Depois de cansar de assistir tv resolvi me levantar e colocar a Heather na cama. Sua respiração estava calma, serena e ela mal havia se mexido enquanto dormia em meu colo. Me levantei com cuidado, procurando ao máximo não a acordar e a peguei no colo em seguida. Ela jogou os braços ao redor do meu pescoço e aninhou seu rosto na curva dele, respirando fundo, seu hálito fez cócegas em minha pele e tive que me esforçar para não rir.A coloquei com cuidado na cama, cobrindo-a com a colcha, beijei sua testa antes de voltar para a sala. Peguei meu maço de cigarro, acendi um e fui até a cozinha, me servindo de um copo de whisky e indo até a sacada. Me sentei na cadeira de madeira, colocando o copo sob a pequena mesa e apoiando o cigarro no cinzeiro antes de pegar meu violão que sempre deixava próximo a porta, do lado de dentro. Comecei dedilhar alguma canção qualquer, verificando se as notas estavam afinadas.Fiquei ali concentrado por algum tempo, inerte tocando alguma canção romântica e ma
— Preciso passar no apartamento para trocar de roupa. — Heather dizia enquanto saia do banheiro com uma toalha enrolada no corpo e outra nos cabelos. — Ou vou ir usando suas roupas? — Ela perguntou rindo enquanto se deitava ao meu lado, colocando a perna em cima de mim e a mão em meu peito.— Não acharia nada ruim. — Respondi lhe beijando a testa e fechando os olhos novamente. — Fiquei o dia todo sem sono e agora, faltando menos de 2 horas para a gente sair, o sono vem. — Sua risada me fez sorrir. — Culpa sua. — Provoquei enquanto fazia carinho em seu braço.— Só minha? — Senti ela se levantando e se sentando sob mim, pressionando a bunda contra meu pau.— Amor... — Choraminguei apertando-lhe as coxas. — Pensa que sou bateria de carro? — Abri os olhos e olhei para ela.Heather fazia biquinho e estava com os braços cruzados, como uma criança que havia recebido uma negativa para comer doce.— Pequena... — Me apoiei nos cotovelos, com a cabeça de lado e tentando não rir. — Estou exausto
Ethan não tirava os olhos de mim enquanto cantava, a cada estrofe e a cada nota que ele dedilhava no violão, seus olhos permaneciam focados em mim. Era como se houvesse apenas eu e ele no ambiente.— Meu Deus! — Abby cochichou eufórica. — Ele está descendo! — Ela dava pulinhos, balançando as mãos na frente do rosto.— Para com isso Abby! — A repreendi morrendo de vergonha.Já começava a sentir minhas bochechas queimando e o calor subindo pelo pescoço.Ethan se aproximou de mim, com o microfone em uma das mãos, cantando enquanto seu novo auxiliar tocava violão no palco. Mesmo com o microfone, sua voz ainda era suave, me provocando arrepios pelo corpo todo.— Ethan... — Escondi o rosto com as mãos enquanto ele me abraçava sem parar de cantar. — Para com isso! — Sussurrei sentindo meu rosto pegando fogo de vergonha.— Para com o que? — Ele sussurrou no meu ouvido, longe do microfone. — Tira a mão do rosto e dança comigo? — Ethan afastou minhas mãos do meu rosto, as colocando em seu pesco
— Estou exausta. — Falei, entrando pela porta e tirando os saltos.Ethan bateu à porta do apartamento e correu em minha direção, me pegando no colo e me fazendo rir.— Qual é o seu nível de exaustão? — Ele brincou, beijando a ponta do meu nariz.— Não exausta o bastante para negar sexo. — Respondi, o fazendo rir alto. — O que foi? — Perguntei, ainda rindo.— Não era bem isso que eu tinha em mente, mas... — Ele falava, caminhando até o quarto, me deitando na cama e se deitando sob mim. — ...agora você me lembrou que fiquei te devendo algo antes de sair.O olhar antes brincalhão, deu lugar a um brilho cheio de devassidão e luxuria, apertei as coxas tentando conter o calor que subiu até o meio das minhas pernas.Ethan se abaixou e beijou meus lábios. Um beijo que começou calmo e doce, mas foi se intensificando, ficando cheio de desejo e excitação.Não sei ao certo que horas fomos dormir, de fato. Só sei que ambos estavam completamente exaustos e saciados — momentaneamente.Adormeci no pe
