As mãos estavam tão machucadas, mas ele ainda conseguiu sentir cada prazer que o golpe proporcionou ao acertar o rosto com o qual sonhava machucar por tanto tempo. O grito ao fundo foi escutado, mas pareceu tão abafado como se fosse silenciado de propósito apenas para não ter que parar a atividade tão prazerosa. Mas ela estava mais alta, mais próxima agora. Era tão difícil de ignorar, mas ele ainda precisava chutar-lhe a cara em cheio, e quebrar o maldito nariz fino e grande. O Cesare Santorini tinha o rosto tão transtornado que só podia traduzir um único estado de espirito: O ódio. Então a Madison Reese tentou acalma-lo e a única maneira de faze-lo parar foi segura-lhe no braço direito e assim ela conseguiu impedir mais um soco. Um soco... Mas ele ainda tinha as pernas grandes e fortes, e não hesitou em usa-las. – Não! Não, Cesare. Você fico maluco? Mas ele ainda continua. – Me deixa! Sai daqui, Madison. E então ele a empurrou. Mas ele nunca a machucaria, ele só pretend
Mas a risada ao fundo parecia tão irritante e a Madison Reese Santorini estava de saco cheio daquele homem, então ela arrancou o sapato do pé e arremessou contra ele. Apenas alguns milímetros e ele ficaria definitivamente sem nariz por um bom tempo. – Ficou maluca? – ele gritou para ela. Mas a Madison Reese Santorini estava perdida nos olhos perfeitos daquele homem como a melhor imersão em aguas mornas e cristalinas. – Cala a boca, Dr Ortega. Então o Cesare enrugou a testa e a encarou. – Você acredita em mim? Você confia em mim? Ela observou o semblante serio por alguns segundos, mas então ela se lembrou da janela, e da Amélia... Algo nela gritou como um pressentimento. Foi a mesma dor que ela sentiu ao subir as escadas e escutar todas aquelas mentiras que rondaram-lhe a cabeça por meses a fio. Ela sabia que não podia confiar, mas ela também sabia que havia algo de muito sincero nele, e talvez houvesse uma explicação. Talvez estivessem mesmo sendo sincero. – Você nunca m
– O que você tem, Madison? – A mulher perguntou com tanta intimidade que a mulher pensou ter abusado da própria boa vontade. Ela podia até tentar confiar no marido, mas sabia que havia algo de errado, e ela já não estava disposta a aguentar o que quer que fosse. Então encarou a garota parada, usando uma farda com um olhar enviesado de arrogância. – Do que você me chamou? – Madison? Eu achei que... – Bom, você não pode em sã consciência me chamar de senhora em um momento e de Madison quando bem entender. As coisas não funcionam assim. – Mas... Mas foi a senhora quem disse que... – Eu acho que eu me enganei. Esta vendo só? Todo mundo erra uma vez. – Desculpe, senhora. Achei que fossemos amigas. A Madison Reese Santorini bateu os dedos contra o sofá enquanto pensava um pouco. – Bom, nós não somos. – Porque, senhora Santorini? Por que mudou assim? Então a Madison Reese Santorini se levantou, ainda sentindo aquela mesma tontura estranha e um mal estar que e se recusava
– Eu não sei se vou aguentar isso por mais tempo! – Você precisa disso. Nós precisamos. Ela olhou para os lados com toda a desconfiança a flor da pele. O vento que soprava do lado de fora da casa deixava a pele da Amélia arrepiada. Ela encarou a escuridão como a um fantasma, e nele havia uma aura de terror que parecia tomar conta de todo o ambiente. – Mas eu não posso viver assim por tanto tempo. Você sabe. E agora que ela esta pensando coisas erradas de mim, tudo vai ficar muito mais difícil. – Você tem que aguentar por nós duas. Você sabe que é preciso. Eu preciso disso, Amélia! Então ela enfiou a cabeça para dentro da casa a espiar os rumores de passos que acreditou ter criado dentro da própria mente. – Eu sei, mas não podemos procurar outra maneira? Eu estou me arriscando muito. Eu não posso mais ficar assim. – Não! Você não vai recuar. Está me ouvindo. – Por que? Por que nós estamos fazendo isso, afinal? Então a voz pareceu engrossar-se de uma forma assustadora, m
