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Capitulo 4 - Dupla face insana

           Havia-se passado alguns dias após a coroação de Vough como novo líder de Frostwar. As lutas se acalmavam por um curto período, retornando a acontecerem. Basilissa estava se recuperando lentamente, no entanto já estava sem nenhum arranhão por seu corpo. Sua energia havia mudado e prova disto era que agora possuía asas negras ao lado esquerdo. Este fato não demorou para chegar aos ouvidos do vampiro, que chegava a se intrigar. Estando sentado em seu trono no palácio principal, uma necromante de longos cabelos ondulados e roxo-escuro trajando um vestido elegante de tom preto, estava a frente da escadaria que levava até o maior. A pequena necromante, de nome Louise, havia sido nomeada como a nova comandante de NightGhost. Por isso informava os avanços da tribo das trevas e também sobre os demais acontecimentos em Frostwar, incluindo como Basilissa estava se recuperando.

— Basilissa além de não ter morrido, ao que parece, a energia dela está mudando a ponto de aquirir um par de asas negras… - Comentava Louise com seu sotaque Francês.

— Intrigante… Nunca havia presenciado isto antes. - comentava o vampiro. - Pelo visto Basilissa está agora com duas forças…

— No entanto, é muito complicado controlar a luz e as trevas, como deve saber Imperador Vough. - completava a menor. - Se Basilissa não morrer pode enlouquecer com tamanho poder. Temos que ficar atentos… deveria ter dado logo um golpe final naquela arcanjo, Imperador Vough. Ela pode colocar Frostwar em perigo…

— Eu realmente não contava que a miserável fosse tão resistente. - resmungava o vampiro. - Louise, fique de olho! Qualquer novidade a respeito me informe imediatamente!

— Como toda certeza irei lhe informar. Com sua licença, Imperador Vough… - Dizia a menor realizando uma breve reverência e em seguida dava as costas para o vampiro a fim de se retirar do local.

              Porém, assim que começava a andar sentia uma presença aproximando-se. Era Symph, que surgia ao lado de Louise e imitia um alerta a Vough:

— Tem uma fenda dimensional se formando!

— Mas que diabos! Como uma fenda dimensional foi se abrir? - Indagava Vough se levantando do torno e olhando pela janela de vidro do palácio.

              Desta podia-se ver uma enorme esfera negra surgindo do céu, saindo uma luz multicolorida que caía ao centro-oeste e uma luz escarlate no território de NightGhost e uma negra mais adiante. Após isto, a esfera se fechava.

— Que energia perturbadora… - Comentava a necromante, virando-se de gente ao vampiro.

— Louise e Symph, investiguem o lado centro-oeste. Eu verificarei essa energia. - Ordenava Vough.

— Tem certeza que vai só? Eu nunca havia sentido uma energia assim… - Alertava Louise.

— Eu muito menos. - completava o shinigami. - E sou bem mais velho que vocês dois.

— Até você se amedrontou com essa energia, Symph? - ironizava Vough descendo as escadarias. - Sou o líder de Frostwar, ninguém melhor do que eu para verificar isto!

— Não é que eu esteja com medo, mas é perturbadora e é bom que tenha cautela. - respondia Symph após um pesado suspiro. - Olhe, sou seu conselheiro. Então lhe aconselho a de fato não ir só. A raposa ainda é fraca, leve Louise com você ou até mesmo Musset.

— Não tenho tempo a perder. - Respondia Vough e em seguida se teletransportava.

         Ao chegar no local Vough via que da cratera se levitava uma criatura com curvas femininas. Estava com uma armadura idêntica a dele, seus cabelos eram grandes e platinados, seus olhos eram escarlates e ela emanava uma intensa aura negra, na qual, o vampiro identificava:

— Então é você quem está emanando essa aura perturbadora…

— Apocalipse… Onde está a Apocalipse?! - Indagava a suposta mulher, que possuía uma nítida expressão insana.

— Apocalipse?! Não sei do que está falando. - respondia o vampiro. - Eu, Vough, líder e imperador de Frostwar exijo que se identifique agora!

— Frostwar…?! - indagava a mulher, olhando para os lados. Em seguida rindo de forma insana e debochada. - Isso aqui é Frostwar?! Pif… Essa dimensão arcaica não pode ser Frostwar e muito menos um fedelho como você ser o líder… Imperador… Seja a merda que for!

— Tanto faz. Acredite se quiser! Quanto a mim… Tenha mais respeito, pois você não está mais na dimensão em que veio! - Revidava Vough aumentando a energia e desembainhando a Holocaust.

