– Se a senhora quiser, eu posso ir embora agora. Eu só preciso de um tempo para me organizar. Mas por favor, pense na minha mãe... – Se organizar? Do que você precisa Amélia? O que mais você quer tirar dessa casa? – Eu não entendi. – A garota se dez de desentendida, embora ainda houvesse uma gota de vitória nos olhos. Ela estava muito feliz. Ela havia conseguido exatamente o que pretendia. O Cesare estava livre e podia ser dela. Amélia só precisava usar a estratégia certa, e ela o faria. Ela tinha certeza de que conseguiria isso. Então a Madison Reese a encarou com um olhar de frieza, mas também havia um pesar absurdo que ela tentava esconder. Ela não conseguiu por muito tempo, por que toda vez que ela pensava na vida sem aquele homem, a garota chorava. Mas ela precisava seguir sem bloquear o próprio destino.– Eu acho que você entendeu muito bem. Vamos lá. Eu sei que você não é muito inteligente, mas não chega a tanto. Então pense um pouco... – Eu não faço ideia do que voc
Cesare levou sua mala até o quarto de um hotel reservado. Ele sabia que as pessoas falariam sobre o motivo para ele estar ali, mas não pareceu se importar. Ele não queria pensar em nada além da próprio dor. Ele sabia bem que havia errado, mas ainda não havia decidido se contar a verdade tinha sido o melhor. A quem isso realmente ajudou? Ele foi egoísta por duas vezes e agora precisava pagar o preço das próprias escolhas. O homem andou até um corredor longo de acesso direto ao jardim. Mas ele não prestou atenção na beleza do lugar. Ele tinha coisas muito mais importantes para se preocupar além de admirar o que quer que fosse. Então ele girou a chave e entrou no quarto que mais parecia um loft de conceito aberto. Ele jogou a mala de qualquer jeito e em qualquer lugar e se sentou na cama. Ele não tirou os sapatos, nem a camisa... Ele não despiu-se de uma única peça suja de terra que usara ao cavalgar até a hospedagem. Ele apenas colocou a mão no rosto e deixou que as lágrimas saí
Madison Reese Santorini pareceu fria como nunca antes na vida. Nem mesmo a Verona o tinha intimidado tanto, e ele sentiu que tinha as mãos atadas. – Você não tem escolha, querido. Eu vou falar com o advogado hoje. Aconselho que você faça o mesmo. – É tão fácil assim para você se separar de mim? Sem uma chance? Sem tentar mais uma vez? Mas a Madison Reese arqueou a sobrancelha questionadora. – Você está brincando comigo? É claro que é fácil, meu bem o que você espera? Eu não vou te dar mais uma chance por que eu já fiz isso. Duas vezes. Ele se levantou e enfiou as mãos nos bolsos. Mas no fundo queria apenas conter as mãos trêmulas de tocarem o seio exposto da mulher que parecia provoca-lo de propósito. – Eu sei. E talvez você esteja certa sobre eu não merecer as outras vezes... Mas agora, amor... Agora é diferente. – Não me chame mais de amor, Cesare. Você não tem esse direito. – Amor. Eu vou continuar chamando você de amor. Eu vou continuar cuidando de você, amor. E eu
Cesare saiu da casa depois de beijar os filhos pela manhã, como sempre fazia. Para ele, foi difícil explicar o motivo para estar longe. “ papai, por que você não mora mais com a mamãe?” As crianças perguntaram varias vezes. Mas ele não tinha respostas, e até aquele momento, Cesare não havia sequer imagino o quanto uma pergunta poderia machucar. Mas doeu... E ele sentiu em cada osso do corpo. Ele pisou nos cacos do jarro jogado pela janela quando desceu a escada e não pode entender o por que de estarem ali. Por que ela o jogou daquela forma? Ele olhou para a frente e viu o momento em que um automóvel parou no jardim, e por mais que estivesse sentindo o coração em fúria, o homem esperou. E ele não pode surpreender-se ao ver que o medico estava ali, saindo do carro com rosas vermelhas. Ele não conhecia a Madison Reese, e ela não gostava daquela espécie de flor. Ela não gostava dele. Ela não gostava nem mesmo do cheiro. Mas ele avançou assim mesmo e o Cesare se recostou no carro d
