Ela sabia que estaria decepcionada no segundo em que aquele homem perfeito abrisse a boca. E talvez ele fosse perfeito apenas na aparência... Por que ela já não sabia mais como ele poderia magoa-la mais. Madison Reese fechou os olhos como se não quisesse ver o rosto daquele homem ou a provavelmente compaixão com a qual ele a encarava naquele momento. Ela não queria pena. Não... Esse não era o sentimento que uma mulher como ela esperava despertar. – Amor, olha para mim. Mas ela estava tão séria que quando abriu os olhos, pareceu a Verona outra vez. E o Cesare soube o exato momento em que a reconheceu. Ele sabia que não haveria compaixão como ele esperava que fosse acontecer, mas já era tarde demais para voltar atrás. Ele tinha que conter. Ele precisava falar a verdade. – Vamos para a sala! – e então ela se levantou da cadeira e andou até o cômodo ao lado. A verdade é que a mulher precisava ganhar tempo. Ela não podia ver a família destruída outra vez, mas ela sabia que aquilo
– Chega! Já chega as duas! – Não, Cesare. Não chega. Você vai defender a sua amiguinha? Eu juro que esfrego a sua cara também! – Você pode tentar! E então ela decidiu por si mesma que se acalmaria. Mas ela ainda tinha sentimentos ruins dentro de si. E ela sabia que não era a mesma garota indefesa da primeira vez. – Me solta! Eu não quero que você me toque! – NÃO! – ele esbravejou como se brigasse com ela. E o olhar da Madison Reese traduziu o quanto ela pareceu indignada. A verdade é que ela acreditava que ele não tinha direito algum de falar assim. Na verdade ele não tinha direito nenhum sobre ela. – Você não vai falar assim comigo! E então, a mulher pisou-lhe forte no pé direito. O Cesare Santorini finalmente a soltou. E ele ainda não havia fraquejado, mas sabia que viria mais daquilo que ela acabara de fazer. E ele sabia que tentar força-la a escuta-lo não resolveria nada. Ela se sentiria ainda mais traída. Ela acharia que estava sendo manipulada outra vez. – Es
– Eu não acho que isso seja relevante. – Responde! – ela gritou mais uma vez. A mulher o encarou nos olhos com a expectativa da resposta estampada nos olhos. E o que ela imaginava daquele dia pareceu tão terrível que ela mal podia raciocinar. – Ela entrou lá. Eu tive que esconde-la. – Você a escondeu? Porque? – Eu sabia que você não acreditaria em mim. – Ah é? – Ela riu com ironia. – Eu não acredito em você agora. E eu sei que tem mais. – Madison, esqueça isso. – Você transou com ela? – a mulher deixou a lágrima deslizar pelo olho direito apenas ao imaginar a cena ro que haviam feito naquela sala. – Você deixou que ela te tocasse. – Madison, não é nada disso. – Se não é, então por que essa resistência em responder? – Eu não posso... – Diga! – Não... – Cesare, fale agora! – Amor, eu não vou. Eu ... Então ela se levantou e passou a fechar a mala. – Para mim já chega. Eu cansei. – Ela entrou lá com uma lingerie. Ele soltou aquilo como uma bomba. Como
– Se a senhora quiser, eu posso ir embora agora. Eu só preciso de um tempo para me organizar. Mas por favor, pense na minha mãe... – Se organizar? Do que você precisa Amélia? O que mais você quer tirar dessa casa? – Eu não entendi. – A garota se dez de desentendida, embora ainda houvesse uma gota de vitória nos olhos. Ela estava muito feliz. Ela havia conseguido exatamente o que pretendia. O Cesare estava livre e podia ser dela. Amélia só precisava usar a estratégia certa, e ela o faria. Ela tinha certeza de que conseguiria isso. Então a Madison Reese a encarou com um olhar de frieza, mas também havia um pesar absurdo que ela tentava esconder. Ela não conseguiu por muito tempo, por que toda vez que ela pensava na vida sem aquele homem, a garota chorava. Mas ela precisava seguir sem bloquear o próprio destino.– Eu acho que você entendeu muito bem. Vamos lá. Eu sei que você não é muito inteligente, mas não chega a tanto. Então pense um pouco... – Eu não faço ideia do que voc
