Depois de mais algumas canções, decidi dar uma pausa — contra a vontade da plateia.— Prometo que volto daqui 20 minutos. — Respondi com o microfone em mãos, enquanto tentava conter as pessoas que reclamavam por eu ter parado a música.Oliver colocou uma música qualquer de fundo, para distrai-lo enquanto eu fazia minha pausa.— Meu Deus! — Dom falou eufórico, vindo ao meu encontro e me dando um soco leve no braço em forma de brincadeira. — A plateia te ama maninho! — Só conseguia rir.A gratidão era tanta que não conseguia expressar em palavras tudo que estava acontecendo comigo.— Concordo plenamente! — Reconheci a voz de Oliver logo atrás de mim. — Sua família é bem animada.— Você não sabe o quanto! — Respondi me virando para ele.— Vou aproveitar esse momento alegre para te fazer um convite. — Oliver me entregou uma caneca de chopp, quase trincando de tão gelada.Assenti para que ele prosseguisse enquanto bebia um longo gole da bebida.— Quero te tornar fixo aqui no pub. — Quase e
Ethan passou o resto da semana me evitando e nos poucos momentos em que aparecia no salão, tentava ao máximo não precisar falar comigo e isso estava me matando por dentro. Mas havia decidido não me importar mais com isso, ou ao menos fingir que não me importava.No primeiro dia foi difícil, senti a falta dele o dia inteiro, dormi mal e comi pior ainda. No segundo já não me senti tão mal, consegui me alimentar e dormir um pouco melhor. Quando chegou no domingo, mal havia notado que ele estava de folga, — ele só vivia trancado no escritório, — meu apetite voltou a ser como antes, até melhorou para falar a verdade, o sono foi estabilizado e minhas bochechas voltaram a ter o tom rosado de sempre.— Você está bem melhor né? — Abby perguntou enquanto se jogava no meu sofá, segurando um balde de pipoca.Era domingo à noite e havíamos combinado de ficar em casa, assistindo filme e conversando.— Sim. — Bebi um longo gole da minha Coca-Cola. — Só o mal estar de manhã que permanece, mas nada an
Abri a porta e segui para o meu quarto, mal percebendo a entrada da Abby no banheiro. Enfiei meus pés no primeiro tênis que vi e segui até a cozinha, pegando as chaves em cima da bancada da cozinha e descendo correndo as escadas, sem me importar com os gritos da Abby, me procurando pelo apartamento.Corri para fora do prédio, respirando fundo ao sentir o vento batendo em meu rosto. Tomei um susto ao ouvir a buzina do carro que solicitei pelo aplicativo do celular, parado bem na minha frente. Abri a porta de trás e entrei no carro, sorrindo aliviada ao notar que o motorista era uma mulher.Ela sorriu para mim e me deu boa noite, apenas assenti e tentei sorrir de volta.Encostei a cabeça no banco e abri o vidro, olhando as luzes de Nova York enquanto seguíamos viagem, as casas deram lugar aos prédios e os estabelecimentos comerciais, depois de alguns longos minutos, foram substituídos por um longo túnel quase vazio, devido ao horário. Fechei os olhos e respirei fundo, esboçando um peque
— Para sua casa ou a minha? — Ethan perguntou enquanto desacelerava o carro, parando no farol.— Para a sua. — Respondi rápido, antes que minha consciência me fizesse mudar de ideia.Ethan se virou para mim, com um meio sorriso nos lábios e um brilho nos olhos, se tornando quase palpável o desejo nele.— Você vai que horas para a cafeteria hoje? — Perguntei pegando uma bala de menta de dentro do porta luvas.— Não vou. — Ele respondeu tranquilamente enquanto acendia o cigarro, dando uma rápida tragada nele, antes de olhar para mim. — Pedi uma semana de folga. — Ele deu de ombros, voltando a atenção para a estrada. — Pensei que não iriamos mais voltar, precisava de um tempo para mim. — Ethan pressionou os lábios, pensativo.— Então quer dizer que podemos ficar o dia todo revezando entre o sofá e a cama? — Perguntei tentando anima-lo novamente e deitando minha cabeça em seu ombro.— O dia todo não, mas, ao menos até as 19:00 horas pelo menos. — Ele recostou a cabeça dele na minha, beija
