Cap.41: proteja a moça pobre.O almoço não podia ter sido mais caótico. Somente Zen e Zara estavam se divertindo com a situação até que Cintia se anunciou.— Lavinia... por que não prova a sobremesa? O pudim desse restaurante é divino, tem um ingrediente especial. — Cintia brincou servindo a Lavínia uma fatia da sobremesa.— Não! — Zara gritou imediatamente, demonstrando preocupação ao pegar o pudim. — Essa droga nem deveria estar sendo servida nessa mesa! E o que você pensa que está fazendo? Quer ser acusada de tentativa de assassinato?— Pode deixar que eu como isso. Não vai me matar não. — disse Samuel pegando o pudim e dando uma colherada.— O que há de errado? É só um pudim. — Cintia disse com um sorriso malicioso, seus olhos brilhando com uma luz estranha.— Você sabe muito bem que Lavínia tem alergia mortal a ovos e tudo que leva o derivado. — Zara disse indignada.— Deixa ela, se quer me provocar, o problema é dela. — suspirou Lavínia indiferente, enquanto Zen ficara sem reaçã
Cap. 42: aos meus cuidados— Onde você está? Todos os envolvidos já foram reunidos, exceto a única pessoa que você pediu para manter sigilo. Vai resolver isso hoje?— Onde eles estão?— Na base de serviço nos limites da cidade, naquele rancho que você conhece muito bem.— Então mantenha eles aí. Hoje eu não vou poder ir. — Ele avisou enquanto observava Bayer discretamente, inclinando-se para o lado.— Mas o horário do expediente não acabou? — Perguntou curioso.— Sim, mas no momento... estou observando alguém.— Está mesmo gamado nessa mulher? — Ele sorriu, cético. — Dizem que depois da primeira noite, os caras virgens querem passar a vida inteira com a mulher que tirou sua virgindade. — Ele debochou, rindo do outro lado da linha.— Está louco? Como um cara como eu poderia ser virgem? Além disso, estou aqui porque ela está com o caso do Dimon e, em menos de uma semana, vai enfrentar o tribunal com algumas acusações. Quero que você pegue todas as provas que temos engavetadas. Ela tem p
Cap. 43: Interesse em quê?— Com certeza, ela é uma mulher muito interessante. — Ele sorriu, como se guardasse um segredo. — Imagino como ela deve estar triste... perder a irmã de forma tão cruel. — Valmont suspirou, pensativo. Apesar de suas palavras, ambos mantinham os olhos fixos um no outro, enquanto discretamente observavam Lavínia, que se mexia levemente, ajeitando-se no banco, ainda dormindo.O restante da viagem seguiu em silêncio. Zen continuava a estudar Lavínia com uma intensidade quase hipnótica; ela parecia profundamente adormecida, alheia à atenção que atraía. Lentamente, ele deslizou a ponta de seus dedos pela suave curva de sua maçã do rosto. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios enquanto ele admirava cada detalhe, como se estivesse diante de uma obra de arte única, a mais bela que seus olhos já haviam contemplado.Tão imerso estava na contemplação que quase não percebeu o olhar atento de Valmont, que o observava com uma expressão indecifrável, como se pudesse
Cap. 44: Sem humanidade?— Ah, claro! — ela respondeu, gaguejando um pouco. — Mas eu acabei de acordar, ainda não ajeitei nada para o café da manhã... — disse, olhando ao redor da sala, como se procurasse algo suspeito ou fora do lugar."Primeira regra, entre na casa. Segunda regra, analise o ambiente sem chamar atenção. Terceira regra, acomode-se e faça um trabalho limpo." Pensou, revivendo mentalmente o protocolo que guiava suas ações. Nunca imaginou que aquela garota seria a porta de entrada para sua próxima missão.— Tudo bem, não vim pelo café. Só queria te ver e conversar. Sei que a perda foi muito dolorosa, e eu não poderia deixar de me importar com você, sabendo que é irmã de alguém que significava muito para mim — respondeu, tentando suavizar o ambiente com sua presença.— É... Está sendo bem difícil mesmo — ela suspirou, tentando escolher as palavras, mas sem conseguir expressar o que realmente sentia. Ele percebeu que ela se esforçava para aparentar normalidade.— Por que n