Cesare levou sua mala até o quarto de um hotel reservado. Ele sabia que as pessoas falariam sobre o motivo para ele estar ali, mas não pareceu se importar. Ele não queria pensar em nada além da próprio dor. Ele sabia bem que havia errado, mas ainda não havia decidido se contar a verdade tinha sido o melhor. A quem isso realmente ajudou? Ele foi egoísta por duas vezes e agora precisava pagar o preço das próprias escolhas. O homem andou até um corredor longo de acesso direto ao jardim. Mas ele não prestou atenção na beleza do lugar. Ele tinha coisas muito mais importantes para se preocupar além de admirar o que quer que fosse. Então ele girou a chave e entrou no quarto que mais parecia um loft de conceito aberto. Ele jogou a mala de qualquer jeito e em qualquer lugar e se sentou na cama. Ele não tirou os sapatos, nem a camisa... Ele não despiu-se de uma única peça suja de terra que usara ao cavalgar até a hospedagem. Ele apenas colocou a mão no rosto e deixou que as lágrimas saí
Madison Reese Santorini pareceu fria como nunca antes na vida. Nem mesmo a Verona o tinha intimidado tanto, e ele sentiu que tinha as mãos atadas. – Você não tem escolha, querido. Eu vou falar com o advogado hoje. Aconselho que você faça o mesmo. – É tão fácil assim para você se separar de mim? Sem uma chance? Sem tentar mais uma vez? Mas a Madison Reese arqueou a sobrancelha questionadora. – Você está brincando comigo? É claro que é fácil, meu bem o que você espera? Eu não vou te dar mais uma chance por que eu já fiz isso. Duas vezes. Ele se levantou e enfiou as mãos nos bolsos. Mas no fundo queria apenas conter as mãos trêmulas de tocarem o seio exposto da mulher que parecia provoca-lo de propósito. – Eu sei. E talvez você esteja certa sobre eu não merecer as outras vezes... Mas agora, amor... Agora é diferente. – Não me chame mais de amor, Cesare. Você não tem esse direito. – Amor. Eu vou continuar chamando você de amor. Eu vou continuar cuidando de você, amor. E eu
Cesare saiu da casa depois de beijar os filhos pela manhã, como sempre fazia. Para ele, foi difícil explicar o motivo para estar longe. “ papai, por que você não mora mais com a mamãe?” As crianças perguntaram varias vezes. Mas ele não tinha respostas, e até aquele momento, Cesare não havia sequer imagino o quanto uma pergunta poderia machucar. Mas doeu... E ele sentiu em cada osso do corpo. Ele pisou nos cacos do jarro jogado pela janela quando desceu a escada e não pode entender o por que de estarem ali. Por que ela o jogou daquela forma? Ele olhou para a frente e viu o momento em que um automóvel parou no jardim, e por mais que estivesse sentindo o coração em fúria, o homem esperou. E ele não pode surpreender-se ao ver que o medico estava ali, saindo do carro com rosas vermelhas. Ele não conhecia a Madison Reese, e ela não gostava daquela espécie de flor. Ela não gostava dele. Ela não gostava nem mesmo do cheiro. Mas ele avançou assim mesmo e o Cesare se recostou no carro d
Ela parecia tanto com uma dona de casa segurando a vassoura, mas estava longe de ser com toda a elegância que ainda tinha. Mesmo ao bater nos dois de uma forma épica e que fazia as crianças rirem alto. Os funcionários já estavam do lado de fora, apenas observando o quanto a pratoinha deles também podia ser rígida. Naquele momento, eles coçavam os olhos de tão inacreditável que parecia. – Não chama a minha mulher de maluca! – Eu não sou a sua mulher, Cesare! Mas o médico adorou aquilo, então ele riu bem alto como se quisesse mesmo ser notado. – Se deu mal! – Você vai ver quem se deu mal aqui! – E então ele o agarrou pelo colarinho com bastante força e o empurrou para longe. O homem pareceu bastante assustado, embora ainda confiasse que algo impediria o Cesare Santorini de arruiná-lo completamente. – Me solta seu desgraçado. – Deu! Saiam os dois daqui agora! E eles não podiam acreditar que estavam apanhando de uma mulher com uma vassoura. Mas aquilo pareceu ridículo, e