— Ih ah lá… Parece minha espada antiga… - comentava a mulher de forma debochada. - Escuta aqui, moleque! Ou você me diz onde escondeu a Apocalipse ou eu chuto isso ai que você chama de bunda!

                    Havia uma capa negra atrás da mulher, sendo segurada pelas ombreiras de sua armadura. Esta encontrava-se posicionada ao lado direito cobrindo todo o braço da mesma. Aura negra ao redor de Vough ficava ainda mais intensa perante as palavras da platinada a sua frente, posicionando sua espada para o lado esquerdo fazendo com que sua lâmina emitisse uma aura vermelha.

— Já disse! Não sei do que está falando! E não permitirei que continue com tamanha petulância perante mim! - bradava o vampiro movendo a Holocaust em um corte de cima para baixo, logo a frente de si, lançando um feixe vermelho em forma de meia lua em direção a mulher. - LÂMINA ESCARLATE!

                A outra observava o golpe com uma expressão de desdém, uma aura negra surgia de forma brusca em torno de si mesma. A platinada se movia de forma tão rápida, que apenas um vulto negro ficava no seu lugar sendo atingido pelo golpe. Surgindo a frente de Vough, rapidamente movendo a destra para frente revelando haver uma longa garra negra, na qual, estava fechada em forma de punho.

INVESTIDA CARMESIM! - Bradava ela movendo o punho contra o vampiro.

                    Este fazia com que seu corpo se tornasse uma névoa negra, no momento em que seria atacado passou por dentro do corpo da platinada lançando ali dentro diversas esferas vermelhas. Em questão de segundos ele estava logo atrás dela e estralava os dedos. As esferas aumentavam de tamanho aplicando diversos choques pelo corpo da oponente e em seguida começavam a ser reunir na mão de Vough, que estava erguida para o alto. A suposta mulher apenas ria de forma insana, seus ferimentos internos se regeneravam em questão de segundos.

— Então você que brincar de hemomancia?! - ironizava ela.

— O que?! Como você não se explodiu? - Indagava Vough, incrédulo.

                Assim que uma grande esfera se formou logo acima do vampiro, a platinada realizava um movimento giratório, para frente, com sua canhota. Então as esferas se transformavam em uma espiral, na qual, paralisava o corpo de Vough e em seguida ele sentia um grande choque psíquico, porém graças a sua resistência psíquica os danos diminuíam drasticamente. As esferas se explodiam pelo corpo do vampiro, lhe deixando ferimentos profundos que aos poucos começava a se regenerar.

— Ora… Então você também é um vampiro?! - Observava a suposta mulher, revelando-se também ser uma vampira assim como Vough. Por um breve momento ela ficou pensativa, a forma como o vampiro resistiu a seu golpe a intrigou de certa forma.

                A forma que ele lutava era bastante semelhante da vampira, além disso suas resistências acima do normal até mesmo para um ser mágico ou vampiro comum. Vough dava um leve sorriso sarcástico de canto, lambendo um pouco de sangue que escorria ao lado direito de sua boca para então a responder:

— Eu já havia notado que você também é uma vampira. No entanto, foi um grande erro me subestimar!

— E você também está subestimando ela, Vough. - Dizia uma voz masculina e imponente, o dono da voz ia se materializando ao lado do vampiro.

— Lord Aeriton, o que faz aqui? - Indagava Vough.

— Essa energia também me chamou a atenção. - respondia o Threstic, mantendo seu típico olhar altivo diante a figura feminina. - Quer dizer que você é de uma Frostwar alternativa?!

— Argh… - resmungava a vampira, caindo de joelhos no chão. Suas mãos eram levadas ao topo da cabeça. - Apocalipse… Onde vocês esconderam a Apocalipse?

— Ela não tem sanidade, voltou a perguntar por essa tal de Apocalipse. - Informava Vough.

— Nitidamente não. Mas, também é uma notável manipuladora. - observa Lord Aeriton. - Por outro lado, realmente pode ser uma oscilação de seu estado psiquico-mental. A energia totalmente desequilibrada e insana não mentem.

                   A vampira desaparecia e surgia acima de ambos se lançando contra a dupla como um meteoro carmesim. Aeriton parecia prever seus movimentos, assim sinalizava para que Vough não revidasse o golpe, criando uma cúpula verde em torno de si ele conjurava:

— Impulso caótico…

         Então uma onda negra intensa lançava a vampira para tás, os olhos verdes do homem tomavam um brilho intenso do mesmo tom para realizar mais uma conjuração:

Insularidade!

            Uma sombra surgia e envolvia a platinada, ambas desapareciam em questões de segundos. Vough se virava de frente para o líder dos Threstic’s e indagava:

— Acha que isso irá contê-la?

