SAMANTHA
Na manhã seguinte, fui acordada com pulos na cama, os dois estavam pulando feito macaquinhos, percebi que Thomas não estava mais ali com a gente, mas não dei muita importância, ele provavelmente já estava lá em baixo tomando café. — Olha, mamãe, olha! — dizia Amanda enquanto pulava bem alto e caía sentada. Eu sorri satisfeita. Me levantei bem—humorada e fui para a cozinha, os meninos me seguiram, e quando chegamos até o primeiro andar, Constance estava arrumando a mesa do café das crianças. Os meninos correram e se sentaram, escalando a cadeira alta deles dois. — Viu Thomas hoje, Constance? — perguntei. — Ele saiu faz umas duas horas, Sra. Bart. — ela me encarou sem graça. — Levou duas malas
THOMASAinda no aeroporto, depois de não ter conseguido falar com a Sam, cogitei ligar para um dos irmãos dela. Só pra saber se ela estava bem. Já que não me respondia mensagens ou atendia a porra do telefone. Será que ela estava me punindo?Liguei para Clara, ela não atendeu.Deus, o que tá acontecendo com essa família?!Liguei para Tyler, mesmo ele não indo com a minha cara, ele tinha que me dizer se estava tudo bem.— Alô. — respondeu mau humorado.— Tyler, é o Thomas.— Eu sei. O que você quer? — perguntou com pouca paciência.— Estou tentando ligar para Samantha, ela não atende. Sabe me dizer onde ela está?Tyler rosnou como um cachorro.— Ninguém te avisou?
THOMASQuando Sandy chegou me senti 100% mais aliviado. Ela estava comigo e eu sabia que ali não corria risco de nada. Ela estava muito cabisbaixa. Pois havia visto a mãe morta. Ela ficou escondida onde Vick a mandou ficar, e estava se sentindo mal por ter deixado a mãe sozinha.Samantha arrumou uma cama para Sandy no quarto das crianças. Assim ela ficaria com os dois e talvez se sentisse melhor.Quando cheguei na cozinha, Sam estava sentada na cadeira do balcão. Com uma taça de vinho e a garrafa ao lado pela metade.Me juntei a ela pegando uma taça no armário e enchendo—a.— Poderia ter me falado sobre Sandy. Eu não teria contado pra ninguém, você sabe. — disse ela sem olhar pra mim.— Foi uma escolha da Victória. Eu não podia passar por cima do
SAMANTHAPercebi um carro desconhecido estacionando na frente de casa. Olhei pela janela do quarto e o motorista que conduzia o carro desceu e abriu a porta do banco traseiro.Saiu do carro uma mulher usando um chapéu que cobria seu rosto. Eu conseguia ver que sua pele era negra, e seu corpo era bem esbelto. Ela vestia um terninho preto, parecia ser bem elegante.Observei Thomas sair da varanda e ir abraça—la. Rebecca não era nada como eu imaginava. E ela era muito diferente da Misty. Se tinha uma Misty que eu deveria me preocupar em ter perto de Thomas seria essa. Pois era muito bela.Ela o cumprimentou com dois beijinhos e seguiu para dentro. Eu logo desci para recebê—la também.Seu rosto era lindo, ela tinha um nariz redondo e uma boca carnuda, suas sobrancelhas pareciam pintadas fio à fio. E o cabelo era preto e bem encaraco
Saí da reserva depressa e peguei o primeiro táxi que passou.Assim que cheguei em casa, Thomas estava na sala, sozinho. Ainda eram nove da manhã.— Onde você estava? Estava preocupado. O que aconteceu? — perguntou levantando do sofá depressa e vindo em minha direção.— Eu… Eu saí pra caminhar, perdi a noção do tempo. — menti. Eu não podia contar sem antes saber o que aconteceu direito.— Me assustei por não te encontrar em casa quando acordei. Você saiu muito cedo. Tem certeza de que está bem?Eu assenti.— Preciso tomar um banho. — falei tentando cortar o assunto.— Vou fazer o café.— Okay.Eu subi correndo e fui direto pro banho. Na minha cabeça passavam várias imagens imagin&
THOMASDois dias se passaram, Samantha ainda saía de madrugada, sempre na mesma hora, tanto pra ir, quanto pra voltar. Ela não percebia que eu via todas as vezes.Em alguns dias a casa destruída ficou pronta, então fui levando as coisas pra lá aos poucos. Eu queria confrontar Samantha e perguntar queporraela tava fazendo, mas eu tinha medo da resposta.Sem me despedir, saí para a empresa, qualquer lugar que não fosse perto das mentiras de Samantha era melhor. No caminho resolvi parar num restaurante pra levar comida pro trabalho. Assim que comprei e voltei pro carro, fui parado por uma mulher se cabelos brancos compridos de tranças. Ela era negra e parecia já estar na terceira idade.— Eu sei que você não me conhece, mas sua esposa sim, me chamo Analu Deveroux. Ela es
SAMANTHAChuck havia sumido.Nós não tínhamos nenhuma pista de quem poderia ter tirado ele de lá. Ou até mesmo, se ele havia conseguido sair sozinho. Mas Chuck solto por aí, era perigoso para todos nós. Com os dias se passando, Clara e Jim foram para Darkvalle. Por segurança, mandamos Amanda e Luke com eles. Foi difícil tomar essa decisão, mas como lobos não são permitidos na cidade, lá seria o lugar mais seguro para eles.Thomas foi embora com Sandy e Rebecca para Louisiana. Alugaram um apartamento por lá, onde eu não sabia o endereço. Fazia um pouco mais de dois meses que eu não tinha nenhuma notícia deles. Sandy provavelmente ainda era um mistério para Chuck, pois ele não sabia que ela havia sobrevivido. Mesmo Victória tendo se juntado com ele para
THOMASEu me levantei depressa preocupado. Apesar de estarmos seguros tendo dois seguranças no corredor do apartamento e mais dois lá embaixo no térreo, eu não vejo motivos pra Sandy achar que tem alguém no quarto dela sem que não tenha. E, também, apesar dela ser uma criança e crianças serem medrosas, Sandy já passou por muitas coisas, não acho que se assustaria por nada.Eu a levei depressa pro quarto de Rebecca que ficava logo do outro lado do corredor, e quando se trancaram lá dentro eu fui devagar até o quarto de Sandy. Parecia estar limpo, não tinha ninguém. Olhei em baixo da cama, dentro do closet, na casa de boneca dela que cabia uma pessoa. Mas não tinha nada, ninguém. A janela estava um pouco aberta, então eu fechei. Não tinha ningu&eacut
1803THOMASEstávamos em 1803, poucos anos antes da Grécia declarar independência. Nossas roupas não eram tão práticas e agradáveis,nossoscabelos eram grandes… Sempre tínhamos que fazer viagens de navio quando precisávamos ir longe. Thomas Bruce recrutou alguns garotos na época, com aidadede 17 à 20 anos, para levarmos uns monumentos e artefatos gregos muito valiosos até o outro lado do continente. Nós, garotos saudáveis e fortes (como dizia ele), deveríamos tomar conta dos objetos, e os proteger com a própria vida se preciso. Ele não disse de quem deveríamos proteger os objetos, mas como pagava bem, e precisávamos de dinheiro, Todd e eu não pensamos duas vezes e aceitamos.<