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Capitulo 3 - Resplendência sublime

   Vough se teleportava junto com a kitsune para um local que se assemelhava com uma vasta praia, havendo várias vegetações por todos os lados. Além de diversos corais multicoloridos pelas águas do local. Dentre estes estava a jovem de longos cabelos lilás se olhando em um grande espelho que flutuava a sua frente e se maquiando. Seus cabelos estavam presos por diversos bobes, ela terminava de pintar seus lábios de rosa pink e então voltava sua atenção para o vampiro.

— Vough?! O que faz aqui?!

— Tenho uma tarefa para você, Belle. — Respondia Vough.

— Uma tarefa? Eu ainda não terminei de me arrumar para a coroação! Por que não manda a Roxanne ou o Symph? — Resmungava a sereia.

— Se fosse para Roxanne ou Symph realizar esta tarefa eu teria ordenado a eles, e não a você! — Revidava o vampiro.

— Nossa… Nem na sua coroação você fica de bom humor… — Resmungava ela.

— Pare de resmungar, está perdendo tempo. — repreendia o vampiro. — Você deve arrumar Mayumi para a coroação também.

— Essa raposa? — Indagava Belle fitando a kitsune com um olhar de desgosto.

— Sim, ela será minha escrava de agora em diante e deve estar impecável em minha coroação. — Respondia Vough.

— Nem de longe essa raposa ficará tão bela quanto eu. — resmungava a sereia. — Vough, se queria uma companhia para a coroação poderia ter me convidado e não arrumado uma qualquer. Afinal, agora você vai ser o líder de Frostwar, deve ter alguém a sua altura.

— Primeiramente: não há ninguém a minha altura em Frostwar. — respondia o vampiro rispidamente. — Pare de baboseiras e faça o que ordenei!

— Ah... Está bem, farei o possível. — Bufava a sereia.

Vough nada disse, apenas se retirou do local usando o teleporte. Belle fitava Mayumi com uma expressão de desgosto, enquanto falava:

— Deu sorte de eu apenas ter que me vestir, se não eu mandaria um de meus servos fazer este trabalho.

— Vough-sama ordenou que você mesma fizesse. — Revidava a kitsune, porém, mantendo um certo tom respeitoso apesar de notar o olhar lançado para si.

— Hã! Além de tudo é bocuda! — resmungava Belle colocando ambas as mãos na própria cintura. — Escuta aqui, projeto de capacho! Me respeite! Sou a Rainha das águas de Frostwar!

— Meu nome é Mayumi! — revidava a kitsune deixando de lado seu modo respeitoso diante das provocações da sereia. Geralmente não gostava de confusões, mas não conseguiu se conter diante da situação já que sentiu o nítido tom de ciúmes. — Se não quiser me arrumar para a coroação, como Vough-sama ordenou, então eu mesma o farei!

— Tanto faz… Seu nome é ridículo mesmo! — revidava Belle. — Olha, eu não tenho tempo a perder. Se quiser parecer uma palhaça na coroação o problema é seu!

Como Mayumi não gostava de discussões e muito menos brigas ou lutas, apenas respirou fundo e deu as costas para Belle. Dirigia seus passos para a floresta tropical próxima à ilha, pondo-se a colher algumas flores de cor vermelho e branco, buscando alguma forma de fazer um belo vestido para a coroação. A kitsune sentia a energia de alguém por perto, então quando ergueu a cabeça para frente, via a imagem de um homem de longos cabelos verdes e olhos dourados, possuía orelhas longas e pontiagudas. Estava trajando um sobretudo dourado com detalhes em verde-claro, em suas mãos haviam um par de luvas brancas, a suas calças era do mesmo tom sendo acompanhada por um elegante sapato marrom com detalhes dourados. Seu semblante calmo lançava um certo ar de curiosidade em ver uma kitsune tão bela no território de Belle.

— O que uma kitsune faz aqui? — Questionava ele em tom calmo.

— Estou colhendo flores para fazer um vestido para a coroação do Vough-sama. — explicava Mayumi. — Na realidade, Vough-sama ordenou que Belle me arrumasse. Mas, parece que ela não gostou da ideia e muito menos de mim.

— Imagino que Belle se negou a te ajudar. — deduzia o druida já sabendo como a sereia era ciumenta. — Você é uma kitsune muito bela, certamente Belle ficou com ciúmes de você. Ainda mais o próprio Vough ordenando que a arrumasse para a coroação.

— O-obrigada, senhor. — Agradecia a kitsune, um tanto sem jeito.

— Não tem o que agradecer. — respondia o druida sorrindo gentilmente para a kitsune. — E tem mais, eu vou te ajudar! Meu nome é Aratiel, e você como se chama?

