Cap. 32: Te faço implorar?— Você de novo? — ele perguntou, a voz mais áspera do que pretendia. Percebeu o olhar dela percorrendo seu corpo, avaliando-o.— Onde esteve? — ela indagou, aproximando-se.— Em um velório. E você, o que faz aqui? — Ele não esperou por resposta, tentando passar por ela, mas ela o impediu.— Espera! — pediu, esticando o braço e agarrando a manga de sua camisa. — Por que você se demitiu daquela forma?Ele se virou, irritado.— Não posso? Já não está na cara que eu não me encaixo ali? — A frieza em sua voz era um escudo.— Se encaixando ou não, você não pode sair. Temos trabalho a fazer. Você nem mesmo olhou o caso que vou ter que enfrentar no tribunal. Vou precisar da minha equipe, ok? — Ela insistiu.Ele soltou um suspiro pesado.— Vocês com certeza vão encontrar alguém apto. Eu nem mesmo poderia advogar nos meus sonhos. Isso é para vocês que passaram na prova e estão estudando anos para fazer isso. — Puxou o braço com força, arrancando um grito dela.Ela olh
Cap. 33: Seguindo seus passos.Ele finalmente entrou em casa, a chave girando na fechadura com um som familiar. O envelope que carregava pesava em sua mão, e a ansiedade crescia a cada passo. Mas, ao entrar na sala, seus pais o aguardavam, os olhos brilhando de excitação. — Olha só isso! — sua mãe exclamou, estendendo o celular na sua direção. A tela exibia uma quantia absurda em uma conta bancária. Zen franziu a testa, tentando entender a empolgação deles. — O que tem? — perguntou a voz indiferente. — Esse homem, o Cedrick Romanov, ele não esquece nossa instituição. A cada seis meses, ele doa uma fortuna tão alta! Já são tantos anos assim. — A voz de sua mãe falhou, e uma lágrima escorregou por sua face. Zen observou a tela do celular, tentando processar a informação. — Isso não é bom? — perguntou, tentando soar interessado, mas por dentro sentia uma estranha sensação. — Já faz tantos anos que ele faz isso, que já não é mais surpresa que aconteça a cada seis meses. Sua mãe sor
Cap. 34: pronto para se salvar.Zen não interferiu na invasão, mas observou enquanto os dois entravam e se aproximou da porta. — Lavínia! — ele ouviu o homem asseverar, mas não ouviu a voz de Lavínia, apenas o barulho de algo caindo e quebrando. Ela tinha acabado de sair da cozinha quando viu o casal na sua sala. — Por que você está aqui? — ela perguntou, recuando assustada. — Você acha que vai ficar livre de mim? Eu já te disse, você tem que assinar a merda do acordo se quer se ver livre de mim. Será que sua paz vale menos que tudo que você tem? — ele perguntou em tom irônico. — Você tem que desistir, e então conversamos sobre isso. Eu vou ficar muito feliz em assinar seu acordo de anulação. — ela comentou, encarando a mulher que demonstrava arrogância. — Mas do que está falando? Além disso... eu trouxe o documento para você assinar. — ele disse, tirando o papel do bolso do paletó e jogando perto dela, que se agachou, pegando sem desviar o olhar de sua direção. Ela leu e riu s
Cap. 35: Acobertando o erro.— Ele de novo? — Samuel perguntou sem reação ao ver Zen sair do elevador logo depois de Evandro e sua parceira. Em seguida, observou Zen os seguindo sutilmente e disfarçando até que eles entrassem no apartamento de Lavínia. Ele continuou observando quando um funcionário da manutenção pegou seu chapéu emprestado, cobriu o rosto e entrou no quarto.— Quando você não atendeu, ele simplesmente digitou a senha. A partir de hoje, ou você fica no meu apartamento, ou no de Zara, você não fica mais sozinha na sua casa.— O que ele é? Por Deus! — Zara disse em pânico ao ver as gravações da câmera na sala de Lavínia, mostrando Zen agredindo alguém, completamente descontrolado.— Ele é assustador! — Samuel apontou para a tela, ainda sem reação. — O que vamos fazer? — ele perguntou, enquanto Lavínia estava de braços cruzados, assistindo à cena sem conseguir piscar.— Apaguem tudo que diz respeito a isso, desde a chegada até a saída deles. — Ela avisou com indiferença.
