Cap. 25: isso não é para mim.— O que está dizendo? — Lavínia questionou, erguendo uma sobrancelha com desafio. Seus olhos cintilaram com uma raiva contida.— Isso mesmo! — Zara sorriu, um sorriso falso e cruel. Escondendo-se atrás dos dois estagiários como se fossem escudos, ela continuou: — Como sua superior, eu ordeno que você lave o piso do pátio e tire todo o musgo. E como sabe, eu sou sua superior, mas se quiser deixar isso como está e desistir, será demitida antes mesmo de ser admitida oficialmente. Você tem liberdade para escolher.Lavínia riu, uma risada curta e amarga."Liberdade", pensou com ironia. "Que tipo de liberdade é essa?"— Eu sei qual liberdade eu queria agora, mas com certeza a lei me proíbe. — Ela se aproximou de Zara, seus olhos fixos nos dela. A sua amiga recuou um passo, surpreendida pela audácia de Lavínia. Com um sorriso perverso nos lábios, Lavínia se virou e saiu, deixando Zara e seus escudos atônitos.— Zara não sabe a merda que vai acontecer com sue com
Cap. 26: sempre a auxiliar.Seus olhos se arregalaram de horror. Sem hesitar, Zen avançou a empurrando com seu corpo e ela caiu sobre seu corpo distante da área. O vaso se estilhaçou em mil pedaços, a terra úmida espalhando-se pelo chão. Lavínia, ainda atordoada, o olhou nos olhos sem perceber o que tinha acontecido.— Você ficou louco? — ela perguntou, ainda deitada sobre o corpo de Zen, batendo contra seu peito com a palma da mão. Os olhos arregalados, ela seguiu a direção do olhar dele, encontrando o vaso de barro estilhaçado no chão. Um tremor percorreu seu corpo. — Isso ia cair em cima de mim?— Não comigo aqui. — ele sussurrou, aliviado, mas com um nó na garganta. A adrenalina ainda o mantinha em alerta.Lavínia se levantou, ainda tensa e sem reação. O susto a havia deixado sem palavras.— Pode ter sido um acidente. — ela murmurou, mais para si mesma do que para ele.— Pode ser. — ele confirmou, sem acreditar em suas próprias palavras. Sabia que não havia sido um acidente. Algu
Cap. 1: Força onde não tem.Lavínia passou alguns minutos inconscientes até acordar com um sobressalto, uma dor aguda dilacerando-lhe a barriga. A dor era tão intensa que a imobilizava, a deixando sem forças para se mover. Sua única reação foi estender a mão trêmula e pegar o celular, que jazia no chão, ao seu lado./ Preciso de ajuda... — ela balbuciou com dificuldade em seguida a ligação foi abruptamente interrompida, o medo percorreu seu corpo pensando que alguma coisa tinha acontecido.Cinco minutos tortuosos se passaram, uma eternidade para ela, que se sentia cada vez mais fraca e desesperada.De repente, o barulho ensurdecedor da porta sendo arrombada a tirou de seus devaneios.em razão de segundos ela viu vultos de homens entrando em seu apartamento, reconheceu logo após ser bombeiros e ficou aliviada, mesmo que a situação fosse preocupante, ela não tinha percebido a poça de sangue que tinha se forçado embaixo dela.O branco do quarto do hospital era ofuscante, contrastando com
Cap.2: O peso de ser.Ela ate pensou que estava acontecendo algo grave com seus pais, mas não era nada preocupante de fato. Elas não estavam muito felizes após ela ter ocultado a decisão sobre a mudança para uma nova cidade e a compra de um novo prédio para onde toda sua empresa seria transferida, todos poderiam pensar que aquela mudança seria para que seu negócio avançasse ainda mais a tornando ainda mais poderosa, mas Lavínia esta preocupada com outras questões mais serias que a fazia perder o sono.A visita a seus pais não durou muito. Bayer suportou com firmeza as reclamações que ouvia deles, constantemente era tudo que ela tinha a receber seja de seus pais ou de outras pessoas parecia que tinha uma carga infida em suas costas a sobrecarregando.— Soube que vai mudar a empresa para um novo prédio mais no centro da cidade. Quando você ia nos contar? — sua mãe perguntou, aborrecida.— Eu já estava planejando fazer isso.— Quando já estivesse se mudando? Seu pai trabalha naquela empr