— Eu não quero lhe incomodar… — respondia a morena. — Prazer em conhecê-lo, sou Mayumi.

— Ora, eu que me propus! Não será nenhum incomodo. — dizia o druida. — O prazer é meu, Mayumi. Tem um belo nome que combina com você.

— O senhor é gentil. É difícil encontrar seres como o senhor por Frostwar. — Comentava Mayumi sorrindo gentilmente.

— Olhe, me chame apenas de Aratiel, sim? Me faz me sentir velho desse jeito. — ele dizia em tom divertido. — Ora, eu que admiro uma kitsune tão meiga servindo ao Vough.

— Devo minha vida a Vough-sama, por isso sirvo a ele. — Respondia Mayumi.

— Como assim "deve sua vida ao Vough"? — quis saber o druida, em tom de curiosidade. — Bom, me explique pelo caminho. Te levarei para um lugar em que possa se banhar.

Então o druida gesticulava para que a kitsune o seguisse. Aratiel se pôs a andar e Mayumi o seguia enquanto explicava:

— Eu estava sendo perseguida por um grupo de vampiros e demônios de NightGhost, então Vough-sama apareceu.

— Entendo, certamente ele notou essa grande energia em seu interior. — Deduzia Aratiel.

Logo ambos chegavam em uma fonte terminal, tendo diversas flores emanando um aroma muito agradável e relaxante.

— Aqui você pode se banhar, Mayumi. — Dizia o druida.

— Tem certeza que não terá problemas com a Belle? — Indagava a kitsune, fitando as águas tão transparentes do local que chegavam a refletir o céu azul.

— Não se preocupe. — respondia ele sorrindo gentilmente, enquanto estendia a canhota para frente materializando um kimono de plumas brancas. Com sua telocinese guiava o traje até a morena. — Vista isso quando terminar.

— Está bem. — Concordava a kitsune, apanhando o kimono com ambas as mãos e depois o deixando sobre uma grande pedra.

— Enquanto se banha, providenciarei um belo kimono. — dizia o druida. — Geralmente kitsunes costumam usar, acredito que gostará.

— Obrigada! — agradecia a morena. — Realmente normalmente eu uso kimonos.

— Bom, deixarei que tenha privacidade para se banhar. — Dizia Aratiel dando as costas para Mayumi.

O druida ficava dentre algumas grandes árvores tanto para a privacidade da kitsune, como para esta ainda não ver o kimono que estava materializando, junto com pequenos animais que começavam a tecer ceda em tom branco e vermelho para a parte de cima e longas mangas da veste. A parte do busto era tecida por um cetim opaco vermelho, assim como a faixa que definiria a cintura da kitsune. Flores eram colocadas sobre a faixa e também nas partes finais da manga e barra do kimonoAratiel materializava um par de belas sandálias douradas com um leve salto elegante. Não demorou muito para Mayumi acabar de se banhar e vestir o kimono de plumas.

— Eu já terminei, Aratiel. — Avisava ela.

— Seu kimono para a coroação está pronto! — Dizia o druida, aproximando-se da kitsune e gesticulando para que diversas borboletas e pássaros trouxessem a vestimenta junto com as sandálias.

— Céus! Que lindo! — Exclamava ela admirada com o belo kimono.

— Ficará ainda mais belo em você. — Ao que o druida falava, ele estralava os dedos de sua canhota.

Neste momento um turbilhão de borboletas cercou Mayumi completamente, junto com aquelas que segurava o kimono. Em poucos minutos ela estava vestida com o traje e seus longos cabelos estavam presos em um grande e belo coque, tendo diversas flores douradas. As borboletas e pássaros eram desmaterializados.

— Eu não disse? Está muito bela, Mayumi! — Elogiava Aratiel.

— O-obrigada, Aratiel. — Agradecia a kitsune.

— Acredito que ainda está um pouco cedo para a coroação, mas de qualquer forma lhe levarei até o Palácio. — dizia Aratiel. — Vough já deve estar lá e se Belle te ver assim, vai querer estragar todo esse belo trabalho.

— Sim, mas e você? Não vai para a coroação? — Indagava a kitsune.

— Talvez… Não tenho certeza ainda. — Respondia o druida.

— Pensei que iria… Está tão bem arrumado. — Comentava a kitsune.

— Oh, eu gosto de vestir assim. — respondia o druida. — Mas bem… Vamos!

