Cap. 26: sempre a auxiliar.Seus olhos se arregalaram de horror. Sem hesitar, Zen avançou a empurrando com seu corpo e ela caiu sobre seu corpo distante da área. O vaso se estilhaçou em mil pedaços, a terra úmida espalhando-se pelo chão. Lavínia, ainda atordoada, o olhou nos olhos sem perceber o que tinha acontecido.— Você ficou louco? — ela perguntou, ainda deitada sobre o corpo de Zen, batendo contra seu peito com a palma da mão. Os olhos arregalados, ela seguiu a direção do olhar dele, encontrando o vaso de barro estilhaçado no chão. Um tremor percorreu seu corpo. — Isso ia cair em cima de mim?— Não comigo aqui. — ele sussurrou, aliviado, mas com um nó na garganta. A adrenalina ainda o mantinha em alerta.Lavínia se levantou, ainda tensa e sem reação. O susto a havia deixado sem palavras.— Pode ter sido um acidente. — ela murmurou, mais para si mesma do que para ele.— Pode ser. — ele confirmou, sem acreditar em suas próprias palavras. Sabia que não havia sido um acidente. Algu
Cap. 27: Asssitente de bayer?Lavínia não teve escolha. Mesmo que quisesse se afastar de Zen, era como se ele tivesse colado nela como uma sombra.— Você não precisa me apertar tanto, ok? — ela resmungou, tentando se soltar, mas ele a manteve firme contra si. Finalmente, conseguiram entrar na cabine do elevador e ela o empurrou com força, criando um pouco de distância entre eles.— Não é culpa minha se você ficou a tarde inteira agredindo o chão com uma vassoura por causa da sua amiga. Só estou te ajudando. — ele respondeu com indiferença, a voz carregada de ironia. Os saltos dela bateram com força no chão do elevador, um eco alto no espaço confinado.— Por que você é tão irritante? — ela perguntou, desafiadora. Mas Zen apenas a encarou com um sorriso irônico, comprimindo os lábios. A porta se abriu e eles saíram.Lavínia saiu emburrada, jogando os saltos no chão. Zen os pegou com um suspiro exagerado.— Desse jeito, fica parecendo uma criança. — ele comentou, a voz suave, enquanto a
Cap. 28: cabos cortados.— Por um momento pensei que você fosse me decepcionar. — ela sussurrou para Zara, seus olhos fixos nos da outra. A confiança em sua voz era evidente.— Não se preocupe, eu mudei suas credenciais. Você não será a Bayer nesse dia, levando em conta que eles te veem tão pouco, acredito que somente o juiz será um problema para você. — Zara respondeu, inclinando-se para mais perto, seu sorriso era quase malévolo.— Relaxa, o juiz é meu amigo. — Lavínia disse, piscando de volta. A cumplicidade entre as duas era evidente.— Então boa sorte, porque o garotão é que vai ser seu assistente, gostou? — Zara provocou, um brilho de satisfação em seus olhos.— Sobre isso, eu vou te matar. — Lavínia rosnou, seus dentes cerrados. Zara se afastou, um sorriso divertido nos lábios.— Sempre tão brava! — ela provocou, se retirando antes que Lavínia pudesse responder.Lavínia suspirou, encarando Samuel. Uma semana. Uma semana para lidar com Zen como seu assistente e ainda ter que enf
Cap. 29: Carro em chamas.No entanto, antes de dar partida, ela viu Samuel tirar um bilhete preso entre o vidro da frente do carro. Sua expressão de curiosidade mudou para pânico rapidamente. Abrindo a porta do carro de Lavínia, a puxou para fora. — Saia de perto do carro! — ele avisou, puxando-a para longe. Em seguida, uma chama se acendeu debaixo do carro, alastrando-se rapidamente pelos rastros de gasolina. Samuel, com a agilidade de um raio, chamou os bombeiros antes que o pior acontecesse e o fogo causasse uma explosão. Os bombeiros conseguiram conter as chamas enquanto Lavínia, pálida e trêmula, observava a cena do outro lado da rua. Sentada em um degrau, ela apertava a minúscula folha de papel, a mensagem que havia lhe avisado antes que todo aquele caos se tornasse em tragedia. Seus olhos refletiam medo, confusão e uma crescente sensação de perigo.Seu carro vai pegar fogo se você o ligar.Ele suspirava diversas e diversas vezes, sentindo-se esgotada. Samuel, mais uma vez, est
