Cap:150Samuel se sentou ao lado de Lavínia, demonstrando animação ao encará-la, analisando sua reação.— Ela disse que recebeu uma doação de emergência e que vai ficar bem por um tempo — anunciou, apertando confortavelmente a mão dela e compartilhando sua animação.Lavínia forçou um sorriso, sentindo a cabeça turva. Logo em seguida, os olhos de Samuel encontraram os de Zen, que por um breve momento pareciam marejados.Ela nunca o tinha visto com aquele olhar. Sabia o que aquilo significava e o quanto ele estava com medo agora. Sem dizer nada, Zen desviou o olhar e saiu da sala, batendo a porta.— O que há de errado com ele? — Samuel perguntou, curioso.— Nada. Eu tinha pedido um documento urgente e, por um momento, pareceu que ele se esqueceu — respondeu, sorrindo fraco.De repente, suas mãos começaram a tremer. Lavínia soltou a mão de Samuel e apertou os dedos contra o peito, tentando controlar suas emoções.— O que está acontecendo? Esse comportamento... — murmurou Samuel, perceben
Cap:151Em seguida, ele encarou Lavínia, ao mesmo tempo em que ela apertava Zara em seus braços, mas não em sinal de afeto. Cedrick percebeu sua raiva, enquanto ela não conseguiu conter as lágrimas.— Que bom... — sua voz soou chorosa. Zara a encarou com ternura ao se afastar do abraço para olhá-la nos olhos.— Eu sei... você se esforçou muito também. Obrigada. Graças a você, eu consegui encontrar um doador. Se eu tivesse dito antes, não teria sofrido tanto tempo, não é?Lavínia abaixou a cabeça, confirmando, sem conseguir lhe dizer uma palavra. Em seguida, sentou-se na cadeira.— Você se alimentou bem hoje? Está mesmo bem? Está tão pálida... — Zara falava de forma carinhosa, enquanto Lavínia a encarava cética com a naturalidade de suas ações.— Estou bem. Você já viu Samuel? — perguntou Lavínia, forçando um sorriso. — Ele estava te procurando.— Ah... sim. Eu avisei a ele que estava vindo. Vou vê-lo. Sinto como se tivesse passado uma eternidade longe. — Zara se levantou. — Mais tarde
Cap: 152— Ah... vocês dois... — murmurou Zara, seus olhos brilhando de felicidade enquanto encarava Lavínia e Zen. — Vocês voltaram novamente? — Ela se aproximou de Lavínia, que precisou conter o impulso de se afastar quando Zara tocou delicadamente sua mão, segurando-a com uma ternura que só aumentava o desconforto de Lavínia.— Eu... nada! — respondeu Lavínia, forçando um sorriso que mal disfarçava sua inquietação.— Você está tão estranha, o que foi? — indagou Zara, a desconfiança evidente em sua expressão enquanto inclinava a cabeça para estudá-la melhor.— Que pergunta... Você sabe! — Lavínia respondeu com firmeza, afastando a mão de Zara em um gesto sutil, mas carregado de tensão. Seu olhar se tornou um misto de acusação e dor antes de ela se recompor. — Você sabe que... eu estou doente. E que agora é só questão de tempo até eu ter que abrir mão da minha carreira. Não vou conseguir advogar mais...— Ah... — suspirou Zara, o sorriso suave e cheio de carinho surgindo em seus lábio
Cap: 153— O que vocês estavam conversando? — ela perguntou enquanto ele abria a porta do carro para ela.— Nada, eu só avisei para ela ficar longe por um momento porque quero estar com minha esposa. — Ele comentou, em seguida, lhe dando uma piscadela.— Vocês, desde o início, nunca se deram bem, não é?— De fato, eu nunca levei na brincadeira a forma como ela te tratava enquanto estavam brincando de chefe e estagiário.— Ah, isso... — ela murmurou, abaixando a cabeça. — Pensei apenas que ela estava fazendo graça para que eu parasse de fingir. Estou tão confusa... Ela sabe fingir tão bem; os olhos dela parecem transmitir sinceridade.— Bom... Ela está acostumada a fazer você acreditar. — Ele comentou, ligando o carro e seguindo viagem.Lavínia ficou em silêncio por um momento, observando a paisagem pela janela. Depois, respirou fundo antes de falar novamente:— Eu não vou entrar naquela mansão. Vou ficar em sua casa. — Ela avisou com firmeza.Assim que chegaram e os portões se abriram