Já não conseguia conter os gemidos, minha respiração estava ofegante, os batimentos descompassados e começava a sentir minha barriga contrair. Ethan puxou meu cabelo para trás, me fazendo olhar para ele enquanto aumentava o vaivém com os dedos, deslizando mais um dedo para dentro da minha boceta.— Ethan... — Não conseguia mais manter o ritmo dos meus dedos, o tremor começava a tomar conta do meu corpo. — Não consigo...— Isso. — Sua voz estava rouca e sua íris quase escura, tão penetrante que era impossível desviar o olhar.Cravei os dedos em sua coxa ao sentir seu dedo pressionando meu clitóris, ao mesmo tempo que aumentava o ritmo do vaivém, aumentando meus tremores e deixando minha respiração ainda mais pesada. Tentei fechar as pernas enquanto era preenchida pela maravilhosa sensação do clímax tomando todo meu corpo, mas fui impedida pela sua mão. Ele abaixou a cabeça, beijando meus lábios enquanto diminuía o ritmo do vaivém, cessando por completo alguns segundos depois. Abri os o
— A Heather sumiu! — Foi a primeira coisa que a Abby disse assim que entrou pela porta do meu apartamento, quase me fazendo tropeçar enquanto tentava colocar a calça.— Como assim sumiu? — Minha entonação saiu mais alto do que eu esperava. — Me conta do começo. Tudo!Abby retirou uma embalagem da bolsa e só então percebi que ela vestia um pijama. Ela me entregou a embalagem e senti meu corpo inteiro tremer quando notei do que se tratava.Retirei com cuidado o objeto de dentro da pequena caixa.Grávida.As letras quase brilhavam para mim, me sentei no chão ainda com o teste nas mãos.Ela estava grávida. De mim! — Ethan! — Abby gritou, chamando minha atenção. — Agora não é hora para ficar em choque! Depois você faz isso... Me ajuda a achar ela! Heather sumiu a mais ou menos uma hora. Já procurei por ela nos lugares que nós conhecemos, inclusive em Coney Island, mas sem sucesso... — Ela me puxou, me obrigando a levantar, por mais que minhas pernas não obedecessem a minhas ordens.— Você
Depois de cansar de assistir tv resolvi me levantar e colocar a Heather na cama. Sua respiração estava calma, serena e ela mal havia se mexido enquanto dormia em meu colo. Me levantei com cuidado, procurando ao máximo não a acordar e a peguei no colo em seguida. Ela jogou os braços ao redor do meu pescoço e aninhou seu rosto na curva dele, respirando fundo, seu hálito fez cócegas em minha pele e tive que me esforçar para não rir.A coloquei com cuidado na cama, cobrindo-a com a colcha, beijei sua testa antes de voltar para a sala. Peguei meu maço de cigarro, acendi um e fui até a cozinha, me servindo de um copo de whisky e indo até a sacada. Me sentei na cadeira de madeira, colocando o copo sob a pequena mesa e apoiando o cigarro no cinzeiro antes de pegar meu violão que sempre deixava próximo a porta, do lado de dentro. Comecei dedilhar alguma canção qualquer, verificando se as notas estavam afinadas.Fiquei ali concentrado por algum tempo, inerte tocando alguma canção romântica e ma
— Preciso passar no apartamento para trocar de roupa. — Heather dizia enquanto saia do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra nos cabelos. — Ou vou ir usando suas roupas? — Ela perguntou rindo enquanto se deitava ao meu lado, colocando a perna em cima de mim e a mão em meu peito.— Não acharia nada ruim. — Respondi lhe beijando a testa e fechando os olhos novamente. — Fiquei o dia todo sem sono e agora, faltando menos de 2 horas para a gente sair, o sono vem. — Sua risada me fez sorrir. — Culpa sua. — Provoquei enquanto fazia carinho em seu braço.— Só minha? — Senti ela se levantando e se sentando sob mim, pressionando a bunda contra meu pau.— Amor... — Choraminguei apertando-lhe as coxas. — Pensa que sou bateria de carro? — Abri os olhos e olhei para ela.Heather fazia biquinho e estava com os braços cruzados, como uma criança que havia recebido uma negativa para comer doce.— Pequena... — Me apoiei nos cotovelos, com a cabeça de lado e tentando não rir. — Estou exausto