PennyEu estava nervosa como nunca estive em minha vida. Seria a primeira vez que eu veria Tony desde aquela noite há uma semana, quando nós jantamos naquele restaurante do seu amigo e desde que tivemos aquela sessão de sexo por telefone. Não foi tão difícil assim passar todos esses dias longe dele, pois eu tinha algo urgente com o que me preocupar. Minha apresentação precisava estar pronta a tempo e não ter ele por perto para me desconcentrar foi uma coisa boa. Antony havia viajado a negócios e só retornara no dia anterior. Eu estava ansiosa por vê-lo e ao mesmo tempo não queria estar. Sabia que as outras equipes já haviam apresentado a sua proposta e que eu seria a última. Estava confiante de que havia feito o melhor que podia haja vista as circunstâncias, mas eu não podia me livrar desse frio na boca do estômago. Respirei algumas vezes enquanto esperava a ligação da secretária de Antony me chamando para a minha apresentação. Meus exercícios de respiração sempre me ajudavam em mome
Tony Eu estava certo do que eu queria antes mesmo da apresentação terminar. E, não. Não tem nada a ver com o desejo incontrolável de fodê-la até que ela perdesse os sentidos. Se eu fosse pensar direito era até melhor que Penélope não trabalhasse pra mim. Primeiro por que eu não fodo o meu pessoal e, segundo, por que eu sabia que se ela trabalhasse para mim, seria ainda mais difícil conseguir convencê-la a aceitar a minha proposta de se submeter a mim. Mas o fato é que ela era realmente boa no seu trabalho e fez uma apresentação excepcional. Sim, é verdade que o vídeo foi irreverente, inovador e convincente, e toda a proposta de publicidade e propaganda que fora pensado para a campanha era excepcional, mas o seu discurso de fechamento afastou quaisquer dúvidas que poderia existir em torno da sua proposta. Claro que era uma proposta e precisava ser amadurecida e ampliadaEla captou perfeitamente o objetivo que nós buscamos ao projetar o aparelho. Amadeo parece estar no céu que alguém q
PennyUm elogio. Será que custava tanto assim fazer um elogio, uma observação, qualquer coisa? Eu sei que ele gostou. Eu vi o apreço em seus olhos e, por mais que eu soubesse que ele apreciava algo mais do que o meu projeto, eu sabia que ele também o aprovou. Mas eu realmente teria ficado feliz se ele tivesse a consideração de, pelo menos, dizer que gostou. O que custava? A não ser... não! Definitivamente eu não acredito que Antony iria dispensar a minha proposta por causa do que aconteceu entre nós. Ou será que ele o faria? Deus! Eu já estava surtando, quase meia-hora se passou desde que eu deixei aquela bendita sala de reuniões e nenhuma resposta. Como se fosse um milagre realizado para me tirar da minha ansiedade o telefone tocou sobre a mesa e eu atendi. Era jeanine – Srtª Ferrara, o Sr. Mazza gostaria de vê-la. Ele está em sua sala esperando-a. Fiz um esforço para manter a minha voz tranquila. Desconfio que não funcionou – O-obrigada, Jeanine. Eu estou indo. – A curta caminhada
Penny Eu estive muito envolvida com a tarefa que Antony me deu durante toda a semana. Infelizmente (ou não) eu não podia simplesmente juntar tudo que eu havia levado para o prédio da Mazza de volta para a minha empresa e esquecer que eu o havia conhecido. Eu ainda tinha muito o que fazer naquela empresa pelos próximos meses. No dia seguinte após a assinatura do contrato, um sábado, eu estava muito ocupada na elaboração do material para o evento. O tempo era muito curto e eu me perguntava se tudo com Tony seria sempre assim em cima da hora. Nosso único contato foram alguns e-mails para que ele visse e aprovasse o material do evento e só. Na segunda-feira tudo estava acertado e eu enviei o material para a gráfica. Buscando deliberadamente manter alguma distância, Pedi que Isabel fosse até a Mazza Telecom e entregasse a Antony uma amostra do material. Ele, no entanto, não quis recebe-la e exigiu a minha presença. – Personalíssimo – ele disse quando eu entrei na sua sala fuzilando-o com
