- Você é o quê? - Indago sem crer no que eu havia acabado de ouvir.
- Gay. Gosto de homem, pinto, rola, que nem você. - Disse Tyler sem papas na língua.
- Uau. Por essa eu não imaginava. - Falei bastante surpreso.
- Por quê? Pensa que é só você que pode saber o lado bom da vida?
Eu ri e ele riu também. Olhei para Tyler e não conseguia crer no que ele havia me contado. Juro que não esperava por essa, foi um choque e tanto, um choque bom, eu acho.
- E o seu pai sabe? - Perguntei.
- Óbvio que não, né? Se ele soubesse, agora eu não estaria vivo.
- Verdade. - Falei entre risos.
Sábado, 16h00
Estava terminando de arrumar a casa. Estava fazendo os afazeres domésticos desde a manhã, já estava muito cansado, mas havia feito tudo sem reclamar para ver se tia Nina deixava eu sair quando
- O que foi isso? - Perguntei incrédulo.- Hã... Um beijo? - Deu de ombros.- Eu sei que foi um beijo. Mas Tyler... Eu tenho namorado, e você sabe disso. - Falei.- Você ama ele? - Me questionou.- Mais do que a mim mesmo. - Falei.Tyler abaixou a cabeça em silêncio, pareceu um pouco triste. Não gostava de ver ele daquele jeito, mas eu também não podia mentir, eu amava muito o Phelippe.- Desculpa. Fica assim não. Eu gosto muito de você, mas como amigo. Perdão se eu te dei falsas esperanças.- Não Juan, eu que sou trouxa mesmo, você não tem culpa.- Não fala assim, você não é trouxa.- Olha, eu entendo que nós não podemos ficar juntos por causa do seu namorado, mas eu não queria deixar de ser seu amigo por causa disso. - Disse Tyler.- Relaxa, tá de boa.
- Você gostou do beijo? - Me questionaou Phelippe parecendo enciumado.- Quê? Claro que não. - Respondi.- Ah, Juan, eu não sei o que pensar. Sério, se você sente algo por ele, me fala, a gente termina numa boa, mas não me engane.- Amor, me escuta. - Falei. - Esse beijo não significou nada pra mim. Eu amo é você e é com você que eu quero ficar, só com você.O garoto me deu um selinho e me abraçou. Ah, ele era tão fofo. Como não amar uma pessoinha dessas? Ele era simplesmente magnífico, o melhor cara desse mundo.Segunda – feira, 10h00.Avistei Giulia conversando com Pietra e Gaby. As três estavam sentadas em um banco, e eu estava em outro com os meus amigos e com Phelippe. Fiquei olhando para elas, enquanto esperava que Gaby e Pietra saissem, mas elas não saiam. Pedi licença para os rapazes e fui
Sexta – feira, 21h20Tia Nina e eu chegamos em casa, ela havia me levado o caminho todo pelo braços, como se eu fosse fugir, e talvez fosse mesmo se eu pudesse.- Juan? - Perguntou Javier ao ver eu chegar sendo praticamente arrastado pela minha tia.- O que houve? - Questionou Derick.Tia Nina, no entanto, contou que me viu beijando outro cara e que a história da namorada havia sido uma total farsa. Derick olhou para mim com desprezo, fiquei mal só com o jeito dele me olhar, abaixei minha cabeça e ele se aproximou de mim cautelosamente.- Você me dá nojo. - Ele disse se pondo a cuspir em meu rosto.- E eu tenho nojo de pessoas como vocês. - Falei me pondo a me retirar para aquilo que eles chamam de quarto.Eu estava em meu quarto e deitei naquela cama que era mais dura que pedra. Comecei a chorar, não aguentava mais tanto ódio e desprezo, eu nunca havia feito mal a uma