Cap:45: Moça desprotegida?Zen chegou um pouco depois, enquanto ela tentava disfarçar o rasgo em sua saia, segurando o tecido enquanto seguia para o elevador. — Droga... o que vou fazer agora? — ela murmurava baixinho, apertando o botão do elevador com pressa, torcendo para que ninguém a visse naquela situação. — O que aconteceu com você? — Zen perguntou, fazendo-a travar. Ela apertou os olhos e fingiu um sorriso, mesmo estando com a cara vermelha de vergonha. — Parece que tenho que comprar roupas melhores. Espero que com esse salário eu consiga comprar coisas tão boas. — Ela comentou com a voz trêmula, sentindo-se uma piada com esse discurso, enquanto mordia o lábio inferior e encarava o painel do elevador. — Venha comigo. — Ele a chamou repentinamente, segurando seu braço. — O que está fazendo? — Vou te levar para comprarmos uma nova roupa. Como você vai entrar aí assim? — Ele perguntou demonstrando preocupação. Lavínia desviou o olhar, constrangida, de repente sentindo-se ain
Cap. 46: encontrei a senhora Bayer?— Ele deve estar se afundando em dívidas para parecer bem para você. — Zara sorriu. — Onde ele está? Eu quero devolver esse blazer. — Ela disse desconfortável. — Por que não dá uma chance a ele? Ele parece muito mais maduro do que qualquer homem mais velho que eu já vi. — Por Deus, a gente não combina em nada! — Ele é bem promissor, vamos concordar, uhm? — Sei lá... é estranho, você sabe... Depois de ter me casado, o único homem que eu tive foi Evandro e... — Ele nunca te tratou da forma que você merecia. Na verdade, ele nem se importava em te proteger ou cuidar de você como esse cara faz. Vamos admitir, você fica bem mexida, né? — Zara perguntou com um sorriso cínico. — Não se engane, todos eles são iguais. Assim que ele souber quem eu sou, com certeza vai querer barganhar em cima de mim. — Só se for na cama. — Zara brincou enquanto Lavínia saía levando o blazer abraçado ao corpo. Enquanto elas seguiam para casa junto com Samuel, Zen tinha
Cap. 47: Essa é sua nova casa?Lavínia acordou mais cedo que o habitual, se arrumou e saiu sem avisar a Zara ou Samuel. Também não podia pegar o carro, então chamou um táxi e seguiu viagem. Seguiu até um bairro que ela já conhecia um pouco.— Siga um pouco devagar. — Pediu enquanto analisava o bairro de forma minuciosa, até avistar Zen. Ele já estava arrumado, e ela continuou apenas o observando, vindo em direção contrária ao que ela estava. — Pare o carro, por favor! — Pediu com a voz baixa, em seguida se abaixando para que ele não a visse.Ela o acompanhou com os olhos, percebendo que ele balançava uma chave no dedo, até que ele parou em frente a uma casa e entrou.— Parece que não está tão mal agora. — Ela suspirou, encarando ao redor. Não havia mais móveis; eles tinham limpado a casa completamente naquela mesma madrugada, enquanto todos dormiam.— Não está tão mal? — Lavínia entrou, deixando-o sem reação, ao mesmo tempo em que olhava ao redor com curiosidade.— Você? — Ele murmuro
Lavínia o esperou do lado de fora, sem conseguir conter a ansiedade. Afinal... o que ele tinha conseguido? Também não conseguia deixar de sorrir, cética, pensando que ele estava tentando se aproveitar de alguma forma. — Está pronta? — ele perguntou, descendo da varanda e mostrando-lhe o envelope pardo, ao mesmo tempo que o portão da casa ao lado abria, saindo uma senhora encurvada. — Bom dia, senhor... — ela disse com a voz arrastada, aproximando-se dos dois. — A menina que morava nessa casa até ontem, o que aconteceu? — perguntou, e o pomo de Adão de Zen subiu e desceu agressivamente, mas ele logo se recompôs. — Ah... a moça que perdeu a irmã em uma fatalidade? — Você a conhece, eu te vi na casa dela duas vezes. — Sim, sim. Depois da morte da irmã, ela queria se mudar e vender a casa, você sabe... Era de se esperar que ela não quisesse continuar nesse bairro, na mesma casa onde vivia com a irmã. — Mas como isso é possível? — a mulher perguntou, indignada. — Ela nunca sentiria r