— Será que dá para parar de balançar essa perna? — Murmurei, apertando o joelho dele, o impedindo de continuar me irritando. Ethan não parava quieto e isso estava me dando nos nervos já. — Você deve ser hiperativo, não é possível! — Exclamei, revirando os olhos. — Que nervosismo todo é esse Ethan? — Não sei! — Ele respondeu erguendo as mãos e passando no rosto. — É a primeira vez que venho numa consulta dessa. — Ele se jogou na cadeira, recostando a cabeça na parede e fechando os olhos. — Que bom, né? — Respondi com ironia, recebendo um dedo do meio em resposta. — Na verdade não sei como você ainda não era pai? Transando mais que coelho... — Coloquei a mão na boca, tentando esconder o riso. — Isso vale para você também, docinho. — Ele rebateu com ironia. Me aproximei dele, apertando suas bochechas com o indicador e o dedão. — Fiquei mais tempo sem sexo antes de me relacionar com você, do que você jamais ficou em toda sua vida! — Sussurrei, mordendo seu lábio inferior, o provocan
Nunca pensei que ficaria tão feliz em ver um borrão impresso e muito menos que seria capaz de amar alguém que eu nem sabia como era.Mas eu era! E todos os dias eu olhava para aquela folha — que fiz questão de tirar uma cópia e carregar comigo, — sentindo meu peito se encher de alegria e imaginava como seria ter meu grãozinho de areia, que agora já devia ter o tamanho de um grão de arroz.Heather se arrumava no quarto para a nossa próxima consulta, enquanto eu admirava a folha que já estava com marcas devido as várias vezes em que a desdobrava para olhar a imagem borrada.Recostei a cabeça no sofá, meus olhos estavam pesados por conta das noites mal dormidas e das várias noites em claro, cuidando dos enjoos da Heather, que pareciam aumentar a cada dia. Trabalhar em dois empregos estava me levando ao nível máximo de exaustão.— Por que você não sai da cafeteria? — A voz dela me fez abrir os olhos. Mal havia percebido que tinha caído no sono. — Você vive cansado Ethan. — Ela suspirou,
Um beijo que estava longe de ser doce e calmo, como estávamos acostumados em dar.Heather despertava as mais variadas sensações em mim, tudo num mesmo momento.Ela era minha paz e minha tormenta, ao mesmo tempo. O dia na cafeteria estava bem agitado, mal nos dando tempo para almoçar. Com a chegada do fim de ano, aumentava também a quantidade de clientes ali dentro. Muitos aproveitavam para passar por aqui depois de terem ido as compras para os presentes de natal que estava chegando.Já tinha comprado o presente da Heather a quase uma semana e foi um sufoco conseguir fazer isso sem ela saber. Tive quase que ameaçar o Dom para que me ajudasse nisso.Meu irmão resolveu ser mais fiel a Heather, do que a mim.“— Dom! — Exclamei, já impaciente com ele. — É só dizer que estou com você caso ela te ligue. Só isso! — Já estava ficando nervoso com ele. — Mas se ela descobrir que estou mentindo Ethan? — Revirei os olhos, agradecendo o fato dele não estar na minha frente. — Elas sempre descobrem
Heather se aninhou em meu peito, puxando a coberta para e cobrindo nós dois, colocou o grande balde de pipoca entre nós e deu play na série policial que estávamos acompanhando. Ela muito mais do que eu. — Mas ele não tinha sido baleado no episódio anterior? — Perguntei, pegando um punhado de pipoca e enfiando na boca. — Não amor. — Heather riu, limpando o canto da minha boca, sujo de farelo. — Aquele era o irmão dele. — Ela explicou pacientemente. — Ah, desisto dessa série. — Revirei os olhos e ri, tomando um longo gole do refrigerante. Já passava das 21:00 horas e o cansaço começava a pesar novamente nos ombros, recostei a cabeça no sofá, meus dedos deslizavam pelo braço dela, lhe fazendo carinho e não consegui evitar o sorriso ao notar sua pele se arrepiando sob meu toque. Nunca me cansaria dessa sensação e da reação que seu corpo tinha toda vez que eu a tocava. Agradeci o fato do meu sofá ser reclinável e não precisar me preocupar, caso dormisse nele. Fechei os olhos vagament