O doutor nos olhou sério e simplesmente abaixou a cabeça.- Como está minha mãe? - Perguntou Aliny.- Ela não resistiu. - Disse o doutor.Todos começaram a chorar, inclusive eu. Eu não era uma pessoa má, por mais que tia Nina fosse ruim para mim, eu não queria que ela morresse, até porque ela tinha 4 filhos que precisavam dela, e eu sei a dor de perder uma mãe e essa dor eu não desejo para ninguém, nem para meu pior inimigo. Sabem, ali vendo o sofrimento de todos, principalmente de meus primos, eu vi que eu preferia mil vezes continuar sendo torturado até fazer aniversário do que tia Nina ter morrido e ter deixado os filhos sozinhos, pior que eu nem sei se Derick ficaria com os filhos de minha tia também, pois ele já tinha os dele e não deve ser nada fácil cuidar sozinho de 7 crianças e jovens.S&a
Segunda – feira, 10h00- Então, a sua tia morreu? - Me questionou Giulia bastante surpresa com a notícia que eu havia acabado de lhe contar.- Aham. - Respondi.- Bem feito, agora vai arder no fogo do inferno. - Disse Aisha.- Aisha! - Reprendeu a ruiva surpresa com a fala da garota muçulmana.Pedi para ela não falar assim, pois a morte não era para ser castigo pra ninguém. Aisha, no entanto, disse que eu era muito bonzinho, talvez eu fosse mesmo, mas fazer o que, se é o meu jeito, não conseguia desejar o mal do outro, mesmo que o outro fosse uma pessoa má, quer dizer, só desejava o mal de assassinos e pedófilos, estupradores, pois esses merecem tudo de ruim, e deles eu não sentiria um pingo de pena.Segunda – feira, 11h10Estávamos na aula de Português, e até que estava legal, fizemos uma redação sobre o q
Terça – feira, 20h00- E o que você fará agora? - Me perguntou Javier.- Como assim? - Lhe questionei sem entender a pergunta do garoto.- Você continuará morando aqui ou vai morar com o Phelippe? - Me perguntou Javi.- Acho que vou ficar aqui mais uns dias e depois vou morar com ele. - Respondi.- Pra que esperar mais dias? - Me perguntou Tyler. - Você não está louco para viver com o seu namorado? Então vá!Dito isso, ele se retirou de meu quarto e bateu a porta com toda força, me deixando um pouco assustado, pois não havia entendido sua reação.- O que deu nele? - Perguntei.- Jura que você não se tocou? Ele tá gostando muito de ti.- Mas Javi, eu tenho namorado.- Juan, quem disse que o coração sabe dessas coisas?Não gostava de ver Tyler daquele jeito, odiava faze
- Você quer conhecer os meus pais? - Me questionou Phelippe parecendo bastante surpreso com a minha pergunta.- Não, os pais do Thomas. - Falei em tom irônico ao dar um leve revirada de olhos.- Ah, então fala com ele. - Disse Phelippe soando tão irônico quanto eu.- Ah, homem, eu tô falando sério. - Falei já começando a me irritar.- Juan, é que... Na verdade, não tem como você conhecer meus pais. Pelo menos, não agora.- Disse Phelippe um pouco nervoso.- Ué, por que não?Phelippe ficou em silêncio por alguns minutos, e tomou um pouco de seu suco enquanto eu aguardava por uma resposta.- É que meus pais moram longe. São 4h de viagem. - Respondeu.- Legal, assim podemos viajar juntos. - Falei. - Vai ser legal.- Hã... Ok, depois eu falo com eles. - Disse Phelippe.Nossa, viajar com
Quinta – feira, 21h00Phelippe e eu estávamos deitados vendo filme de terror. O tempo todo fiquei deitado em seu peito, escutando seus batimentos cardíacos, e estavam fortes.- Nossa, seu coração tá batendo rápido. - Falei.- Ele sempre bate assim quando estou ao seu lado. - Disse o garoto ao me arrancar um enorme sorriso.O mais velho me beijou, mas durante o beijo, lembro do que Lizy havia me dito e eu fiquei meio grilado, estava morrendo de vontade de questionar o garoto sobre essa história dele não ser assumido e tal, mas estava com um pouco de receio, ainda estava tomando coragem e tinha medo dele mentir, pois detestaria saber que Phelippe havia mentido novamente para mim.- Não, não entra aí, ele está escondido. - Disse Phelippe vidrado no filme. - Volta, você vai morrer. - Ficou um pouco em silêncio. - Morreu. Eu avisei.- Até