Cap. 35: Acobertando o erro.— Ele de novo? — Samuel perguntou sem reação ao ver Zen sair do elevador logo depois de Evandro e sua parceira. Em seguida, observou Zen os seguindo sutilmente e disfarçando até que eles entrassem no apartamento de Lavínia. Ele continuou observando quando um funcionário da manutenção pegou seu chapéu emprestado, cobriu o rosto e entrou no quarto.— Quando você não atendeu, ele simplesmente digitou a senha. A partir de hoje, ou você fica no meu apartamento, ou no de Zara, você não fica mais sozinha na sua casa.— O que ele é? Por Deus! — Zara disse em pânico ao ver as gravações da câmera na sala de Lavínia, mostrando Zen agredindo alguém, completamente descontrolado.— Ele é assustador! — Samuel apontou para a tela, ainda sem reação. — O que vamos fazer? — ele perguntou, enquanto Lavínia estava de braços cruzados, assistindo à cena sem conseguir piscar.— Apaguem tudo que diz respeito a isso, desde a chegada até a saída deles. — Ela avisou com indiferença.
Cap. 36: Terno de um estagiário.Lavínia voltou para seu apartamento e começou a recolher o que tinha sido deixado para trás, principalmente os documentos que Evandro tinha trazido para a obrigar a assinar, e rapidamente os jogou na lata de lixo após amassá-los. Era como se estivesse acobertando um crime.Ela passou a noite no quarto de Zara, onde dormiu, e pela manhã seguiram juntas com Samuel para a empresa.— Ah... eu vou comprar um café para nós três. — Samuel avisou, encarando Zara como se lhe desse um aviso, então ela segurou no pulso de Lavínia.— Por que não vamos juntos? Temos tempo, você sabe. — Lavínia sugeriu.— Não! Eu tenho que ir comprar. É melhor você não ficar muito à vista, caso contrário, vou contratar seguranças. Quer ir mesmo? — ele perguntou. Ela deu de ombros, após fuzilá-lo com o olhar, e seguiu com Zara, que a levou para o elevador. Assim que sumiram, Samuel pediu a um dos estagiários para comprar o café, e ele ficou na recepção aguardando até que viu Zen pass
Cap. 37: A Missão ainda não acabou.O pânico irradiava dos olhos de Zara e Samuel enquanto se encaravam. Samuel a agarrou com força, pressionando a mão sobre a boca dela.— Como eu já te disse, seu turno é à tarde... Além disso, por que está brigando por um cara mais novo? Tá interessada nele? E não se esqueça: Lavínia é a dona desse lugar. Quer perder o emprego e ainda não conseguir outro? A única pessoa que pode acabar com sua carreira é ela, e ela faz isso sem pestanejar. — Ele sorriu sombrio, intensificando a ameaça em suas palavras.— Um capricho? Pelo visto, não vale tanto assim, né? — Zara retrucou com um sorriso irônico.— Bom dia, professora. — Zen a cumprimentou com um aceno.— Bom dia, Zen. — Ela respondeu com um resmungo, desviando o olhar. A irritação era evidente e sem percebeu rapidamente.— Não consegui te avisar antes, já que me jogaram nessa de última hora. Mas pensei que uma empresa como essa tivesse mais organização para avisar sobre mudanças assim. — Ele comentou
Cap.38: Desista desse caso.O senhor R franziu o cenho, fingindo surpresa. / Não é possível. Já que esse caso estava nas mãos da dona da empresa./ Está falando sobre a senhora Bayer? — perguntou com a voz mais baixa agora./ Exatamente. — O senhor R assentiu, um sorriso leve nos lábios./ Pois ela jogou nas costas de uma estagiária novata e... eu estou trabalhando do lado dela com esse caso, não tem chances de ganhar, eu não posso advogar, apenas ser assistente./ Por que não faz a prova para receber a carta? Você tinha professores particulares desde os doze anos, posso providenciar tudo isso para você. — O senhor R propôs./ Vai se ferrar! Eu só estudei aquilo porque você me obrigou, eu não vou exercer merda nenhuma só porque você queria ter os benefícios disso para se livrar das coisas podres que faz. — Zen gritou, a raiva cegando-o./ Se vire então, lembre que esse homem era a sua missão. Se quer realmente se mostrar competente, faça essa mulher ganhar esse caso e eu trato do rest