— Agora ela está isolada em um Vortex. - explicava Lord Aeriton. - Vai ser interessante tê-la sobre nosso domínio.

— Está bem. -concordava Vough, mesmo tendo suas dúvidas. - Retornarei ao palácio, talvez Symph e Louise já tenham informações sobre a outra energia.

—A outra energia parece ser mais calma, de qualquer forma nós mantenha informados. - Dizia o mago se teletransportando.

                Lord Aeriton havia mandado a vampira para uma pequena dimensão isolada, na qual, assemelhava-se a um espaço-tempo vazio e escuro. Ela estava desacordada por ter usado muito de sua energia tanto antes de enfrentar Vough, como a poucos minutos tentando sair daquele local com suas tentativas frustradas. O líder dos Threstic’s surgia no local vendo o corpo de Kharis flutuando no ar devido a gravidade, a fitando com uma expressão de curiosidade e dizendo:

  

— Ora, ora… Você mudou muito durante esses anos… Ou melhor, sua energia e sanidade mudaram. Quer dizer então que foi para uma outra suposta Frostwar?!

— Suposta não. De fato existe outra Frostwar, que fica em outra linha do tempo. - Comentava uma voz feminina.

                Uma espécie de portal em tom azul surgia, e dele saia uma mulher tendo um capuz branco cobrindo todo seu rosto, sendo apenas possível ver um pouco de suas madeixas vermelhas. Estava trajando um jaleco branco e grande um tanto incomum do convencional, se assemelhando a um sobretudo. O portal logo atrás dela se fechava. Aeriton virava-se de frente para a ruiva e dizia:

— Então foi você quem abriu aquele portal…

— Kharis o abriu. - respondia a mulher em tom firme. - Ela fez isso para fugir da bagunça que fez.

— Kharis?! Foi esse nome que ela usou na “outra Frostwar”? - Quis saber o Threstic de forma debochada.

— Isso pouco importa no momento. Já deve ter percebido que ela não possuie sanidade, quando Kharis acordar isso aqui não irá contê-la. - explicava a ruiva, levantando a destra mostrando uma gargantilha preta de metal, tendo uma pedra ao seu centro, junto a um pequeno controle. - Isto irá acalmá-la. Coloque essa gargantilha no pescoço de Kharis.

— E por que está me dando isso? O que me garante que essa coisa não é uma armadilha sua? - Quis saber o Lord.

— É pegar ou largar. - Respondia a ruiva apontando para Kharis, que estava acordando.

— Já que é assim, coloque você. - Revidava o mago.

— Escuta aqui mago de araque! Eu não tenho tempo a perder! Vou te explicar apenas uma vez. - irritava-se a ruiva. - Essa gargantilha energética deve ser colocada por quem irá controlar a Kharis, funcionando a longa distância.

— Primeiramente me deve respeito! Sou Lord Aeriton líder dos Threstic’s! Quem você pensa que é? - Irritava-se o lord diante do insulto.

— Threstic’s a raça de magos que sofreram mutação com o desequilíbrio da “ Frostwar Arcaica” e blah, blah, blah… Eu sei quem vocês são. - revidava a ruiva revirando os olhos, enquanto recuava a mão e deixava a gargantilha junto com o controle. - Quem eu sou, vai descobrir com o tempo ou não. Não temos muito tempo para “fazer amizade”, você tem exatamente 30 segundos para agir antes que Kharis acorde.

                    Aeriton estava confuso com toda aquela situação, questionava-se em relação a ruiva e principalmente se indagava sobre a mulher estar supostamente o ajudando. O Lord fitava a gargantilha estando pensativo.

— 28 segundos, maguinho. - Dizia a ruiva virando-se de costas.

                   Levando a canhota para sua frente, uma pulseira que estava em seu pulso emitia um brilho azulado. Desta era disparado um impulso de energia que se explodia abrindo novamente aquele portal, passando por este e em seguida o fechava. Sem escolha, Aertion apanhava a gargantilha junto ao controle. Após isto se teleportava para perto da vampira, colocando em seu pescoço a gargantilha. Os olhos escarlates da mesma se abriram repentinamente, porém neste momento o Lord apertava um único botão ao centro do controle. Com isso uma potente descarga, aparentemente elétrica, era disparada contra o cérebro de Kharis através da gargantilha. Com o choque, a vampira desmaiava voltando a ficar submersa no ar.

— Não sei exatamente o por que daquela humana ter me dado esta gargantilha energética, mas você me será muito útil ainda. - Dizia Aeriton.

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