Cap.: 154:— Se levante de uma vez! — Romanov asseverou.— O que você fez comigo? — ele perguntou com a voz filha.— Apenas bati em sua cabeça. — ele disse sentindo satisfação. — então quero que me responda algumas perguntas quero refrescar sua memória.— Você lembra da última missão que eu te dei?— Claro que lembro!— Qual foi a sua missão?— Por que esta me perguntando isso?— Se você não responder, nunca mais você vera aqueles pais adotivos de novo.— Você já sabe! Minha missão era matar a senhora Bayer! — Ele gritou ao se levantar, a dor latejando na cabeça como se tivesse um tijolo esmagando seu crânio. — E então você me deixaria em paz!— Exatamente. — Romanov respondeu com frieza, inclinando-se levemente para frente. — Mas você ainda não fez isso. Lembra que eu disse que, se eu a pegasse, você terminaria o trabalho?— Eu disse, mas já não foi suficiente todas as pessoas que matei para você? Sabe quantas mortes carrego nas costas por sua causa? Eu nunca quis isso!Romanov apert
Cap:155Ele finalmente teve coragem de sair. Lá fora, todo aquele caos — policiais por todos os lados, ambulâncias estacionadas e pessoas sendo atendidas. Lavínia estava em uma delas, enquanto os pais dele estavam em outra, todos recebendo os cuidados necessários.— Encontrei isso no chão. — Valmont disse, aproximando-se e estendendo a palma com a aliança que Lavínia outrora usava.— Acabou tudo, não é? — Ele perguntou, com o olhar distante. — Bom... na verdade, eu nunca tive nada... — murmurou para si mesmo, com um sorriso amargo, enquanto apertava a aliança em suas mãos.— Onde está indo?— Lugar nenhum. Não tem mais para onde eu possa ir agora... ou para quem... — suspirou, carregando um ar de indiferença.Samuel permaneceu ao lado de Lavínia, que mantinha o olhar perdido, revivendo mentalmente cada palavra que havia escutado naquele lugar.— Você está melhor? — Samuel perguntou, entregando-lhe uma garrafa de água.— Não vou ficar bem... — murmurou para si mesma, com um sorriso ama
Cap: 156O julgamento oficial seria em uma semana, Lavínia decidiu sumir durante esse período, as portas de sua mansão forma seladas e agora ela aproveitava seu tempo com sua mãe, mas como os médicos tinham dito, aquilo não era para sempre, então ela queria esquecer um pouco todos os problemas e aproveitar o Maximo de tempo com sua mãe, mesmo que seus pensamentos ainda a levasse a Cedrick.— você esta triste que ele não veio atrás de você? — sua mãe perguntou enquanto caminhavam de mãos dadas no jardim.— não... não posso sentir falta de quem queria me matar. — ela murmurou com magoa.— menina tola... se ele não tivesse te protegido ate mesmo quando você era a Bayer, eu já estaria órfã de filha, em breve eu vou estar partindo, não quero que você fique sozinha, ele é um bom rapaz então não fique se torturando com tudo.— se fosse mentira, ao menos ele deveria vir me pedir perdão, implorar pelo meu amor, mas invés disso ele deu as costas a tudo e sumiu.— Tudo tem seu momento certo, en
Cap: 157— Foi entendido que o motivo da interdição era justamente por causa dos bens, por envolver empregos de terceiros e a economia da cidade, além dos diversos julgamentos que as empresas Alpha Corp Advogados gerenciam. Mas, neste momento, foi revelado que Lavínia Bayer não é dona de nenhuma dessas empresas e que suas contas bancárias estão quebradas. Sendo assim, a interdição pode ser anulada. — Ele anunciou, e Bowen se levantou, encarando Lavínia junto com os pais dela.— Como assim, nada?! — Sua tia gritou, levando as mãos à cabeça.— Sim, titia, eu estou quebrada. — Disse Lavínia, com a voz divertida, enquanto Samuel a observava, sem reação.— Silêncio! — Um promotor gritou quando os burburinhos se tornaram altos demais.O juiz olhou para os documentos na mesa e, com uma voz firme e controlada, declarou:— Antes de continuarmos com a análise da curatela e interdição, anuncio que recebi uma nova ação jurídica, protocolada em nome de Lavínia Bayer. Nesta nova petição, a requeren