Cap. 36: Terno de um estagiário.Lavínia voltou para seu apartamento e começou a recolher o que tinha sido deixado para trás, principalmente os documentos que Evandro tinha trazido para a obrigar a assinar, e rapidamente os jogou na lata de lixo após amassá-los. Era como se estivesse acobertando um crime.Ela passou a noite no quarto de Zara, onde dormiu, e pela manhã seguiram juntas com Samuel para a empresa.— Ah... eu vou comprar um café para nós três. — Samuel avisou, encarando Zara como se lhe desse um aviso, então ela segurou no pulso de Lavínia.— Por que não vamos juntos? Temos tempo, você sabe. — Lavínia sugeriu.— Não! Eu tenho que ir comprar. É melhor você não ficar muito à vista, caso contrário, vou contratar seguranças. Quer ir mesmo? — ele perguntou. Ela deu de ombros, após fuzilá-lo com o olhar, e seguiu com Zara, que a levou para o elevador. Assim que sumiram, Samuel pediu a um dos estagiários para comprar o café, e ele ficou na recepção aguardando até que viu Zen pass
Cap. 37: A Missão ainda não acabou.O pânico irradiava dos olhos de Zara e Samuel enquanto se encaravam. Samuel a agarrou com força, pressionando a mão sobre a boca dela.— Como eu já te disse, seu turno é à tarde... Além disso, por que está brigando por um cara mais novo? Tá interessada nele? E não se esqueça: Lavínia é a dona desse lugar. Quer perder o emprego e ainda não conseguir outro? A única pessoa que pode acabar com sua carreira é ela, e ela faz isso sem pestanejar. — Ele sorriu sombrio, intensificando a ameaça em suas palavras.— Um capricho? Pelo visto, não vale tanto assim, né? — Zara retrucou com um sorriso irônico.— Bom dia, professora. — Zen a cumprimentou com um aceno.— Bom dia, Zen. — Ela respondeu com um resmungo, desviando o olhar. A irritação era evidente e sem percebeu rapidamente.— Não consegui te avisar antes, já que me jogaram nessa de última hora. Mas pensei que uma empresa como essa tivesse mais organização para avisar sobre mudanças assim. — Ele comentou
Cap.38: Desista desse caso.O senhor R franziu o cenho, fingindo surpresa. / Não é possível. Já que esse caso estava nas mãos da dona da empresa./ Está falando sobre a senhora Bayer? — perguntou com a voz mais baixa agora./ Exatamente. — O senhor R assentiu, um sorriso leve nos lábios./ Pois ela jogou nas costas de uma estagiária novata e... eu estou trabalhando do lado dela com esse caso, não tem chances de ganhar, eu não posso advogar, apenas ser assistente./ Por que não faz a prova para receber a carta? Você tinha professores particulares desde os doze anos, posso providenciar tudo isso para você. — O senhor R propôs./ Vai se ferrar! Eu só estudei aquilo porque você me obrigou, eu não vou exercer merda nenhuma só porque você queria ter os benefícios disso para se livrar das coisas podres que faz. — Zen gritou, a raiva cegando-o./ Se vire então, lembre que esse homem era a sua missão. Se quer realmente se mostrar competente, faça essa mulher ganhar esse caso e eu trato do rest
Cap. 39: Me deixe te bancar.Lavínia desviou o olhar, corando intensamente. Suas mãos cobriram a bochecha, tentando em vão esconder a confusão de sentimentos que a tomava. Um sorriso malicioso curvava os lábios de Zen, que observava a reação dela com evidente prazer.— Quanta bobagem, por que não vai iniciar seu expediente com aquela sem-vergonha? — ela murmurou, tentando soar indiferente, mas sua voz saiu trêmula.— A Cintia é bastante profissional, nunca pensei que poderia ter tantas coisas interessantes para aprender com uma mulher. Sabia que ela tem várias aptidões bem interessantes. — ele comentou, cruzando os braços e aproximando-se um pouco mais. Lavínia o encarou, os olhos arregalados de surpresa.— Aptidões? — ela repetiu, a voz falha.— Sim, é um tipo de mulher com muitas qualidades. Acredito que seja por isso que a maioria dos homens... — ele deixou a frase no ar, um sorriso enigmático nos lábios.— Não me interessa o que ela faz ou deixa de fazer, e eu espero que vocês nã