Ao que ele dizia, apanhava a mão da kitsune por entre a longa manga do kimono e teleportava ambos até a entrada do palácio. Aratiel notava que logo o vampiro chegaria, então minutos antes se teleportava deixando Mayumi ali. Aos poucos o vampiro ia surgindo, ele trajava uma camisa social preta de gola alta com detalhes em dourado, por cima desta havia um longo sobretudo em tom vinho com detalhes em preto, acompanhado por uma calça marrom e uma bota preta com detalhes em dourado e vermelho finalizavam o visual. Seus olhos escarlates pairavam sobre Mayumi, apesar da expressão séria de sempre, notava como a kitsune estava bela. Estando a uma curta distância entre ambos, a morena curvava levemente o corpo para frente, deixando as mãos juntas a frente, em uma reverência ao vampiro. Ele parava a frente de Mayumi e notava que Belle não estava por perto, então indagava:

— Onde está Belle?

— Vough-sama… Belle ainda está na ilha. — Explicava a kitsune.

— Aposto que não veio para cá sozinha, quem lhe trouxe? — Questionava o maior.

— Foi um druida chamado Aratiel. — explicava Mayumi. — Belle se negou a me arrumar, como Vough-sama havia ordenado, então ele me ajudou.

— Então Belle desacatou minhas ordens… — dizia o vampiro com um nítido tom de fúria. — Pois bem! Sei bem o que farei perante isto. Aratiel lhe ajudou a troco de que?

— De nada, Vough-sama. — Respondia a kitsune.

— Sei… Desde quando Aratiel faz favores? — questionava o vampiro em tom desconfiado, mas sabia que Mayumi não estava mentindo, afinal estava fitando diretamente nos olhos da kitsune. — Ficarei de olho naquele druida. Vamos entrar. Em algumas horas será a coroação.

O vampiro se dirigia até os dois guardas que estavam na porta do palácio, estes abriam espaço e a porta para que ambos entrassem. Então assim o faziam. Aos poucos todos os seres de Frostwar, ou, pelo menos, a maioria, iam chegando ao salão principal. Roxanne e Belle estavam mais próximos ao local que levava ao trono, quando a sereia via a kitsune, que estava próxima a escadaria ao lado de Vough, torcia o lábio para o lado esquerdo e bufava de leve nitidamente em um tom nada disfarçado de ciúmes.

Vough estava de frente para todos, fitando-os com seus olhos escarlates atentos a cada um que se aproximava do salão. Em um dado momento Laferd, que estava a frente do trono junto a Irith, ao seu lado direito, e Justine ao seu lado esquerdo.

— Saudações povo de Frostwar! Todos são bem-vindos ao Palácio.

— Como todos sabem: Basilissa foi derrotada por Vough. Isto significa que de agora em diante Vough será o líder de Frostwar! — Anunciava Justine gesticulando para que o vampiro se aproximasse.

Ele então subia as escadarias que levava até o trono, durante este percurso cada ser de Frostwar foi se ajoelhando um a um. Era seguido por Mayumi que estava segurando uma almofada vermelha em suas mãos, tendo uma bela coroa ao seu centro. Vough sentava-se no trono, enquanto a kitsune se aproximava ao lado de Irith. Esta apanhava a coroa calmamente e a levava até o topo da cabeça do vampiro. Após isto virava-se de frente e dizia:

— Saúdem Vough , o líder de Frostwar!

Então todos aplaudiam-no. Ele gesticulava para que RoxanneSymph e Belle se aproximassem, enquanto as palmas se cessavam para assim tomar a palavra em um tom alto suficiente para todos no salão ouvir:

— Anúncio Roxanne, como a senhora dos ares e das montanhas de FrostwarE Symph, como meu conselheiro.

Ao ouvirem as últimas palavras do vampiro, todos começavam a murmurar entre si, até mesmo os juízes das almas estranhavam o anunciamento de Symph como conselheiro de Vough.

— Vough… Tem certeza do que está fazendo? — Alertava Justine.

— Sei bem sobre o passado do Symph. — revidava o vampiro com convicção. — No entanto, noto que há um tempo o seu comportamento mudou bastante e que ele está arrependido por seus atos. Então, por que não dar uma segunda chance ao Symph como meu conselheiro?!

— Desde quando Vough se tornou piedoso? — Resmungava uma necromante de porte baixo e de cabelos roxos tendo um sotaque Francês.

— Louise, acho que Vough está revendo melhor seus conceitos após se tornar Líder de Frostwar. — Comentava Basilissa, que estava ao lado da pequena necromante, em tom esperançoso.

— O que o imperador Vough disse é verdade. — confirmava Symph, após soltar um pesado suspiro. Aos poucos foi levando o olhar para todos ali presentes, pairando sobre os três juízes das almas. — Eu fui ganancioso no passado… Eu sei que nenhum pedido de desculpas apagará o que fiz… Paguei literalmente com minha própria alma… Vivi muito tempo melancólico e até desejei vingança, mas revi meus conceitos. Aprendi a dura lição que vocês me deram, Juízes das almas… Peço que me permitam mostrar que de fato estou procurando me redimir.