Eu estava muito nervosa quando finalmente chegamos à mansão, mas eu fiz um esforço para demonstrar confiança. Seria a primeira vez que o veria depois do nosso pequeno bate-boca na sala dele e eu não tinha ideia do humor que ele estaria ostentando hoje. Tentei não me sentir insegura diante de tanto luxo, seja nos carros luxuosíssimos que paravam na entrada da mansão, seja pelo próprio prédio, uma relíquia do século XIX. Eão nasci em uma família abastada, meus pais na verdade eram pessoas muito simples, mas boas pessoas e sempre fizeram o possível para me proporcionar uma educação de qualidade e isso é tudo. Portanto, eu não me sentia à vontade no meio de todas essas pessoas da nata Milanesa.Quando o táxi conseguiu parar no pátio central, onde os outros convidados desembarcavam, um homem bem vestido em um terno preto elegante, abriu a porta do táxi e nos deu as boas-vindas. Lancei algumas notas para o motorista e descemos do carro.Após atravessar a grande porta de madeira artisticamen
PennyQuando eu abri os olhos pela manhã, o primeiro sentimento que me veio à tona foi humilhação e, em seguida, raiva. Eu fui completamente ignorada por Tony pelo resto da noite, mas a minha maior revolta era comigo mesma. Eu, Penélope Ferrara, a descolada, a segura de si, a confiante e independente financeira e emocionalmente, fiz o maior papel de boba para encerrar a noite com chave de ouro. Sentindo-me completamente miserável e também um pouco infantil por ficar me esgueirando pelos cantos da mansão enquanto Tony desfilava e tocava a mulher que tinha se pendurado nele pelo resto da noite, decidi ir embora, mas não sem antes falar com ele. Então virei uma taça de champanhe e a depositei, vazia, na primeira bandeja que atravessou o meu caminho, em seguida, caminhei com passos firmes em sua direção. – Tony – chamei intimamente, pois queria mostrar a mulher pendurada em seu pescoço que eu tinha alguma intimidade com ele, mas a cara que se virou pra mim colocou-me em meu devido lugar.
- Trabalhar até tarde de novo? – Desviei a atenção da tela do meu computador para fixa-la em Isabel, que estava de pé à porta da minha sala.- Estou terminando um pré-projeto.- Qual é. Tenho certeza que nada deve ser tão urgente assim.- E não é.- Então por que você apenas não encerra o expediente por hoje e me segue até o bar para tomarmos uma bebida?Eu realmente queria, mas eu temia não ser capaz de segurar a minha língua sobre Antony. Eu desesperadamente precisava falar com alguém se não iria enlouquecer. Mas eu sabia que não devia mencionar o nome de Tony. Acabei concordando. De qualquer modo, hoje seria o grande jantar entre Giovanna e Matteo e eu não queria ficar sozinha em casa pensando bobagem. Fomos de táxi até o nosso bar preferido e ao contrário das usuais cervejas optamos por taças de vinho tinto.- Onde está Bruno? – eu sabia que ele provavelmente estaria viajando ou preso em alguma reunião para que em plena sexta-feira à noite Isabel estivesse sentada aqui comigo. Nó
PennyO apartamento estava silencioso. Demorei um tempo para lembrar de que estava sozinha. Giovanna estava passando o final de semana em algum lugar com o irmão de Tony. Alcancei meu telefone no criado-mudo e fiz uma chamada pra ela. Ela não atendeu. Eu ligaria novamente mais tarde. Vi que era mais de meio-dia e eu tinha uma leve, porém persistente dor de cabeça. Fiz um esforço para me levantar, tomar um banho e tentei não pensar na merda que eu fiz na noite anterior. Foi difícil. Cada vez que eu lembrava das coisas que eu falei sentia a minha face queimar de constrangimento. Uma hora eu estou cheia de dedos em me submeter a um homem e, outra hora, eu estou praticamente implorando para que ele me foda sem sentido. Se minha vida fosse um filme, nesse momento os espectadores estariam perguntando: É isso mesmo, produção?Decidi fazer uma limpeza no apartamento. Não que estivesse precisando ou que eu fosse esse tipo de pessoa prendada. Não mesmo. Mas eu queria me ocupar com alguma coisa