Terça – feira, 20h00
- E o que você fará agora? - Me perguntou Javier.
- Como assim? - Lhe questionei sem entender a pergunta do garoto.
- Você continuará morando aqui ou vai morar com o Phelippe? - Me perguntou Javi.
- Acho que vou ficar aqui mais uns dias e depois vou morar com ele. - Respondi.
- Pra que esperar mais dias? - Me perguntou Tyler. - Você não está louco para viver com o seu namorado? Então vá!
Dito isso, ele se retirou de meu quarto e bateu a porta com toda força, me deixando um pouco assustado, pois não havia entendido sua reação.
- O que deu nele? - Perguntei.
- Jura que você não se tocou? Ele tá gostando muito de ti.
- Mas Javi, eu tenho namorado.
- Juan, quem disse que o coração sabe dessas coisas?
Não gostava de ver Tyler daquele jeito, odiava faze
- Você quer conhecer os meus pais? - Me questionou Phelippe parecendo bastante surpreso com a minha pergunta.- Não, os pais do Thomas. - Falei em tom irônico ao dar um leve revirada de olhos.- Ah, então fala com ele. - Disse Phelippe soando tão irônico quanto eu.- Ah, homem, eu tô falando sério. - Falei já começando a me irritar.- Juan, é que... Na verdade, não tem como você conhecer meus pais. Pelo menos, não agora.- Disse Phelippe um pouco nervoso.- Ué, por que não?Phelippe ficou em silêncio por alguns minutos, e tomou um pouco de seu suco enquanto eu aguardava por uma resposta.- É que meus pais moram longe. São 4h de viagem. - Respondeu.- Legal, assim podemos viajar juntos. - Falei. - Vai ser legal.- Hã... Ok, depois eu falo com eles. - Disse Phelippe.Nossa, viajar com
Quinta – feira, 21h00Phelippe e eu estávamos deitados vendo filme de terror. O tempo todo fiquei deitado em seu peito, escutando seus batimentos cardíacos, e estavam fortes.- Nossa, seu coração tá batendo rápido. - Falei.- Ele sempre bate assim quando estou ao seu lado. - Disse o garoto ao me arrancar um enorme sorriso.O mais velho me beijou, mas durante o beijo, lembro do que Lizy havia me dito e eu fiquei meio grilado, estava morrendo de vontade de questionar o garoto sobre essa história dele não ser assumido e tal, mas estava com um pouco de receio, ainda estava tomando coragem e tinha medo dele mentir, pois detestaria saber que Phelippe havia mentido novamente para mim.- Não, não entra aí, ele está escondido. - Disse Phelippe vidrado no filme. - Volta, você vai morrer. - Ficou um pouco em silêncio. - Morreu. Eu avisei.- Até
Domingo, 18h00Phelippe e eu estávamos na casa dele aguardando a chegada de meus sogros. O garoto havia pedido para eu ficar com ele até seus pais chegarem, queria que eu estivesse junto, mas não entendi o porquê, porém fiquei embora estivesse bastante nervoso com essa situação.- Obrigado por ficar comigo. - Disse Phelippe ao dar um leve sorriso.- Eu sempre estarei com você. - Falei ao sorrir também.Logo em seguida, os pais do mais velho chegaram. A mãe dele era uma senhora meio baixinha e loura, de olhos azuis, naquele instante, eu vi da onde Phelippe havia puxado aqueles olhos maravilhosos, e ela parecia ser bem simpática, tinha um olhar doce e um sorriso encantador. Já o pai do meu namorado era mais alto que a mãe dele e meio grisalho, de olhos verdes, achei ele meio parecido com o Richard Gere (ator de Sempre Ao Seu Lado e Outono Em Nov
- Você é o quê? - Perguntou seu Gastón.- G-A-Y. Sou gay, pai. - Disse Phelippe.- Tudo bem, filho, nós te amamos independente de qualquer coisa. - Falou dona Suzana, se pondo a abraçar o filho.- Fale por você. - Disse Gastón. - Eu não criei um filho pra ser gay, eu criei pra ser macho, pra ser homem de verdade, pra gostar de mulher feito um rapaz normal.E já vi que teremos uma nova ''Nina'' no pedaço, era só o que faltava, quando eu acho que me livrei de uma, aparece outra, será que eu nunca teria sossego? Ah, será que esse inferno não teria fim? Já era horrível sofrer preconceito na rua, mas em casa é mil vezes pior. Era para os pais amar seus filhos sem se importar com sua orientação sexual. Sério, eu só queria saber até quando raça, religião, peso, orientação sexual,