— Symph… Nunca lhe vi assim… — Comentava Irith sentindo compaixão do shinigami.

— Essa era a intenção, Symph: tudo o que passou te servir como remição Por isso, apesar de seus atos no passado não te banimos de Frostwar. — Dizia Laferd.

— Já que Symph está de fato arrependido, é justo que tenha uma segunda chance como conselheiro. — Completava Justine.

— Sendo assim, Vough, deseja dizer mais alguma coisa antes de encerrar a coroação ou até mesmo nomear mais alguém para algum cargo que tenha em mente? — Questionava Laferd.

— No momento é só. — Afirmava o vampiro.

Belle fitava Vough com um olhar como se dissesse: "Mas, e eu!? ". Este Apenas lançava um olhar de canto para a sereia, enquanto Laferd encerrava a coroação:

— Povo de Frostwar, aqui se encerra a coroação do líder de FrostwarVough!

Todos aplaudiam, então os Juízes das almas se transportavam de volta ao Templo das almas. Os seres ali presentes começavam a se retira; Vough estava descendo as escadas que levavam até o trono, sinalizando para Mayumi o aguardar ali. Durante o percurso, Belle se punha a frente do vampiro, bradando:

— Você não cumpriu sua promessa de que me nomearia a rainha das águas de Frostwar!

— Você não tem nenhum direito de me cobrar nada, Belle! — respondia ele rispidamente, empurrando a sereia pelo ombro para que ela saísse de sua frente. — Você descumpriu minhas ordens!

— Aquela coisinha insuportável, que você chama de serva ou escrava, seja lá o que for, ficou me desafiando! — respondia Belle. — Ela que não quis que eu a arrumasse para a coroação.

— Cale-se! — bradava o vampiro em um timbre imponente. — lembre-se de que sei bem quem me diz a verdade e aqueles que mentem para mim. Tenho um certo assunto para resolver.

Sem esperar que a sereia o respondesse, ele se teleportava para fora do Palácio, surgindo a frente de Aratiel, que acabou assistindo a coroação, então lhe direcionava os seguintes dizeres:

— Não esperava que fosse comparecer em minha coroação, Aratiel.

— Decidi comparecer em última hora. — Respondia o druida calmamente.

— É mesmo?! Espero que não tenha haver com a minha serva Mayumi. — Dizia o vampiro rispidamente com um leve tom de sarcasmo.

— Sei que Mayumi é sua serva, Vough. — respondia Aratiel mantendo o tom calmo e respeitoso. — Apenas a ajudei para que não tivesse problemas com você. Imaginei que Belle tivesse ficado enciumada com Mayumi, por isso se negou a realizar o que lhe havia ordenado.

— Pois, bem! Como já sabe Mayumi é minha serva. Não quero saber de galanteios entre vocês ou eu mesmo mato os dois juntos, entendeu? — Ameaçava Vough, pois, sabia que Aratiel tinha o costume de ser galanteador.

— Não tenho essa intensão. — Respondia Aratiel calmamente e com convicção.

Apesar da fama que tinha e de Mayumi ser muito bonita, Aratiel não se atreveria a ser galanteador com a serva de Vough. Sem nem ao menos esperar que o druida terminasse de falar, o vampiro lhe dava as costas se teleportando de volta ao Palácio, na onde, via Symph impedindo que Belle atacasse Mayumi.

— BelleaquIeta esse seu rabo! — Bradava o shinigami.

— Essa mocreia armou pra cima de mim! Vou acabar com essa projeto de capacho! — Brava Belle, elevando sua energia fazendo com que uma aura azul claro emitisse de seu corpo.

— Que bagunça é essa em meu palácio?! — Bradava Vough em tom imponente.

— Agora ela se aquieta… — resmungava Symph. — Essa baiacu  um pé no saco por que você não a nomeou como Rainha das águas.

— BAIACU?! Como ousa!! — Bradava a sereia.

— Calem-se! E saia daqui imediatamente, Belle! — Bradava Vough tendo uma leve aura negra ao seu redor.

— Mas Vough!! Não é justo! Essa... Raposa! Armou pra cima de mim! — Revidava Belle.

— Eu não vou repetir, Belle... — Dizia Vough estralando os dedos e encarando a sereia com um olhar de fúria.

— Está bem... — Resmungava Belle, andando até a porta que levava para parte de fora do palácio.

— Perdoe-me, Vough-sama... — Mesmo não tendo culpa do ocorrido, Mayumi se desculpava e se ajoelhava perante o vampiro.

— A Mayumi não revidou. Belle quem ficou provocando ela. — Dizia Symph.

— Chega dessa perda de tempo! — dizia Vough. — Vamos, Mayumi. Você tem muito trabalho a fazer!

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