SAMANTHA
— O que houve? — perguntou assustado pois viu que eu estava com uma expressão preocupada. — As crianças estão bem? — Sim. Thomas vai levá—los à escola hoje. — respondi tranquilizando—o. — Precisamos conversar. Ele me mandou entrar e eu fui. Sentei no sofá e expliquei o sonho que eu tive. Disse o que havia feito com o Thomas enquanto dormia. Ele ficou preocupado. Me disse que poderia me levar hoje até a bruxa. Talvez ela me explicasse o que aconteceu comigo nessa manhã. E se eu sou alguma ameaça pros meus filhos ou qualquer outra pessoa. Eu estava com medo, medo de machucar alguém. Talvez até mesmo…. matar. Como sonhei que fazia com Chuck. — Eu vou pegar alguma coisa pra você beber. — disse
SAMANTHANo dia seguinte voltei até a casa nova com as crianças. Thomas estava ao telefone quando chegamos. Ele parecia bastante alterado. Não o incomodei e subi direto pro quarto. Levei as crianças comigo e logo liguei para Constance, pra saber se ela poderia viajar pra cá, morar conosco, talvez. Já que ela conhece as crianças desde que nasceram. Não poderia confiar mais em outra pessoa, dada as circunstâncias. Enquanto as crianças brincavam com LEGO, eu saí até o corredor para falar ao telefone com Constance.Ela ficou feliz em saber que eu estava viva e bem. Ficou muito triste quando Thomas a dispensou por mandar os meninos pra Forest Lake. E que não podia esperar para revê—los. Eu expliquei que compraria sua passagem o quanto antes e ela disse que faria as malas ass
THOMASMais tarde naquele mesmo dia. Samantha havia adormecido em meus braços. Nem notei o tempo que fiquei ali a acudindo até que ela adormecesse . Eu a ajeitei em cima da cama e a cobri. Seu corpo ainda estava muito quente. Parecia febril. O que era preocupante, já que ela é um ser imortal agora, e febre não seria uma coisa boa.Eu me virei pra ir até o mini—bar que fica no canto do quarto para pegar uma bebida. E senti uma picada na minha costela. Era uma dor suportável. O que me assustou foi a pressão com que essa picada foi aplicada. Olhando por cima do ombro notei uma silhueta, mas me virei notando que era Samantha. Sua feição estava diferente, parecia não ter sentimentos em seu olhar. Era vazio e assustador.— Que porra você tá fazendo? — perguntei olhando em direção a faca que ela
SAMANTHANa manhã seguinte, fui acordada com pulos na cama, os dois estavam pulando feito macaquinhos, percebi que Thomas não estava mais ali com a gente, mas não dei muita importância, ele provavelmente já estava lá em baixo tomando café.— Olha, mamãe, olha! — dizia Amanda enquanto pulava bem alto e caía sentada.Eu sorri satisfeita.Me levantei bem—humorada e fui para a cozinha, os meninos me seguiram, e quando chegamos até o primeiro andar, Constance estava arrumando a mesa do café das crianças. Os meninos correram e se sentaram, escalando a cadeira alta deles dois.— Viu Thomas hoje, Constance? — perguntei.— Ele saiu faz umas duas horas, Sra. Bart. — ela me encarou sem graça. — Levou duas malas
THOMASAinda no aeroporto, depois de não ter conseguido falar com a Sam, cogitei ligar para um dos irmãos dela. Só pra saber se ela estava bem. Já que não me respondia mensagens ou atendia a porra do telefone. Será que ela estava me punindo?Liguei para Clara, ela não atendeu.Deus, o que tá acontecendo com essa família?!Liguei para Tyler, mesmo ele não indo com a minha cara, ele tinha que me dizer se estava tudo bem.— Alô. — respondeu mau humorado.— Tyler, é o Thomas.— Eu sei. O que você quer? — perguntou com pouca paciência.— Estou tentando ligar para Samantha, ela não atende. Sabe me dizer onde ela está?Tyler rosnou como um cachorro.— Ninguém te avisou?
THOMASQuando Sandy chegou me senti 100% mais aliviado. Ela estava comigo e eu sabia que ali não corria risco de nada. Ela estava muito cabisbaixa. Pois havia visto a mãe morta. Ela ficou escondida onde Vick a mandou ficar, e estava se sentindo mal por ter deixado a mãe sozinha.Samantha arrumou uma cama para Sandy no quarto das crianças. Assim ela ficaria com os dois e talvez se sentisse melhor.Quando cheguei na cozinha, Sam estava sentada na cadeira do balcão. Com uma taça de vinho e a garrafa ao lado pela metade.Me juntei a ela pegando uma taça no armário e enchendo—a.— Poderia ter me falado sobre Sandy. Eu não teria contado pra ninguém, você sabe. — disse ela sem olhar pra mim.— Foi uma escolha da Victória. Eu não podia passar por cima do
SAMANTHAPercebi um carro desconhecido estacionando na frente de casa. Olhei pela janela do quarto e o motorista que conduzia o carro desceu e abriu a porta do banco traseiro.Saiu do carro uma mulher usando um chapéu que cobria seu rosto. Eu conseguia ver que sua pele era negra, e seu corpo era bem esbelto. Ela vestia um terninho preto, parecia ser bem elegante.Observei Thomas sair da varanda e ir abraça—la. Rebecca não era nada como eu imaginava. E ela era muito diferente da Misty. Se tinha uma Misty que eu deveria me preocupar em ter perto de Thomas seria essa. Pois era muito bela.Ela o cumprimentou com dois beijinhos e seguiu para dentro. Eu logo desci para recebê—la também.Seu rosto era lindo, ela tinha um nariz redondo e uma boca carnuda, suas sobrancelhas pareciam pintadas fio à fio. E o cabelo era preto e bem encaraco
Saí da reserva depressa e peguei o primeiro táxi que passou.Assim que cheguei em casa, Thomas estava na sala, sozinho. Ainda eram nove da manhã.— Onde você estava? Estava preocupado. O que aconteceu? — perguntou levantando do sofá depressa e vindo em minha direção.— Eu… Eu saí pra caminhar, perdi a noção do tempo. — menti. Eu não podia contar sem antes saber o que aconteceu direito.— Me assustei por não te encontrar em casa quando acordei. Você saiu muito cedo. Tem certeza de que está bem?Eu assenti.— Preciso tomar um banho. — falei tentando cortar o assunto.— Vou fazer o café.— Okay.Eu subi correndo e fui direto pro banho. Na minha cabeça passavam várias imagens imagin&
THOMASDois dias se passaram, Samantha ainda saía de madrugada, sempre na mesma hora, tanto pra ir, quanto pra voltar. Ela não percebia que eu via todas as vezes.Em alguns dias a casa destruída ficou pronta, então fui levando as coisas pra lá aos poucos. Eu queria confrontar Samantha e perguntar queporraela tava fazendo, mas eu tinha medo da resposta.Sem me despedir, saí para a empresa, qualquer lugar que não fosse perto das mentiras de Samantha era melhor. No caminho resolvi parar num restaurante pra levar comida pro trabalho. Assim que comprei e voltei pro carro, fui parado por uma mulher se cabelos brancos compridos de tranças. Ela era negra e parecia já estar na terceira idade.— Eu sei que você não me conhece, mas sua esposa sim, me chamo Analu Deveroux. Ela es