Cap.3: Sem animo para nada.Tinha tantas pessoas ao redor, dançando e aproveitando a festa, que Lavínia mal encarava a amiga. O espaço em que ela estava parecia envolto em uma aura fria e pouco amigável, afastando até mesmo olhares para não atrair seu mau-humor. — A ignorem! Mesmo que sejamos funcionários dela, hoje é o dia em que podemos curtir sem nos preocupar com a ranzinza nos dando bronca. — sua amiga gritou, tentando quebrar o desconforto dos funcionários. Em poucos segundos, a música estava alta e todos bebiam e se divertiam, exceto Lavínia. Ainda assim, mesmo com todos distraídos, sua intenção de fuga era sempre frustrada, já que sua amiga a impedia. — Você não vai a lugar algum, não antes de ver todos os homens lindos que contratei da companhia de modelos que faz as revistas mensais de advogados campeões. — Como uma empresa que faz revistas sérias pode trabalhar com esse tipo de serviço? — Lavínia protestou, irritada. — É uma indústria famosa de entretenimento e agência
Cap. 4: Desconhecidos e ácidos.Ele se virou por acaso e franziu o cenho ao ver Lavínia vindo em sua direção com um olhar determinado e um sorriso de canto, demonstrando destreza.— Ah... Você está aí? Conseguiu encontrar o quarto rapidamente. Por que não me esperou lá dentro? — ela perguntou sorrindo desconcertada, encarando-o com olhos alarmados, implorando por ajuda, enquanto sua amiga observava curiosa. Lavínia segurou no braço do rapaz ao mesmo tempo em que ele tentava tapar o alto-falante do telefone.— Você ficou maluca? — ele disse baixinho, constrangido.— Só me ajude com isso! — ela pediu em um sussurro ao se aproximar da face dele.— Não é da minha conta, estou ocupado agora! — ele rangeu os dentes tentando a afastar.— Vamos! Estou ansiosa, que bom que aceitou meu convite! — ela disse a última palavra com irritação, puxando-o para o quarto. Zara não entendeu nada, mas deu de ombros e voltou a conversar com o outro rapaz.— O que acha que está fazendo? — ele perguntou em s
Capítulo 5: Após o deslizeQuando Zen abriu os olhos, o sol já estava se pondo. Ele pulou da cama, olhando para Lavínia, que ainda dormia profundamente, sem esboçar nenhuma reação. Ele passou a mão pelos cabelos, incrédulo com o que havia acontecido. Ficou ainda mais perplexo ao verificar as horas, soltando um suspiro pesado de preocupação.— Estou ferrado... — sussurrou, encarando a tela do celular.Recolheu suas roupas e se vestiu rapidamente. Antes de sair, avistou um envelope no chão, próximo à porta de entrada. A amiga de Lavínia havia passado seu pagamento por debaixo da porta. Ele sorriu de forma irônica enquanto olhava ao redor.— Queria ver a sua cara... dona arrogante — murmurou, pegando uma caneta e escrevendo uma breve nota. Deixou-a sobre a mesa da cozinha, ao lado de um copo de água e uma jarra, sabendo que isso a atrairia depois da noite intensa e da provável ressaca com que ela acordaria.Zen saiu do quarto quase como se estivesse fugindo, enquanto tentava, repetidamen
Capítulo 6: Saiam da frente!— O que ela faz aqui? A mamãe não pode sair assim! — Lavínia asseverou, indo se trocar. Rapidamente ficou pronta e seguiu com Zara, como se estivessem indo para um funeral.— Ela está no salão onde aconteceu a festa. Desculpa, Lavínia...As duas hesitaram ao abrir a porta, mas, assim que o fizeram, encontraram a mãe de Lavínia de pé, com uma expressão imparcial.— Quem era aquele homem? — a mãe perguntou, antes mesmo de elas dizerem "bom dia".— É alguém sem importância! — Zara tentou responder.— Não é isso! Ele não é sem importância, ele... nós... — Lavínia balbuciava, sem conseguir responder direito.— Estamos nos conhecendo já faz alguns meses! — ela disse, desconcertada, enquanto Zara a olhava, petrificada.— Você já está em um novo relacionamento? — sua mãe perguntou surpresa. — Pensei que ainda estivesse com aquele desgraçado.— Mas isso já acabou faz tanto tempo... — Lavínia desviou o olhar, balbuciando. — Enfim, eu sinto muito que tenha presenciad