Terça – feira, 20h00- Não esquece de me dar notícias sobre o teu namorado, até eu já estou preocupado. - Disse Brenndon.- Pode deixar. - Falei ao dar um sorriso tristonho.Sai da farmácia e fui direto pra casa de Phelippe. Precisava saber dele, qualquer notícia, qualquer coisa, precisava de um sinal, saber que ele estava bem... Toquei a campainha e aguardei por alguns segundos, no entanto, ninguém atendeu, esperei mais um pouco e toquei novamente, porém mais uma vez ninguém atendeu. Talvez não tivesse ninguém em casa, será que haviam ido embora e levaram meu Phelippe com eles? Não, isso não podia acontecer, ai, eu queria o meu namorado, onde será que ele estava? Sem conseguir uma notícia, ou uma pista sequer, eu acabei indo pra casa.Terça – feira, 20h30Recém havia chegado em casa, mas não estava
- Não acredito que é você. - Falei ao abracá-lo.Sim, era Phelippe, era o meu namorado. Ele havia aparecido, havia voltado para mim. E ao abraçá-lo, ele começou a chorar, acho que nunca tinha visto Phelippe chorar antes, ele não era disso, o que me deixou um pouco preocupado, pois se ele estava daquele jeito era sinal de que tinha algo errado acontecendo.- Calma, amor. - Falei. - O que houve?Phelippe entrou em minha casa, e nesse instante, ele viu Brenndon, que estava sentado à mesa e ficou aquele silêncio no ar, ambos se encarando sem dizerem nada, e eu ali no meio, sem saber o que fazer ou o que falar. Eis, que Phelippe me questionou:- Quem é ele?- Ah, deixa eu te apresentar. - Falei. - Phelippe, esse é o Brenndon, um amigo, ele trabalha comigo na farmácia. E Brenndon esse é o Phelippe, meu namorado, o sumido.Os dois se cumprimentam, mas me
Quinta – feira, 10h39Escutei uma voz perguntar:- Ele vai ficar bem?Era a voz de Giulia, parecia meio aflita. Estava tudo escuro. Minha cabeça doia muito, não conseguia me lembrar do que havia acontecido minutos antes.Aos poucos, meus olhos se abriram, vi a diretora, Thomas, Aisha e Giulia me olhando. Droga, minha cabeça estava doendo muito, tudo girava e girava sem parar.- Graças a Deus. - Disse Giulia aliviada ao colocar uma mão no coração.- O que houve? - Perguntei meio zonzo.Thomas me contou o acontecido, e aos poucos eu fui me lembrando. Minha cabeça ainda dói muito, era como se eu tivesse ganhado uma paulada muito forte.Em seguida, chegou uns médicos que a diretora havia chamado para verem como eu estava. Eles me examinaram, e fizeram uma série de exames para ver se eu estava bem realmente. E para minha sorte os resultados deram bons
- O que você está fazendo aqui? - Perguntei ao dar um passo para trás.- Por favor, me escute. - Ele pediu na maior cara de pau.Ele de volta? Não, não podia ser! Mas por quê? Como? Era só o que me faltava para desgraçar tudo de uma vez. Eu já nem lembrava desse verme quando ele resolviu ressurgir das cinzas para me assombrar, ai, por que ele não ficou no inferno juntinho do Capeta?- Quê? Eu não tenho nada para falar com você. E você não estava preso? Fugiu? - Questionei.- Fui solto por bom comportamento. - Disse o homem que me ajudou a colocar no mundo.- Mentira! Você é um monstro, você matou a minha mãe. - Falei aos berros começando a chorar.- Eu sei, mas eu estou muito arrependido, eu juro. - Ele disse de forma passiva.- Cala boca, eu não acredito em uma só palavra. Eu te odeio, v&a