— Preciso passar no apartamento para trocar de roupa. — Heather dizia enquanto saia do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra nos cabelos. — Ou vou ir usando suas roupas? — Ela perguntou rindo enquanto se deitava ao meu lado, colocando a perna em cima de mim e a mão em meu peito.— Não acharia nada ruim. — Respondi lhe beijando a testa e fechando os olhos novamente. — Fiquei o dia todo sem sono e agora, faltando menos de 2 horas para a gente sair, o sono vem. — Sua risada me fez sorrir. — Culpa sua. — Provoquei enquanto fazia carinho em seu braço.— Só minha? — Senti ela se levantando e se sentando sob mim, pressionando a bunda contra meu pau.— Amor... — Choraminguei apertando-lhe as coxas. — Pensa que sou bateria de carro? — Abri os olhos e olhei para ela.Heather fazia biquinho e estava com os braços cruzados, como uma criança que havia recebido uma negativa para comer doce.— Pequena... — Me apoiei nos cotovelos, com a cabeça de lado e tentando não rir. — Estou exausto
Ethan não tirava os olhos de mim enquanto cantava, a cada estrofe e a cada nota que ele dedilhava no violão, seus olhos permaneciam focados em mim. Era como se houvesse apenas eu e ele no ambiente.— Meu Deus! — Abby cochichou eufórica. — Ele está descendo! — Ela dava pulinhos, balançando as mãos na frente do rosto.— Para com isso Abby! — A repreendi morrendo de vergonha.Já começava a sentir minhas bochechas queimando e o calor subindo pelo pescoço.Ethan se aproximou de mim, com o microfone em uma das mãos, cantando enquanto seu novo auxiliar tocava violão no palco. Mesmo com o microfone, sua voz ainda era suave, me provocando arrepios pelo corpo todo.— Ethan... — Escondi o rosto com as mãos enquanto ele me abraçava sem parar de cantar. — Para com isso! — Sussurrei sentindo meu rosto pegando fogo de vergonha.— Para com o que? — Ele sussurrou no meu ouvido, longe do microfone. — Tira a mão do rosto e dança comigo? — Ethan afastou minhas mãos do meu rosto, as colocando em seu pesco
— Estou exausta. — Falei, entrando pela porta e tirando os saltos.Ethan bateu à porta do apartamento e correu em minha direção, me pegando no colo e me fazendo rir.— Qual é o seu nível de exaustão? — Ele brincou, beijando a ponta do meu nariz.— Não exausta o bastante para negar sexo. — Respondi, o fazendo rir alto. — O que foi? — Perguntei, ainda rindo.— Não era bem isso que eu tinha em mente, mas... — Ele falava, caminhando até o quarto, me deitando na cama e se deitando sob mim. — ...agora você me lembrou que fiquei te devendo algo antes de sair.O olhar antes brincalhão, deu lugar a um brilho cheio de devassidão e luxuria, apertei as coxas tentando conter o calor que subiu até o meio das minhas pernas.Ethan se abaixou e beijou meus lábios. Um beijo que começou calmo e doce, mas foi se intensificando, ficando cheio de desejo e excitação.Não sei ao certo que horas fomos dormir, de fato. Só sei que ambos estavam completamente exaustos e saciados — momentaneamente.Adormeci no pe
— Será que dá para parar de balançar essa perna? — Murmurei, apertando o joelho dele, o impedindo de continuar me irritando. Ethan não parava quieto e isso estava me dando nos nervos já. — Você deve ser hiperativo, não é possível! — Exclamei, revirando os olhos. — Que nervosismo todo é esse Ethan? — Não sei! — Ele respondeu erguendo as mãos e passando no rosto. — É a primeira vez que venho numa consulta dessa. — Ele se jogou na cadeira, recostando a cabeça na parede e fechando os olhos. — Que bom, né? — Respondi com ironia, recebendo um dedo do meio em resposta. — Na verdade não sei como você ainda não era pai? Transando mais que coelho... — Coloquei a mão na boca, tentando esconder o riso. — Isso vale para você também, docinho. — Ele rebateu com ironia. Me aproximei dele, apertando suas bochechas com o indicador e o dedão. — Fiquei mais tempo sem sexo antes de me relacionar com você, do que você jamais ficou em toda sua vida! — Sussurrei, mordendo seu lábio inferior, o provocan
Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver um borrão impresso e muito menos que seria capaz de amar alguém que eu nem sabia como era.Mas eu era! E todos os dias eu olhava para aquela folha — que fiz questão de tirar uma cópia e carregar comigo, — sentindo meu peito se encher de alegria e imaginava como seria ter meu grãozinho de areia, que agora já devia ter o tamanho de um grão de arroz.Heather se arrumava no quarto para a nossa próxima consulta, enquanto eu admirava a folha que já estava com marcas devido as várias vezes em que a desdobrava para olhar a imagem borrada.Recostei a cabeça no sofá, meus olhos estavam pesados por conta das noites mal dormidas e das várias noites em claro, cuidando dos enjoos da Heather, que pareciam aumentar a cada dia. Trabalhar em dois empregos estava me levando ao nível máximo de exaustão.— Por que você não sai da cafeteria? — A voz dela me fez abrir os olhos. Mal havia percebido que tinha caído no sono. — Você vive cansado Ethan. — Ela suspirou,
Um beijo que estava longe de ser doce e calmo, como estávamos acostumados em dar.Heather despertava as mais variadas sensações em mim, tudo num mesmo momento.Ela era minha paz e minha tormenta, ao mesmo tempo. O dia na cafeteria estava bem agitado, mal nos dando tempo para almoçar. Com a chegada do fim de ano, aumentava também a quantidade de clientes ali dentro. Muitos aproveitavam para passar por aqui depois de terem ido as compras para os presentes de natal que estava chegando.Já tinha comprado o presente da Heather a quase uma semana e foi um sufoco conseguir fazer isso sem ela saber. Tive quase que ameaçar o Dom para que me ajudasse nisso.Meu irmão resolveu ser mais fiel a Heather, do que a mim.“— Dom! — Exclamei, já impaciente com ele. — É só dizer que estou com você caso ela te ligue. Só isso! — Já estava ficando nervoso com ele. — Mas se ela descobrir que estou mentindo Ethan? — Revirei os olhos, agradecendo o fato dele não estar na minha frente. — Elas sempre descobrem
Heather se aninhou em meu peito, puxando a coberta para e cobrindo nós dois, colocou o grande balde de pipoca entre nós e deu play na série policial que estávamos acompanhando. Ela muito mais do que eu. — Mas ele não tinha sido baleado no episódio anterior? — Perguntei, pegando um punhado de pipoca e enfiando na boca. — Não amor. — Heather riu, limpando o canto da minha boca, sujo de farelo. — Aquele era o irmão dele. — Ela explicou pacientemente. — Ah, desisto dessa série. — Revirei os olhos e ri, tomando um longo gole do refrigerante. Já passava das 21:00 horas e o cansaço começava a pesar novamente nos ombros, recostei a cabeça no sofá, meus dedos deslizavam pelo braço dela, lhe fazendo carinho e não consegui evitar o sorriso ao notar sua pele se arrepiando sob meu toque. Nunca me cansaria dessa sensação e da reação que seu corpo tinha toda vez que eu a tocava. Agradeci o fato do meu sofá ser reclinável e não precisar me preocupar, caso dormisse nele. Fechei os olhos vagament
Os hormônios da gravidez estavam me deixando a flor da pele. Fora os enjoos repentinos, o sono em excesso e o cansaço, minha libido estava nas alturas. Não podia olhar para o Ethan que o desejo já me consumia por inteira.Mesmo com todas as recém descobertas, sentia que estávamos conseguindo nos resolver agora, depois de ter colocado todo o orgulho de lado e nos comportarmos como dois adultos.Mas a parte mais difícil ainda estava por vir.O nascimento dos gêmeos.Gêmeos... Ainda estava custando acreditar que teríamos dois filhos. Será que seriam um casal? Ethan com certeza iria pirar se fossem duas meninas.Não pude não rir com isso, ao imaginar ele correndo pela casa atrás dos dois e essa imagem me aquecia o peito.— Convidei a Abigail para ir com a gente no dia de Ação de Graças. — A voz do Ethan me despertou de meus pensamentos. Ele falava alegremente enquanto terminava de se trocar, para irmos trabalhar.Já estava trocada, só esperando o príncipe terminar de se arrumar.— Tudo b