LiaContinuo incrédula com todas as mudanças que meu marido que pelo visto não quer mais ser meu marido está impondo, onde ele quer chegar com isto? Me lembro bem, no dia que cheguei a esta casa ele queria simplesmente me devorar, seus olhos eram famintos e de seus lábios só saiam malicia. Eu sei que agora tudo mudou, mas será que todo aquele desejo que tinha por mim sumiu?Por que estou pensando nisso? Era para eu estar agradecendo a ele, em momento nenhum ter ultrapassado os limites, nem no contato malicioso, nem mesmo em momento de surto, eu pensei que quando ele descobrisse o que fiz acabaria comigo, na melhor das possibilidades me enxotar após rapar minha cabeça como os traficantes fazem, mas não, em momento nenhum ele fez nada de mal, muito pelo contrário, estou pasma com todas as suas atitudes, mas é bom ainda ver desejo em seus olhos.Sinceramente não me agrada em nada saber que seu irmão que já me deixou em alerta pode saber de tudo, eu sei que não tenho direito de lhe pedir
Andrew continuou andando pelo quarto, enquanto eu falava.— Então, não tenho muito a falar, a minha vida foi dentro de um quarto escuro e úmido, saia para fazer os afazeres da casa e para estudar, evitava qualquer tipo de contato com meu avô.Entendo, não dá para querer contato com um velho daqueles, mas e sua irmã, ela não sofre agressões hoje em dia?— Raramente ele ousa a se aproximar dela, minha irmã não é como eu. Ela é muito diferente de mim e ouso dizer que você escolheu a irmã errada para se casar, cheguei a falar com ela sobre isso.— Nunca ouviu que deus faz certo por linhas tortas?— Realmente, penso que pode ser isso mesmo, porque não é possível que eu tenha chamado sua atenção.— Por que não? É linda!— Somos tão diferentes, e até penso que você me acha sem graça.— Não está dentro da minha cabeça para saber o que penso, como julga?— Não sei, mas minha irmã, ela sabe se defender, tanto é que ela só anda com estilete que por sinal é rosa. — achei que ele iria falar que er
AndrewMinha lista de inimigos só cresce, me vejo cada dia odia'ndo mas essa espécie que se diz homem, o que mais me revolta nessa vida são homens covar'des, que usam da força para obter o que querem, e muitas das vezes através da força bruta, desde que perdi minha irmã para um desses penso que tenho que eliminar cada um que se passa no caminho e Bruno será meu próximo alvo.Já havia reparado bem no Bruno, até pensava antes que era só um jovem calado, imaginara que ele era recluso na dele, mas nunca se passou em minha cabeça que ele faria algo do tipo com a Lia, e minha raiva só cresce. Eu sorrio quando estou nervoso, muitas vezes aparento um dissimulado, mas sempre foi o meu jeito, meu escape para não sair por aí bancando o lou'co, até porque odeio que me vejam fora de mim, meu pai sempre diz que um homem que não controla sua raiva é capaz de tudo quando ela alcança o seu auge, e essa pode ser sua maior desgra'ça, mas quanto mais Lia falava mais sentia me sentia fora de mim, sentia q
LiaOuvia batidas na porta do quarto e vou falar, ando dormindo tão bem que mal ouvi se batiam há muito tempo ou não, mas eram batidas suaves e com o cansaço que ando ma'l ouvia, o quarto está escuro só com a luz do abajur ligada, fiz isto para que pudesse ler antes de dormir, e acabei pegando no sono com o abajur ligado, por mais que o colchão chega aconchegante e bem fofinho ainda sinto dores pelo corpo, penso que meu corpo se acostumou com a tábua que era meu colchão.Levantei apressada para atender a porta, não sei quantas horas são, mas imagino que meu querido marido já tenha ido para o trabalho, pode ser que já seja tarde e eu bancando a bela adormecida.Ao abrir a porta encarei os olhos do homem grande de terno que estava parado em minha frente e vou te contar, não tem como ele estar mais atraente, para que isso tudo para ir para o trabalho? Penso que as funcionárias lutam para render o trabalho já que o CEO da empresa é uma pintura, um verdadeiro Deus grego, como é que não via
