Nos despedimos da Lindalva, Andrew parece tão tranquilo que me assusta. Ele está cheio de sacolas nas mãos enquanto eu estou somente com duas, fiz questão de trazer a sacola que estão as camisolas para que ele não desse uma de curioso, mas também são tantas sacolas que penso que seria demais ele ir logo nas que estão as abençoadas. Realmente são lindas, me apaixonei por todas as pecas que escolhi e desejo dar algumas a minha irmã, sei o quanto ela também precisa.— Ela arrancou muitas informações se você? — Ele perguntou enquanto caminhava.— Harãaaa, mas falou muito de você também, do seu obscuro passado de garanhão. — Ele parou no mesmo momento, sorri a ele que parecia incrédulo com o que falei, fiz cara de deboche.— Não acredito que ela estava enchendo seus ouvidos com besteiras, mas fico ainda mais incrédulo de você ter dado ouvidos a ela. — ele critica e dou de ombros.— Ela estava disposta a falar e eu a ouvir, uma equação fácil. — percebi que ele olhava para uma única direção.
AndrewApós lancharmos eu e Lia fomos embora, novamente ela preferiu ir atrás, não me incomodo com isso, quero deixá-la a vontade, no caminho ao ouvir eu conversar com meu irmão pelo celular ela pareceu tensa, havia até me esquecido do episódio no dia do casamento, mas sei que meu irmão deve ter falado algo que não lhe agradou, conheço bem o irmão que tenho.Tive que passar rapidamente no galpão para ver como estava o andamento, meu irmão é paranoico com isso e durante a ligação me alertou sobre eu ainda não ter ido até la. Quando chegamos na porta tentei fazer com que Lia ficasse no carro, aqui só tem homens e ela sabe o quanto é desconfortável, até porque ela já veio aqui varias vezes.— Vou la dentro rápido e já volto, me espera aqui? — falo olhando ela pelo retrovisor.— Acha que vou fugir? — hoje ela parece estar a fim de brincar, olhei para trás.— Teve oportunidade e não fez. Mas vai saber não é. — ela sorriu.— Deixa de ser implicante senhor Hernandez, ficarei aqui no ar condi
Durante o caminho a Lia ficou o tempo todo mexendo em seu novo aparelho celular, ela sorria olhando a tela, até levantou o aparelho algumas vezes me dando a impressão que estava fazendo registros.Ao chegarmos em casa ela parece ter notado que eu estava achando suas atitudes estranhas, não sei oque eu aconteceu, até pensei que seu avô lhe teria ameaçado, mas quando eu e Lucca descemos ele estava tomando café e só a viu conosco, achei tudo muito estranho, na verdade, ela tem uma família de estranhos, até agora não sei como seu avô conviveu tanto tempo com uma moça tão meiga e doce e mesmo assim a trata do modo em que ele a trata. Eu estava sentado no sofá pensando no que poderia ter acontecido.— Agora vamos falar sobre o contrato? — ouvi sua voz.— Não vai me falar o que aconteceu? — Ela desviou os olhos fitando o chão.— O que adianta eu falar tudo que acontece se você não me deixar cumprir o contrato? — Ela argumenta e eu vejo certa razão da sua parte, realmente não tem por que disso
— Essa mudança é pelo seu tempo de gestação. Depois nos divorciamos e cada um segue sua vida. Agora quero que me responda uma questão.— Deixo claro que NÃO estou de acordo com as novas regras. — Surpreendeu-me.— O quê? Por quê? — pergunto confuso, quando disse que ela devia vir com um manual de instruções, não estava brincando. Lia me deixa totalmente confuso.— Isso não é um contrato de casamento! Nunquinha, nem chega perto de ser casamento. — Em minha mente eu sorri, o que ela quer dizer com isso? Preferi não perguntar.— Vamos dizer que é um contrato de fidelidade, terá 8 meses de fidelidade a mim e espero que me conte tudo que eu possa usar contra o seu avô.— É tão maligno saber que eu estou te ajudando a acabar com meu avô. Por mais que eu tenha sentido na pele a sua maldade, não quero vê-lo morrer em minha frente, prefiro que suma com ele ou o deixe em cárcere pelo resto da vida, como uma prisão perpétua. — ela comentou pensativa, vejo que Lia tem um coração muito bom já que
