Penny Uma semana se passou desde que eu me instalei no prédio da Mazza Telecom e foi melhor do que eu esperava. O aparelho era realmente muito bom, com uma série de recursos e eu me vi apaixonada por ele. Eu estava certa de que a primeira apresentação deveria ser um vídeo curto mostrando algumas facilidades que o aparelho traria para o dia-a-dia das pessoas, mas focando no diferencial. E eu até tinha conseguido criar um roteiro para ele. Encontrei algumas pessoas realmente competentes no que dizia respeito as suas áreas técnicas na equipe de marketing da própria empresa, porém eles precisavam de condução. Eu selecionei três deles para me auxiliar nessa nova etapa e marquei uma reunião com eles, Dino e Isabel.Eu estava saindo do elevador no andar da presidência quando me deparei com Antony Mazza. Quase não o havia visto na última semana, exceto em encontros furtivos nos corredores onde murmurávamos um cumprimento. A grande surpresa, porém, não era ele, mas de quem ele estava acompanh
BeatriceCaminhei lentamente até o local onde o carro estava estacionado. Sim, eu havia conseguido com que Tony almoçasse comigo e que ele confirmasse a sua presença no clube mais tarde. Mas eu não poderia ignorar o fato de que algo havia mudado entre nós. Eu percebi o exato momento em que tudo mudou. Foi durante a nossa exibição. Em um momento eu me senti plenamente desejada por ele. Seu olhar era pra mim, assim como cada respiração e cada pensamento. No instante seguinte, eu o havia perdido. Nunca, nesse tempo todo que estivemos juntos, eu havia me sentindo usada por ele. Era minha escolha estar onde eu estava e fazer o que eu fazia. Dar prazer a ele me satisfazia de tal maneira que o meu próprio prazer provinha daí. Da liberdade de escolher satisfazer a alguém. Servi-lo com o meu corpo e levá-lo ao limite, fazendo-o oscilar em seu controle. Mas algo mudara. Até na forma que ele me olhava. Não que eu tivesse achado que ele era apaixonado por mim. Não era, eu sabia. Mas ele me desej
Penny - Está se sentindo bem, Senhorita Ferrara? Quer que eu chame alguém? – o porteiro do meu prédio perguntou. Só então eu percebi que estava há um bom tempo encostada à parede do lado oposto aos elevadores.- Não, eu estou bem. Obrigada – Acho que o elevador estava aberto há algum tempo. Então eu apenas entrei e apertei o botão referente ao meu andar. Meus batimentos cardíacos ainda estavam acelerados e minha respiração estava ofegante. Por isso, quando o elevador parou no meu andar eu esperei um momento no corredor antes que eu pudesse entrar. Eu não queria ter que responder nada à Giovanna e ela era muito inteligente quando se tratava de descobrir as coisas.- Ei! Aí está você – Giovanna estava sentada no sofá com o seu notebook no colo, mas ela não estava olhando para mim. Estava ocupada demais digitando alguma coisa.- Olá. Ainda acordada? – Segui para a cozinha enquanto falava.- Sim. Estou escrevendo uma matéria sobre a restauração de obras de arte. – ela ainda não estava me
LucaA campainha soou insistentemente. Por um longo tempo eu a ignorei achando que alguém atenderia. Depois me lembrei de que Antônia não vinha trabalhar hoje e quem quer que estivesse do lado de fora não iria embora. Curiosamente o barulho parou e eu me permiti relaxar de novo. Cerca de um minuto depois ouvi sons de passos na escada e, numa fração de segundos, eu estava desperto com duas armas destravadas e apontadas para a porta – Sou eu, bonitão. Não atire – a voz de Petrus veio do outro lado da porta. Suspirei aliviado. Esse era o ônus de ser quem eu era. Vivia à espera do dia em que alguém atentaria contra a minha vida, sobressaltado.- Você sabe por que eu não te chamo de filho da puta, não é?- Por que você me ama?- Não. Por que a sua mãe também é a minha.- Ah! Isso. Pensei que fosse amor. Demétrius me deixou entrar. Ele me ouviu lá do apartamento dele. O cara é bom.- Sim. Ele é ótimo.Travei as armas e as coloquei de volta no local. Em seguida, levantei-me – Porra! Dá pra c