Após tomar um banho relaxante tomei café, não nego que não tinha a menor vontade de ir naquela consulta, estava com medo, mas já percebia que se aproximava do momento. Distraída ainda sentada à mesa com o café da manhã a minha frente, eu pensava, e se eu não for, Andrew ficará bravo? Imagino que sim, já que está se dando o trabalho de me auxiliar. Domingos apareceu na porta da cozinha, o homem grande com seu semblante sério passa medo em quem o vê, mas já percebi que ele é um bom homem e parece ser fiel ao dono da casa e aos seus mandamentos.— Senhora, precisamos ir. — eu mal me alimentei já que estava nervosa demais, sentia queimação só de pensar nos resultados que os exames me darão.— Será que não dá para remarcar? — questionei baixo, quase inaudível.— Falou algo, senhora? — perguntou, pisquei várias vezes.— Não! — respirei fundo criando confiança, preciso parar de ser omissa a minha gravidez, ela é a minha realidade, não dá para correr disto. — Vamos! — Levantei e peguei minha
LiaSegurei firme a mão de Andrew e não tem como negar o quanto me senti bem com o seu apoio, ele me passa segurança e mesmo sem dizer nada ele me diz com os olhos, "estou aqui", ainda não sei como ele veio parar aqui, e muito menos o porquê, mas imagino que a saída de Domingos tenha algo a ver com isso, ele me observou todo o caminho, parecia que tinha ordens para me observar e agora vendo meu maravilhoso marido aparecendo aqui do nada penso que era bem isso.— Prontinho, linda, foi muito bem viu, parabéns. Mesmo com medo, foi corajosa. — Abri os olhos ao ouvir a voz da enfermeira. Andrew sorriu orgulhoso, se levantou e me deu a mão. — Os exames ficaram prontos em 1 hora, pelo menos o BETA HCG, o hemograma completo é pouco mais tempo, mas como solicitado urgência será mais rápido.— Ok, obrigado, mas quanto tempo?— Mais ou menos 1 hora, a médica chamará assim que estiverem prontos.— Ok, você está bem? — perguntou.— Sim, só um pouco tonta. — falo ao sentir tontura ao levantar, isso
AndrewSai de casa deixando Lia se arrumando para ir até a clínica, ao entrar no carro, sinto uma sensação estranha, como se estivesse fazendo algo de errado, penso que seja por eu me sentir responsável por ela, mas não queria invadir sua privacidade, e nem pretendo deixá-la desconfortável com a minha presença nos seus exames, mas imagino o quanto ela não queria o pai do seu bebê por perto, pelo menos imagino que é o que toda mulher quer nestes momentos.Segui para o trabalho ansioso para que ela fosse a clínica e fizesse os exames necessários, se ela ao menos me ligar após eles para informar os resultados já me sentiria incluído em sua vida, então parti tentando levar o meu dia normalmente, precisava me ligar no que tinha a fazer e trabalho não me falta na empresa.**Já estava há um tempo analisando os contratos pendentes quando Iara bateu na porta me trazendo o café que eu já tinha pedido há um tempo.— Pensei que tinha sido abduzida. — Brinco com ela observando a tela do computado
Lia não parecia nada bem, quanto mais eu abraçava, mas ela chorava, o que fiz foi tentar levantar, sua cabeça para que ela olhasse em meu rosto, imagino o quanto ela deve estar ma'l de ouvir o que ouviu assim do nada e principalmente sem ter as pessoas que ela tanto confia ao lado.A médica chamou uma enfermeira, sei lá porque, mas estava me preocupando.— Lia olha para mim. — segurei seu rosto que estava vermelho entre minhas mãos fazendo ela olhar em meus olhos.— Eu não sei o que fazer… — ela fala pausadamente.— Falei que estou aqui com você, não se apavore, estou do seu lado e vai ficar tudo bem. Confia em mim? — ela assentiu e me abraçou com força quase sentando em meu colo, me levantei e abracei ela forte tirando seus pés do chão. — Ficará tudo bem, confia em mim, eu vou te ajudar em tudo. Após um tempo se acalmando, ela agradeceu.— Obrigada, marido, se não fosse você…— Senhor Hernandez podemos conversar? — A médica diz ainda na porta.— Já vou, alguém pode ficar com ela, ela