Cap. 37: A Missão ainda não acabou.O pânico irradiava dos olhos de Zara e Samuel enquanto se encaravam. Samuel a agarrou com força, pressionando a mão sobre a boca dela.— Como eu já te disse, seu turno é à tarde... Além disso, por que está brigando por um cara mais novo? Tá interessada nele? E não se esqueça: Lavínia é a dona desse lugar. Quer perder o emprego e ainda não conseguir outro? A única pessoa que pode acabar com sua carreira é ela, e ela faz isso sem pestanejar. — Ele sorriu sombrio, intensificando a ameaça em suas palavras.— Um capricho? Pelo visto, não vale tanto assim, né? — Zara retrucou com um sorriso irônico.— Bom dia, professora. — Zen a cumprimentou com um aceno.— Bom dia, Zen. — Ela respondeu com um resmungo, desviando o olhar. A irritação era evidente e sem percebeu rapidamente.— Não consegui te avisar antes, já que me jogaram nessa de última hora. Mas pensei que uma empresa como essa tivesse mais organização para avisar sobre mudanças assim. — Ele comentou
Cap.38: Desista desse caso.O senhor R franziu o cenho, fingindo surpresa. / Não é possível. Já que esse caso estava nas mãos da dona da empresa./ Está falando sobre a senhora Bayer? — perguntou com a voz mais baixa agora./ Exatamente. — O senhor R assentiu, um sorriso leve nos lábios./ Pois ela jogou nas costas de uma estagiária novata e... eu estou trabalhando do lado dela com esse caso, não tem chances de ganhar, eu não posso advogar, apenas ser assistente./ Por que não faz a prova para receber a carta? Você tinha professores particulares desde os doze anos, posso providenciar tudo isso para você. — O senhor R propôs./ Vai se ferrar! Eu só estudei aquilo porque você me obrigou, eu não vou exercer merda nenhuma só porque você queria ter os benefícios disso para se livrar das coisas podres que faz. — Zen gritou, a raiva cegando-o./ Se vire então, lembre que esse homem era a sua missão. Se quer realmente se mostrar competente, faça essa mulher ganhar esse caso e eu trato do rest
Cap. 39: Me deixe te bancar.Lavínia desviou o olhar, corando intensamente. Suas mãos cobriram a bochecha, tentando em vão esconder a confusão de sentimentos que a tomava. Um sorriso malicioso curvava os lábios de Zen, que observava a reação dela com evidente prazer.— Quanta bobagem, por que não vai iniciar seu expediente com aquela sem-vergonha? — ela murmurou, tentando soar indiferente, mas sua voz saiu trêmula.— A Cintia é bastante profissional, nunca pensei que poderia ter tantas coisas interessantes para aprender com uma mulher. Sabia que ela tem várias aptidões bem interessantes. — ele comentou, cruzando os braços e aproximando-se um pouco mais. Lavínia o encarou, os olhos arregalados de surpresa.— Aptidões? — ela repetiu, a voz falha.— Sim, é um tipo de mulher com muitas qualidades. Acredito que seja por isso que a maioria dos homens... — ele deixou a frase no ar, um sorriso enigmático nos lábios.— Não me interessa o que ela faz ou deixa de fazer, e eu espero que vocês nã
Cap. 40: Almoço desconfortável?Assim que saíram, seguiram até o restaurante próximo à empresa Alpha Corp. Lavínia avançava a passos largos e rápidos, com uma expressão que denotava irritação.— Você acha que ela está com ciúmes? — Samuel indagou Zara, enquanto a seguiam discretamente.— Óbvio! Ela nunca sai para almoçar com os colegas. Com certeza está vermelha de raiva... desse jeito, ela pode acabar revelando sua verdadeira identidade. Preciso ajudá-la a manter essa fachada de estagiária ingênua e frágil. Percebeu como ele é superprotetor com ela? — perguntou Zara com um ar de divertimento.— Ainda assim... é como eu disse, esse cara esconde muitas coisas. Como um estagiário, que ainda nem recebeu seu primeiro salário, compra um terno de quinze mil dólares? — ele perguntou ainda estagnado.— Vai contar isso para a Lavínia?— Não, não quero colocar mais lenha na fogueira. Apesar de ele ser suspeito, ele realmente parece se importar com ela. E com a Lavínia agindo dessa forma tão ima