LiaContinuo incrédula com todas as mudanças que meu marido que pelo visto não quer mais ser meu marido está impondo, onde ele quer chegar com isto? Me lembro bem, no dia que cheguei a esta casa ele queria simplesmente me devorar, seus olhos eram famintos e de seus lábios só saiam malicia. Eu sei que agora tudo mudou, mas será que todo aquele desejo que tinha por mim sumiu?Por que estou pensando nisso? Era para eu estar agradecendo a ele, em momento nenhum ter ultrapassado os limites, nem no contato malicioso, nem mesmo em momento de surto, eu pensei que quando ele descobrisse o que fiz acabaria comigo, na melhor das possibilidades me enxotar após rapar minha cabeça como os traficantes fazem, mas não, em momento nenhum ele fez nada de mal, muito pelo contrário, estou pasma com todas as suas atitudes, mas é bom ainda ver desejo em seus olhos.Sinceramente não me agrada em nada saber que seu irmão que já me deixou em alerta pode saber de tudo, eu sei que não tenho direito de lhe pedir
Andrew continuou andando pelo quarto, enquanto eu falava.— Então, não tenho muito a falar, a minha vida foi dentro de um quarto escuro e úmido, saia para fazer os afazeres da casa e para estudar, evitava qualquer tipo de contato com meu avô.Entendo, não dá para querer contato com um velho daqueles, mas e sua irmã, ela não sofre agressões hoje em dia?— Raramente ele ousa a se aproximar dela, minha irmã não é como eu. Ela é muito diferente de mim e ouso dizer que você escolheu a irmã errada para se casar, cheguei a falar com ela sobre isso.— Nunca ouviu que deus faz certo por linhas tortas?— Realmente, penso que pode ser isso mesmo, porque não é possível que eu tenha chamado sua atenção.— Por que não? É linda!— Somos tão diferentes, e até penso que você me acha sem graça.— Não está dentro da minha cabeça para saber o que penso, como julga?— Não sei, mas minha irmã, ela sabe se defender, tanto é que ela só anda com estilete que por sinal é rosa. — achei que ele iria falar que er
AndrewMinha lista de inimigos só cresce, me vejo cada dia odia'ndo mas essa espécie que se diz homem, o que mais me revolta nessa vida são homens covar'des, que usam da força para obter o que querem, e muitas das vezes através da força bruta, desde que perdi minha irmã para um desses penso que tenho que eliminar cada um que se passa no caminho e Bruno será meu próximo alvo.Já havia reparado bem no Bruno, até pensava antes que era só um jovem calado, imaginara que ele era recluso na dele, mas nunca se passou em minha cabeça que ele faria algo do tipo com a Lia, e minha raiva só cresce. Eu sorrio quando estou nervoso, muitas vezes aparento um dissimulado, mas sempre foi o meu jeito, meu escape para não sair por aí bancando o lou'co, até porque odeio que me vejam fora de mim, meu pai sempre diz que um homem que não controla sua raiva é capaz de tudo quando ela alcança o seu auge, e essa pode ser sua maior desgra'ça, mas quanto mais Lia falava mais sentia me sentia fora de mim, sentia q
LiaOuvia batidas na porta do quarto e vou falar, ando dormindo tão bem que mal ouvi se batiam há muito tempo ou não, mas eram batidas suaves e com o cansaço que ando ma'l ouvia, o quarto está escuro só com a luz do abajur ligada, fiz isto para que pudesse ler antes de dormir, e acabei pegando no sono com o abajur ligado, por mais que o colchão chega aconchegante e bem fofinho ainda sinto dores pelo corpo, penso que meu corpo se acostumou com a tábua que era meu colchão.Levantei apressada para atender a porta, não sei quantas horas são, mas imagino que meu querido marido já tenha ido para o trabalho, pode ser que já seja tarde e eu bancando a bela adormecida.Ao abrir a porta encarei os olhos do homem grande de terno que estava parado em minha frente e vou te contar, não tem como ele estar mais atraente, para que isso tudo para ir para o trabalho? Penso que as funcionárias lutam para render o trabalho já que o CEO da empresa é uma pintura, um verdadeiro Deus grego, como é que não via