TonyQuando saí do meu quarto privado, vestindo minha calça jeans preta, Luca e Beatrice conversavam no final do corredor que dava acesso aos nossos quartos. Era uma área restrita e apenas nós três, eu, Amadeu e Luca, e pessoas autorizadas poderiam ter acesso. – Beatrice - cumprimentei- Tony, querido, o que houve ontem? Achei que estava tudo certo e depois recebi sua mensagem de texto. Eu chamei de volta e você não atendeu.- Tive uma emergência de negócios. Mas soube que você se divertiu ontem com Luca.- Sim. Nós nos divertimos – olhou pra Luca com um sorriso – Mas seria bom se você estivesse aqui também.- E eu estou agora.- Vamos lá? – Luca chamou, provavelmente entediado com as lamúrias de Beatrice.A sala de sexo em grupo já tinha algumas pessoas. Eu entrei primeiro, seguido por Beatrice e depois por Luca. As pessoas davam espaço quando nós passávamos. Alguns conhecidos me cumprimentavam com um aceno de cabeça. Hoje havia mais espectadores na sala do que pessoas interagindo. N
PennyEu estava nervosa como nunca estive em minha vida. Seria a primeira vez que eu veria Tony desde aquela noite há uma semana, quando nós jantamos naquele restaurante do seu amigo e desde que tivemos aquela sessão de sexo por telefone. Não foi tão difícil assim passar todos esses dias longe dele, pois eu tinha algo urgente com o que me preocupar. Minha apresentação precisava estar pronta a tempo e não ter ele por perto para me desconcentrar foi uma coisa boa. Antony havia viajado a negócios e só retornara no dia anterior. Eu estava ansiosa por vê-lo e ao mesmo tempo não queria estar. Sabia que as outras equipes já haviam apresentado a sua proposta e que eu seria a última. Estava confiante de que havia feito o melhor que podia haja vista as circunstâncias, mas eu não podia me livrar desse frio na boca do estômago. Respirei algumas vezes enquanto esperava a ligação da secretária de Antony me chamando para a minha apresentação. Meus exercícios de respiração sempre me ajudavam em mome
Tony Eu estava certo do que eu queria antes mesmo da apresentação terminar. E, não. Não tem nada a ver com o desejo incontrolável de fodê-la até que ela perdesse os sentidos. Se eu fosse pensar direito era até melhor que Penélope não trabalhasse pra mim. Primeiro por que eu não fodo o meu pessoal e, segundo, por que eu sabia que se ela trabalhasse para mim, seria ainda mais difícil conseguir convencê-la a aceitar a minha proposta de se submeter a mim. Mas o fato é que ela era realmente boa no seu trabalho e fez uma apresentação excepcional. Sim, é verdade que o vídeo foi irreverente, inovador e convincente, e toda a proposta de publicidade e propaganda que fora pensado para a campanha era excepcional, mas o seu discurso de fechamento afastou quaisquer dúvidas que poderia existir em torno da sua proposta. Claro que era uma proposta e precisava ser amadurecida e ampliadaEla captou perfeitamente o objetivo que nós buscamos ao projetar o aparelho. Amadeo parece estar no céu que alguém q
PennyUm elogio. Será que custava tanto assim fazer um elogio, uma observação, qualquer coisa? Eu sei que ele gostou. Eu vi o apreço em seus olhos e, por mais que eu soubesse que ele apreciava algo mais do que o meu projeto, eu sabia que ele também o aprovou. Mas eu realmente teria ficado feliz se ele tivesse a consideração de, pelo menos, dizer que gostou. O que custava? A não ser... não! Definitivamente eu não acredito que Antony iria dispensar a minha proposta por causa do que aconteceu entre nós. Ou será que ele o faria? Deus! Eu já estava surtando, quase meia-hora se passou desde que eu deixei aquela bendita sala de reuniões e nenhuma resposta. Como se fosse um milagre realizado para me tirar da minha ansiedade o telefone tocou sobre a mesa e eu atendi. Era jeanine – Srtª Ferrara, o Sr. Mazza gostaria de vê-la. Ele está em sua sala esperando-a. Fiz um esforço para manter a minha voz tranquila. Desconfio que não funcionou – O-obrigada, Jeanine. Eu estou indo. – A curta caminhada