Cap. 39: Me deixe te bancar.Lavínia desviou o olhar, corando intensamente. Suas mãos cobriram a bochecha, tentando em vão esconder a confusão de sentimentos que a tomava. Um sorriso malicioso curvava os lábios de Zen, que observava a reação dela com evidente prazer.— Quanta bobagem, por que não vai iniciar seu expediente com aquela sem-vergonha? — ela murmurou, tentando soar indiferente, mas sua voz saiu trêmula.— A Cintia é bastante profissional, nunca pensei que poderia ter tantas coisas interessantes para aprender com uma mulher. Sabia que ela tem várias aptidões bem interessantes. — ele comentou, cruzando os braços e aproximando-se um pouco mais. Lavínia o encarou, os olhos arregalados de surpresa.— Aptidões? — ela repetiu, a voz falha.— Sim, é um tipo de mulher com muitas qualidades. Acredito que seja por isso que a maioria dos homens... — ele deixou a frase no ar, um sorriso enigmático nos lábios.— Não me interessa o que ela faz ou deixa de fazer, e eu espero que vocês nã
Cap. 40: Almoço desconfortável?Assim que saíram, seguiram até o restaurante próximo à empresa Alpha Corp. Lavínia avançava a passos largos e rápidos, com uma expressão que denotava irritação.— Você acha que ela está com ciúmes? — Samuel indagou Zara, enquanto a seguiam discretamente.— Óbvio! Ela nunca sai para almoçar com os colegas. Com certeza está vermelha de raiva... desse jeito, ela pode acabar revelando sua verdadeira identidade. Preciso ajudá-la a manter essa fachada de estagiária ingênua e frágil. Percebeu como ele é superprotetor com ela? — perguntou Zara com um ar de divertimento.— Ainda assim... é como eu disse, esse cara esconde muitas coisas. Como um estagiário, que ainda nem recebeu seu primeiro salário, compra um terno de quinze mil dólares? — ele perguntou ainda estagnado.— Vai contar isso para a Lavínia?— Não, não quero colocar mais lenha na fogueira. Apesar de ele ser suspeito, ele realmente parece se importar com ela. E com a Lavínia agindo dessa forma tão ima
Cap.41: proteja a moça pobre.O almoço não podia ter sido mais caótico. Somente Zen e Zara estavam se divertindo com a situação até que Cintia se anunciou.— Lavinia... por que não prova a sobremesa? O pudim desse restaurante é divino, tem um ingrediente especial. — Cintia brincou servindo a Lavínia uma fatia da sobremesa.— Não! — Zara gritou imediatamente, demonstrando preocupação ao pegar o pudim. — Essa droga nem deveria estar sendo servida nessa mesa! E o que você pensa que está fazendo? Quer ser acusada de tentativa de assassinato?— Pode deixar que eu como isso. Não vai me matar não. — disse Samuel pegando o pudim e dando uma colherada.— O que há de errado? É só um pudim. — Cintia disse com um sorriso malicioso, seus olhos brilhando com uma luz estranha.— Você sabe muito bem que Lavínia tem alergia mortal a ovos e tudo que leva o derivado. — Zara disse indignada.— Deixa ela, se quer me provocar, o problema é dela. — suspirou Lavínia indiferente, enquanto Zen ficara sem reaçã
Cap. 42: aos meus cuidados— Onde você está? Todos os envolvidos já foram reunidos, exceto a única pessoa que você pediu para manter sigilo. Vai resolver isso hoje?— Onde eles estão?— Na base de serviço nos limites da cidade, naquele rancho que você conhece muito bem.— Então mantenha eles aí. Hoje eu não vou poder ir. — Ele avisou enquanto observava Bayer discretamente, inclinando-se para o lado.— Mas o horário do expediente não acabou? — Perguntou curioso.— Sim, mas no momento... estou observando alguém.— Está mesmo gamado nessa mulher? — Ele sorriu, cético. — Dizem que depois da primeira noite, os caras virgens querem passar a vida inteira com a mulher que tirou sua virgindade. — Ele debochou, rindo do outro lado da linha.— Está louco? Como um cara como eu poderia ser virgem? Além disso, estou aqui porque ela está com o caso do Dimon e, em menos de uma semana, vai enfrentar o tribunal com algumas acusações. Quero que você pegue todas as provas que temos engavetadas. Ela tem p