Madison Reese ainda estava dormindo quando a mulher entrou no escritório bem apanhado e perfeitamente arrumado. Não havia um único sinal de sujeira, e mesmo assim, ela estava ali, usando o espanador de penas de avestruz. Amélia não perguntou se poderia entrar quando empurrou a porta. O homem sentado em uma poltrona de madeira maciça não se atreveu a olhar para ela no primeiro momento. Na realidade, ele apenas tentou ignora-la como se nem mesmo existisse. Ele remexeu nos papéis e fez as anotações que precisava enviar para o país onde os negócios iam muito bem. Mas ela ainda estava ali, e a visão periférica não o deixava em paz um único segundo. O Cesare não pode evitar olhar para ela quando o primeiro livro caiu. Ele tinha amor pelos livros por que eram da esposa que os adoravam também. – O que você está fazendo aqui, Amélia? – E então ele se virou para encara-la. O rosto do homem misturou sentimentos de arrependimento a desespero. Ele queria fugir? Ele queria ficar? Ele com
A Madison Reese Santorini não sentiu dor por que a aliança havia sumido. Ela sabia que não havia motivos para esconde-la. Quem quer que ele estivesse vendo ou o que quer que ele estivesse fazendo, sabia bem que ele tinha uma esposa. O mundo inteiro sabia. O coração dela doeu por que a forma como ele pareceu reagir soou tão estranha que sinos de alerta tocaram na cabeça da esposa. – O que? – ele pareceu tentar ganhar tempo. Mas a Madison Reese sabia muito bem o que ele estava fazendo. Ela havia convivido com ótimos mentirosos a vida inteira, e o Cesare não estava entre eles. – O que você tem? Por que fincou desse jeito? – Eu não sei do que você está falando. – Cesare. O seu dedo. Você está sem a nossa de casamento. Então ele olhou o dedo e percebeu pela primeira vez a falta do anel. Rapidamente ele se lembrou do golpe baixo que a mulher o havia dado. Rata filha da mãe... Ele a xingou em pensamento várias vezes, das piores coisas que não poderiam ser mencionadas em voz alta.
Ela gritou quando sentiu o cabelo ser puxado com tanta força. Ele nunca fora um homem violento com a esposa, então por que estava agindo daquela maneira tão primitiva? Ela segurou-lhe pelo pulso para impedir que doesse ainda mais, mas foi inútil, e rapidamente ele a segurou pelo pulso e apertou até que a joia caísse de suas mãos.Só então ele a soltou, mas apenas para que travassem uma batalha ridícula pela joia. Briga da qual ele saiu obviamente vitorioso. Ela o observou colocar o anel no dedo como a coisa mais preciosa que ele poderia conseguir. – Você já pode sair daqui! Ela o encarou como se ainda tivesse algum poder sobre ele. – Eu não vou a lugar nenhum. Você me fez uma promessa e eu quero que você cumpra. – Você quer? – Ele sorriu como se a achasse ridícula. – Bom, você não deveria acreditar no que eu falo. – Não? – Ela sorriu de uma maneira muito sugestiva. – Isso se aplica a tudo? – No que diz respeito a você Amélia, tudo que me interessa é livrar-me de você. En
– Amélia, pegue isso. Amélia, pegue aquilo. Amélia, esfregue o chão... Tudo é a Amélia. Por que? Por que isso? Eu não vim aqui para isso e você sabe. Ela estava cochichando na cozinha, enquanto observava a mãe preparar-lhe o café da manhã. A mulher entrou no cômodo usando um lindo vestido um pouco mais justo e tão elegante que ela não pode evitar olha-la de cima a baixo e de sentir uma incomoda inveja. – Carmem, meu anjo. Bom dia! – Madison Reese Santorini sorriu para a mulher que tentava conciliar a refeição da filha ao livro de receitas na bancada. – Oi, minha querida. O que foi? Nesse momento, o afeto incomodou a Amélia e ela revirou os olhos. Mas ela ainda não esperava ser notada. E o fato de ter a Madison Reese a encarando pareceu mais prejudicial que o fato de estar falando mal dela a segundos antes. – Amélia? Bom dia... – ela sorriu com muito bom humor. – Bom dia, senhora. Quer um chá? – Claro... – Ela sorriu com gentileza por aceitar aquele liquido.A Amélia n