Cap.41: proteja a moça pobre.O almoço não podia ter sido mais caótico. Somente Zen e Zara estavam se divertindo com a situação até que Cintia se anunciou.— Lavinia... por que não prova a sobremesa? O pudim desse restaurante é divino, tem um ingrediente especial. — Cintia brincou servindo a Lavínia uma fatia da sobremesa.— Não! — Zara gritou imediatamente, demonstrando preocupação ao pegar o pudim. — Essa droga nem deveria estar sendo servida nessa mesa! E o que você pensa que está fazendo? Quer ser acusada de tentativa de assassinato?— Pode deixar que eu como isso. Não vai me matar não. — disse Samuel pegando o pudim e dando uma colherada.— O que há de errado? É só um pudim. — Cintia disse com um sorriso malicioso, seus olhos brilhando com uma luz estranha.— Você sabe muito bem que Lavínia tem alergia mortal a ovos e tudo que leva o derivado. — Zara disse indignada.— Deixa ela, se quer me provocar, o problema é dela. — suspirou Lavínia indiferente, enquanto Zen ficara sem reaçã
Cap. 42: aos meus cuidados— Onde você está? Todos os envolvidos já foram reunidos, exceto a única pessoa que você pediu para manter sigilo. Vai resolver isso hoje?— Onde eles estão?— Na base de serviço nos limites da cidade, naquele rancho que você conhece muito bem.— Então mantenha eles aí. Hoje eu não vou poder ir. — Ele avisou enquanto observava Bayer discretamente, inclinando-se para o lado.— Mas o horário do expediente não acabou? — Perguntou curioso.— Sim, mas no momento... estou observando alguém.— Está mesmo gamado nessa mulher? — Ele sorriu, cético. — Dizem que depois da primeira noite, os caras virgens querem passar a vida inteira com a mulher que tirou sua virgindade. — Ele debochou, rindo do outro lado da linha.— Está louco? Como um cara como eu poderia ser virgem? Além disso, estou aqui porque ela está com o caso do Dimon e, em menos de uma semana, vai enfrentar o tribunal com algumas acusações. Quero que você pegue todas as provas que temos engavetadas. Ela tem p
Cap. 43: Interesse em quê?— Com certeza, ela é uma mulher muito interessante. — Ele sorriu, como se guardasse um segredo. — Imagino como ela deve estar triste... perder a irmã de forma tão cruel. — Valmont suspirou, pensativo. Apesar de suas palavras, ambos mantinham os olhos fixos um no outro, enquanto discretamente observavam Lavínia, que se mexia levemente, ajeitando-se no banco, ainda dormindo.O restante da viagem seguiu em silêncio. Zen continuava a estudar Lavínia com uma intensidade quase hipnótica; ela parecia profundamente adormecida, alheia à atenção que atraía. Lentamente, ele deslizou a ponta de seus dedos pela suave curva de sua maçã do rosto. Um sorriso involuntário surgiu em seus lábios enquanto ele admirava cada detalhe, como se estivesse diante de uma obra de arte única, a mais bela que seus olhos já haviam contemplado.Tão imerso estava na contemplação que quase não percebeu o olhar atento de Valmont, que o observava com uma expressão indecifrável, como se pudesse
Cap. 44: Sem humanidade?— Ah, claro! — ela respondeu, gaguejando um pouco. — Mas eu acabei de acordar, ainda não ajeitei nada para o café da manhã... — disse, olhando ao redor da sala, como se procurasse algo suspeito ou fora do lugar."Primeira regra, entre na casa. Segunda regra, analise o ambiente sem chamar atenção. Terceira regra, acomode-se e faça um trabalho limpo." Pensou, revivendo mentalmente o protocolo que guiava suas ações. Nunca imaginou que aquela garota seria a porta de entrada para sua próxima missão.— Tudo bem, não vim pelo café. Só queria te ver e conversar. Sei que a perda foi muito dolorosa, e eu não poderia deixar de me importar com você, sabendo que é irmã de alguém que significava muito para mim — respondeu, tentando suavizar o ambiente com sua presença.— É... Está sendo bem difícil mesmo — ela suspirou, tentando escolher as palavras, mas sem conseguir expressar o que realmente sentia. Ele percebeu que ela se esforçava para aparentar normalidade.— Por que n