Ella não estava em condições de dar aulas naquela manhã. Seu aluno era um garoto muito dedicado e com um futuro promissor, por essa razão Ella se sentiu culpada por não estar 100% para ele. A sua frustração e raiva não deveria atrapalhar a sua aula, mas ela não pôde evitar contar os minutos para que ela pudesse sair dali e enterrar a cabeça no travesseiro.— Como se eu pudesse — grunhiu — Maldito Alex, eu não devia ter deixado você entrar. Mas você tinha que ser tão parecido com o gostosão do Clube? E porque foi embora daquele jeito? — Ella estava decidida que iria para a cama com Alex, e sua decisão não surgiu após ele cozinhar para ela, sua decisão foi tomada no momento em que ele sorriu para ela pela primeira vez na praia. Ella repetiu para si mesma que se tivesse uma chance ela seria dele, Alex seria o seu primeiro, já que ela não fazia ideia de quem era o outro do clube.Bom, o fato não importava se seria um ou o outro, os dois a faziam ter cocegas em um lugar inexplorado, e que
Embora fossem raras e muito justas, segundo eles, as razões para as brigas entre os irmãos, que iam desde Yago utilizando os utensílios de cozinha de Alex e não colocando novamente no lugar, até o copo esquecido em cima da bancada de mármore Carrara cortada artesanalmente e especialmente para eles. O próprio Yago fora buscar, garantindo que o material não sofresse nenhum dano. E se um era perfeccionista em relação à decoração e aos cuidados com ela, o outro era com seus utensílios de cozinha. Yago odiava quando Alex ocupava propositalmente a sua vaga na garagem, ou quando escolhia as partes preferidas do jornal, deixando a bagunça desordenada de folhas distorcidas para trás. Isso realmente estragava o dia de Yago. Mas o gêmeo sabia como se vingar e, para fazer seu irmão provar de seu próprio veneno, era só tocar na Vyrus 987 dele. Com certeza, seria como declarar uma guerra. A joia de Alex era uma máquina fabricada pela Vyrus, uma pequena fabricante de motos da Itália, onde se fabri
A conversa inevitável, aquela que nenhum dos dois queria ter. Para falar sobre o assunto, que inevitavelmente, eles teriam que admitir para si mesmos que ele existia. E como no inferno os dois acabaram apaixonados por uma garota muito mais jovem do que eles, que embora tocasse em uma casa de jogos sexuais, eles apostariam a bola esquerda como ela não tinha ideia do que era aquele mundo, e estava tão assustada quanto curiosa? Uma combinação muito sexy. — Onde você está? — Yago perguntou quando o irmão atendeu no segundo toque. — No Porão‘s pub, onde trabalha aquela garçonete. — Sei onde é. Está sozinho? — Não, o que tá havendo? — Se livra dela, precisamos conversar! — Merda! — Alex respondeu do outro lado e Yago concordou que poderia ser mesmo uma grande merda. O Pub Porão‘s era um bar no subsolo de um edifício próximo à praia do Gonzaga, em Santos. Um bar com estilo Hard Rock, com uma decoração temática muito criativa. Alex estava sozinho em uma mesa no fundo do bar, a mulher
Ella sabia que não devia ter se exposto daquela forma. Por mais apaixonada que estivesse, não precisava ter confeccionado uma placa de neon e pregado na linha debaixo do Equador. Ao entrar em casa foi recebida por um miadinho de consideração de Miah, mas nem se quer deu-se ao trabalho de levantar a cabeça. — Miah, a sua dona é o ser mais estúpido e carente da face da terra. — resmungou se jogando no sofá ao lado da gata — "Estava pronta para me entregar a você naquela noite"? Eu disse isso mesmo? Tomara que eu nunca mais veja aquele idiota, ele deve estar tão inflado que provavelmente está sobrevoando o pico do Jaraguá nesse momento. Miah espreguiçou em seu modo felino e foi dar a sua dona um pouco de atenção, quem sabe assim ela iria dormir logo e a deixava sonhar com o angorá do 602. — Ele disse que tem um irmão gêmeo, imagina duas versões dele, Miah, eu jamais poderia escolher. E eu o beijei, eu sou louca de pedra porque o beijei e depois soltei os cachorros em cima dele. Frustr
