SAMANTHA Percebi um carro desconhecido estacionando na frente de casa. Olhei pela janela do quarto e o motorista que conduzia o carro desceu e abriu a porta do banco traseiro. Saiu do carro uma mulher usando um chapéu que cobria seu rosto. Eu conseguia ver que sua pele era negra, e seu corpo era bem esbelto. Ela vestia um terninho preto, parecia ser bem elegante. Observei Thomas sair da varanda e ir abraça—la. Rebecca não era nada como eu imaginava. E ela era muito diferente da Misty. Se tinha uma Misty que eu deveria me preocupar em ter perto de Thomas seria essa. Pois era muito bela.Ela o cumprimentou com dois beijinhos e seguiu para dentro. Eu logo desci para recebê—la também. Seu rosto era lindo, ela tinha um nariz redondo e uma boca carnuda, suas sobrancelhas pareciam pintadas fio à fio. E o cabelo era preto e bem encaraco
Saí da reserva depressa e peguei o primeiro táxi que passou.Assim que cheguei em casa, Thomas estava na sala, sozinho. Ainda eram nove da manhã.— Onde você estava? Estava preocupado. O que aconteceu? — perguntou levantando do sofá depressa e vindo em minha direção.— Eu… Eu saí pra caminhar, perdi a noção do tempo. — menti. Eu não podia contar sem antes saber o que aconteceu direito.— Me assustei por não te encontrar em casa quando acordei. Você saiu muito cedo. Tem certeza de que está bem?Eu assenti.— Preciso tomar um banho. — falei tentando cortar o assunto.— Vou fazer o café.— Okay.Eu subi correndo e fui direto pro banho. Na minha cabeça passavam várias imagens imagin&
THOMASDois dias se passaram, Samantha ainda saía de madrugada, sempre na mesma hora, tanto pra ir, quanto pra voltar. Ela não percebia que eu via todas as vezes.Em alguns dias a casa destruída ficou pronta, então fui levando as coisas pra lá aos poucos. Eu queria confrontar Samantha e perguntar queporraela tava fazendo, mas eu tinha medo da resposta.Sem me despedir, saí para a empresa, qualquer lugar que não fosse perto das mentiras de Samantha era melhor. No caminho resolvi parar num restaurante pra levar comida pro trabalho. Assim que comprei e voltei pro carro, fui parado por uma mulher se cabelos brancos compridos de tranças. Ela era negra e parecia já estar na terceira idade.— Eu sei que você não me conhece, mas sua esposa sim, me chamo Analu Deveroux. Ela es
SAMANTHAChuck havia sumido.Nós não tínhamos nenhuma pista de quem poderia ter tirado ele de lá. Ou até mesmo, se ele havia conseguido sair sozinho. Mas Chuck solto por aí, era perigoso para todos nós. Com os dias se passando, Clara e Jim foram para Darkvalle. Por segurança, mandamos Amanda e Luke com eles. Foi difícil tomar essa decisão, mas como lobos não são permitidos na cidade, lá seria o lugar mais seguro para eles.Thomas foi embora com Sandy e Rebecca para Louisiana. Alugaram um apartamento por lá, onde eu não sabia o endereço. Fazia um pouco mais de dois meses que eu não tinha nenhuma notícia deles. Sandy provavelmente ainda era um mistério para Chuck, pois ele não sabia que ela havia sobrevivido. Mesmo Victória tendo se juntado com ele para
THOMASEu me levantei depressa preocupado. Apesar de estarmos seguros tendo dois seguranças no corredor do apartamento e mais dois lá embaixo no térreo, eu não vejo motivos pra Sandy achar que tem alguém no quarto dela sem que não tenha. E, também, apesar dela ser uma criança e crianças serem medrosas, Sandy já passou por muitas coisas, não acho que se assustaria por nada.Eu a levei depressa pro quarto de Rebecca que ficava logo do outro lado do corredor, e quando se trancaram lá dentro eu fui devagar até o quarto de Sandy. Parecia estar limpo, não tinha ninguém. Olhei em baixo da cama, dentro do closet, na casa de boneca dela que cabia uma pessoa. Mas não tinha nada, ninguém. A janela estava um pouco aberta, então eu fechei. Não tinha ningu&eacut
1803THOMASEstávamos em 1803, poucos anos antes da Grécia declarar independência. Nossas roupas não eram tão práticas e agradáveis,nossoscabelos eram grandes… Sempre tínhamos que fazer viagens de navio quando precisávamos ir longe. Thomas Bruce recrutou alguns garotos na época, com aidadede 17 à 20 anos, para levarmos uns monumentos e artefatos gregos muito valiosos até o outro lado do continente. Nós, garotos saudáveis e fortes (como dizia ele), deveríamos tomar conta dos objetos, e os proteger com a própria vida se preciso. Ele não disse de quem deveríamos proteger os objetos, mas como pagava bem, e precisávamos de dinheiro, Todd e eu não pensamos duas vezes e aceitamos.<
SAMANTHAJosh finalmente estava se recuperando. Em poucos dias ele ia pra casa. E também já tinha dito que iria morar com Brian. Eu achei melhor assim, ele, pelo menos, estaria seguro. Já que Brian morava em Boston. Longe dessa merda toda.A bala que atingiu Josh foi diretamente pra ele, e por minha culpa. E eu sei que era pro Ty também. Deus sabe o quanto eu estava agradecida por ele estar bem.Coloquei um feitiço de ocultação na Clara e nas crianças. Assim elas estariam mais seguras.Eu tinha acabado de falar com Mandy por vídeo chamada. Luke estava dormindo. E não quis acordá—lo. Ela parecia saudável, e bem feliz, apesar de eu não estar lá. Mas eu não via a hora de poder viver com eles sem preocupação alguma.Decidi sair pra almoçar. Eu estava hospedada no Qua
SAMANTHAThomas saiu há algumas horas pra tentar procurar por Rebecca. Ela não estava aqui quando voltamos, assim como a cabeça do meu irmão no corpo dele.Como Chuck teve coragem de fazer isso? Que tipo de monstro ele é pra acabar causando tanta dor a mim. E por que?Eu estava com Todd no andar de cima da casa. Thomas disse que seria bom se não ficássemos separados um do outro. Já que Chuck poderia atacar novamente a qualquer momento.Josh já estava longe com Brian. E Clara estava a salvo com as crianças ainda com o feitiço de ocultação.Então eu não precisava me preocupar com eles. Mas meu irmão… Tyler… ele Não merecia isso. Mas Chuck vai pagar. Nem que seja a última coisa que eu faça. Ele pode me levar junto. Mas assim
Estávamos todos na sala de estar da mansão Woodhouse. Tyler, Rebecca e eu. O corpo frio de Samantha estava no sofá. Coberto até o pescoço. Sua pele estava extremamente pálida. Eu não sabia o que estava acontecendo, eu não conseguia acreditar que ela não estava mais respirando. Isso não podia ser verdade e não tinha nada que me fizesse pensar que aquilo era pra valer. Chuck estava finalmente morto. Sua alcateia já não era mais um problema pra nós. Mas não sabíamos como Sam foi parar assim. Eu tentava tirar da minha cabeça o fato de eu não ter a impedido de fazer tudo que fez hoje. A culpa era minha por ela estar morta agora. Eu deveria ter sido pulso firme, a trancado num porão se fosse preciso. Pelo menos ela ainda estaria comigo, viva e bem.— O que vamos fazer com o c