Ela parecia tanto com uma dona de casa segurando a vassoura, mas estava longe de ser com toda a elegância que ainda tinha. Mesmo ao bater nos dois de uma forma épica e que fazia as crianças rirem alto. Os funcionários já estavam do lado de fora, apenas observando o quanto a pratoinha deles também podia ser rígida. Naquele momento, eles coçavam os olhos de tão inacreditável que parecia. – Não chama a minha mulher de maluca! – Eu não sou a sua mulher, Cesare! Mas o médico adorou aquilo, então ele riu bem alto como se quisesse mesmo ser notado. – Se deu mal! – Você vai ver quem se deu mal aqui! – E então ele o agarrou pelo colarinho com bastante força e o empurrou para longe. O homem pareceu bastante assustado, embora ainda confiasse que algo impediria o Cesare Santorini de arruiná-lo completamente. – Me solta seu desgraçado. – Deu! Saiam os dois daqui agora! E eles não podiam acreditar que estavam apanhando de uma mulher com uma vassoura. Mas aquilo pareceu ridículo, e
Ele cruzou o caminho dela como uma premonição. E ele sentiu o exato momento em que pareceu ver algo prestes a acontecer. O Cesare ainda se arqueou ao olhar para trás. Era estranho, mas ele estava preocupado, como se algo de ruim estivesse a espreita de alguém. E talvez a sensação emanasse da garota jovem que andava sozinha pela estrada de terra, ou talvez viesse de algo externo. De toda forma ele não estava disposto a esperar para ver. Então o Cesare continuou seu caminho. Mas ela subitamente acenou para ele e gritou tão alto. Era como estar previamente feliz por vê-lo. Mas o sorriso dela foi morrendo lentamente, junto a esperança de que aquele homem a ajudaria. Cesare Santorini não queria mais problemas, e ele sabia bem que a Amélia já havia feito tanto mal que merecia o que quer que fosse... Ele não sabia ainda o quanto se arrependeria pelo próprio desejo oculto. Mas ele parou rapidamente e ela correu na direção do cavalo como se estivesse em uma situação de vitória. – Ond
Ele encarou a garota com o rosto ensanguentado. Os joelhos sangravam tanto e ela esta a com as roupas rasgadas. Mas sentar-se no chão? Por que isso? Ela estava realmente tão cansada? Então ele analisou se deveria ajuda-la ou não. E se ela estivesse mentindo mais uma vez como fizera desde a primeira vez que se conheceram? Ele estava cansado de ser manipulado. Mas ele não pôde deixar a consciência daquela forma, gritando como se ele fosse o culpado por deixa-la na estrada tão sozinha. Por não ter a levado quando ela pediu socorro. – Como você descobriu que eu estava aqui? Mas ela pareceu não querer responder mais nada além da própria dor, e isso ele podia entender. Então ele desceu os olhos para o corpo e viu a forma como ela parecia segurar as alças do vestido rasgado para que não ficasse com os seios expostos. – Eu fui... Eu... Eu fui atacada, Cesare. Eu posso entrar? Mas ele ainda não queria deixar, e ele sabia que seria um grande risco. O que mais ele poderia fazer? Merd
Madison Reese andou até o escritório daquele homem mal encarado e bastante suspeito pensando que não deveria estar ali realmente. O que ela estava pensando ao contrata-lo assim? Aquele não era um homem confiável. Ele estava fumando do lado de fora como se fosse imune aos olhares e aos comentários que as pessoas direcionavam-lhe e a Madison Reese sentiu inveja dele. Ela queria saber como ele conseguia tal façanha. Por que para ele parecia tão fácil ignorar os comentários maldosos se ela mal conseguia andar de cabeça erguida agora que todos cochichavam sobre a nova separação? – Você não foi me procurar. – Madison encarou o homem. Ele rapidamente a olhou, mas não pareceu surpreso por ela estar ali. – Eu sabia que você viria, madame. Vocês sempre voltam para mim. – E ele sorriu ao parecer tão sugestivo. Mas a Madison Reese não encarou aquilo como uma piada, além do que de fato era: uma frase bastante ofensiva. Então ela fez o que somente uma mulher da classe dela faria. Ignorou. E