chegar sendo praticamente arrastado pela minha tia.- O que houve? - Questionou Derick.Tia Nina, no entanto, contou que me viu beijando outro cara e que a história da namorada havia sido uma total farsa. Derick olhou para mim com desprezo, fiquei mal só com o jeito dele me olhar, abaixei minha cabeça e ele se aproximou de mim cautelosamente.- Você me dá nojo. - Ele disse se pondo a cuspir em meu rosto.- E eu tenho nojo de pessoas como vocês. - Falei me pondo a me retirar para aquilo que eles chamam de quarto.Eu estava em meu quarto e deitei naquela cama que era mais dura que pedra. Comecei a chorar, não aguentava mais tanto ódio e desprezo, eu nunca havia feito mal a uma
O doutor nos olhou sério e simplesmente abaixou a cabeça.- Como está minha mãe? - Perguntou Aliny.- Ela não resistiu. - Disse o doutor.Todos começaram a chorar, inclusive eu. Eu não era uma pessoa má, por mais que tia Nina fosse ruim para mim, eu não queria que ela morresse, até porque ela tinha 4 filhos que precisavam dela, e eu sei a dor de perder uma mãe e essa dor eu não desejo para ninguém, nem para meu pior inimigo. Sabem, ali vendo o sofrimento de todos, principalmente de meus primos, eu vi que eu preferia mil vezes continuar sendo torturado até fazer aniversário do que tia Nina ter morrido e ter deixado os filhos sozinhos, pior que eu nem sei se Derick ficaria com os filhos de minha tia também, pois ele já tinha os dele e não deve ser nada fácil cuidar sozinho de 7 crianças e jovens.S&a
Segunda – feira, 10h00- Então, a sua tia morreu? - Me questionou Giulia bastante surpresa com a notícia que eu havia acabado de lhe contar.- Aham. - Respondi.- Bem feito, agora vai arder no fogo do inferno. - Disse Aisha.- Aisha! - Reprendeu a ruiva surpresa com a fala da garota muçulmana.Pedi para ela não falar assim, pois a morte não era para ser castigo pra ninguém. Aisha, no entanto, disse que eu era muito bonzinho, talvez eu fosse mesmo, mas fazer o que, se é o meu jeito, não conseguia desejar o mal do outro, mesmo que o outro fosse uma pessoa má, quer dizer, só desejava o mal de assassinos e pedófilos, estupradores, pois esses merecem tudo de ruim, e deles eu não sentiria um pingo de pena.Segunda – feira, 11h10Estávamos na aula de Português, e até que estava legal, fizemos uma redação sobre o q