Cap. 30: Salva por ele mais uma vez?— Não me diga que foi ele? — ela perguntou assustada, mas Samuel apenas sinalizou para que ela ficasse em silêncio, assistindo ao vídeo.Os três ficaram tensos, observando sem entender o que estava acontecendo, até que Zen se escondeu atrás de uma pilastra, como se fugisse de alguém. Então, eles viram um homem saindo de debaixo do carro, levando consigo uma caixa de ferramentas. Em seguida, viram Zen indo em direção à saída, mas ele recuou e voltou, caminhando até o carro e analisando cada parte.Lavínia ficou ainda mais sem reação quando o viu tirar do bolso um bloco de notas e o celular. Enquanto atendia o telefone, ele escrevia no bloco de notas, saindo apressado logo em seguida.Tanto ela quanto seus amigos ficaram sem reação.— Ele de novo... — ela suspirou, resignada, sem saber o que pensar, enquanto as lágrimas escapavam e seus pensamentos gritavam.— Isso é muito sério. Porque tudo não passou de um acaso para ele, mas... dessa vez, alguém e
Cap. 31: O homem na minha cola.— Não faça isso, você está dando a ele mais munição para te manipular e conseguir o que quer. Se aquela menina não tivesse morrido, pela forma como você se importou com a morte dela, acredito que até mesmo ela serviria. Você se apega muito fácil. — As palavras do homem ecoaram carregadas de acusação. Zen sentiu o corpo tenso, a respiração acelerada.— Se fosse assim, eu já teria simpatizado com você — respondeu, a voz rouca.— Mas não sou mulher, você só simpatiza com mulheres. — O homem sorriu, um gesto cruel que contorceu os lábios. Em seguida, levantou-se e caminhou em direção à saída, deixando Zen sozinho com seus pensamentos turbulentos.— estou esperando, você não vem? — ele chamou zen mais uma vez então ele o seguiu sem opção.Zen foi levado para o mesmo prédio no centro da cidade, onde a névoa da manhã obscurecia os prédios altos. Lá, frente a frente com o homem, sentiu um misto de raiva e impotência. Aquele olhar penetrante, os cabelos grisalho
Cap. 32: Te faço implorar?— Você de novo? — ele perguntou, a voz mais áspera do que pretendia. Percebeu o olhar dela percorrendo seu corpo, avaliando-o.— Onde esteve? — ela indagou, aproximando-se.— Em um velório. E você, o que faz aqui? — Ele não esperou por resposta, tentando passar por ela, mas ela o impediu.— Espera! — pediu, esticando o braço e agarrando a manga de sua camisa. — Por que você se demitiu daquela forma?Ele se virou, irritado.— Não posso? Já não está na cara que eu não me encaixo ali? — A frieza em sua voz era um escudo.— Se encaixando ou não, você não pode sair. Temos trabalho a fazer. Você nem mesmo olhou o caso que vou ter que enfrentar no tribunal. Vou precisar da minha equipe, ok? — Ela insistiu.Ele soltou um suspiro pesado.— Vocês com certeza vão encontrar alguém apto. Eu nem mesmo poderia advogar nos meus sonhos. Isso é para vocês que passaram na prova e estão estudando anos para fazer isso. — Puxou o braço com força, arrancando um grito dela.Ela olh
Cap. 33: Seguindo seus passos.Ele finalmente entrou em casa, a chave girando na fechadura com um som familiar. O envelope que carregava pesava em sua mão, e a ansiedade crescia a cada passo. Mas, ao entrar na sala, seus pais o aguardavam, os olhos brilhando de excitação. — Olha só isso! — sua mãe exclamou, estendendo o celular na sua direção. A tela exibia uma quantia absurda em uma conta bancária. Zen franziu a testa, tentando entender a empolgação deles. — O que tem? — perguntou a voz indiferente. — Esse homem, o Cedrick Romanov, ele não esquece nossa instituição. A cada seis meses, ele doa uma fortuna tão alta! Já são tantos anos assim. — A voz de sua mãe falhou, e uma lágrima escorregou por sua face. Zen observou a tela do celular, tentando processar a informação. — Isso não é bom? — perguntou, tentando soar interessado, mas por dentro sentia uma estranha sensação. — Já faz tantos anos que ele faz isso, que já não é mais surpresa que aconteça a cada seis meses. Sua mãe sor