Ella não pareceu surpresa quando soube que os gêmeos gatos eram sobrinhos do Capitão, ela começava acreditar que a sua fada madrinha andava tramando em seu favor, e até a sua gatinha fora recrutada para o serviço. O Capitão ameaçou cancelar o contrato com ela se ela não fosse almoçar com eles. E Yago foi incumbido de buscá-la, foi assim que ela soube sobre o parentesco. Ella já se sentia à vontade perto deles e o capitão tinha se tornado seu protetor desde que ela chegara a Santos três anos antes. Embora estivesse um pouco frio ainda Alex estava na piscina e Ella não pode deixar de cumprimentar o seu novo amigo. Ele sorriu ao vê-la e saiu da piscina, Ella soltou um gritinho, fazendo-o rir a gargalhadas agora. — Espero que não seja de pavor esse grito, mas diga-me qual a razão dele? — Alex sussurrou próximo ao seu ouvido sem se preocupar com as gotículas que respingavam nela e então a beijou no rosto. — você está linda princesa. Ella corou tanto que suspeitava que sua pele estivesse
Os principais jornais locais noticiavam a reabertura do Bucanero's e a reforma assinada pelos irmãos Sanz D'Alba, donos de uma das maiores construtoras europeias. Com a divulgação do nome dos gêmeos D'Alba, muitos profissionais da área garantiram suas reservas para a grande noite e também para a semana seguinte. Vestidos a rigor, Alex e Yago foram recebidos por fotógrafos e paparazzi na nova e melhorada entrada do Bucanero's. Tochas de bamboo ladeavam a entrada. Alex pensou que sua madrasta provavelmente teria uma ou duas reclamações a respeito, principalmente em relação ao tema da festa. Ela não aceitaria menos do que um enorme baile à fantasia, embora o Capitão estivesse em toda a sua glória Bucanera, com direito ao traje completo. As atenções ficaram por conta de sua namorada que fez questão de honrar a rainha pirata Sayyida AL-Hurra. O Bucanero's tinha agora dois palcos, um externo e outro no salão principal. Os dois funcionariam em dias alternados para agradar a todos os público
Ella Guido estava vivendo o maior conflito de sua vida, ao mesmo tempo, queria odiá-los por colocá-la em posição tão complicada. Yago estava certo ao dizer que ela já estava apaixonada por eles, mas aceitar um relacionamento a três? Isso era surreal, ainda ontem ela nunca havia ouvido falar de qualquer outra forma de sexo que não fosse o praticado pelos casais que conhecia, ou o anatomicamente explicado na escola. Agora sua mente fervilhava com informações sobre um mundo até desconhecido, bondage, dominação e submissão, sadismo e masoquismo, Gangbang, Ménage à trois. Sem contar as cenas que vira nos vídeos recomendados por sua amiga Julia. Ella tinha sonhos eróticos com ela no meio deles, e às vezes eram puros pesadelos quando cada um, a puxava para um lado, e a forçavam a escolher um ou o outro. Sua vida tinha se tornado um verdadeiro inferno, e ela sabia que já não tinha escolha, já estava decidido, ou ela deixava os dois, ou seguia com eles. E de todas as formas em que ela analisa
Ella não podia ter um só pensamento racional, estava tomada pelo medo da repercussão de suas ações, medo de sofrer, medo de ser consumida por eles.— Daniella querida, eu fui casada seis vezes, cinco deles eram homens conservadores, de moral ilibada diante da sociedade, mas era só aparência. Meu primeiro marido, que o diabo o tenha, era um canalha violento que traia descaradamente com sua secretária. O segundo marido me traia e era um cidadão religioso e caridoso, então eu parei de me importar e comecei a pegar só o que havia de bom neles, eu parei de tentar encontrar alguém que me desse algo que só eu poderia me dar, amor-próprio. Então fiz plásticas, levantei aqui, tirei lá e fui a uma festinha de swing com uma amiga. E adivinha quem eu vi lá? — perguntou gargalhando — O desgraçado do meu primeiro marido, e pai dos meus filhos.Ella queria perguntar mais, mas sabia que havia uma moral no fim de toda essa história e ela faria bem se aprendesse.— O filho da puta tentou me arrancar de