Catarina Hernandez
Depois daquele momento familiar, Júlio esperou pacientemente enquanto eu terminava de fazer o meu trabalho de assinar contratos e liberar os seguranças novos.
Lia brincava com uma revista e Júlio parecia uma águia prestando atenção em todos os movimentos dela, acho que esse medo de ela engasgar, era algo que compartilhamos.
- terminei - falei me levantando, Lia e Júlio me olharam - não, não - Lia estava prestes a colocar a revista na boca, Júlio a puxou rapidamente.
Suspirei aliviada, me sentei de novo, Lia começou a chorar e Júlio a olhou com uma careta engraçada, Lia não sabia se ria ou chorava.
Júlio a pegou no colo, eu me levantei para pegar minh
Catarina Hernandez Assim que saímos da sala que o Matheo usava como escritório, fomos surpreendidos por uma funcionária, ela estava pálida e parecia tremer, Júlio me entregou Lia e foi falar com a mulher, como se tivesse a maior intimidade, me perguntei se ela seria a tal Sarah. Júlio e eu já usamos as alianças, ele não fez questão de esconder e qualquer pessoa que olhasse para nossas mãos, perceberia a aliança dourada, que brilhava igual um diamante. Lia quis porque quis ir para o chão, tentei ajudá-la a se equilibrar, mas ela parecia nervosa, começou a ficar muito agitada e nada do Júlio voltar. - não acredito que ele foi transar! - falei quando olhei para o lado e percebi que Júlio sumiu com a funcionária.
Catarina Hernandez - como assim em reforma Júlio? - perguntei tentando manter a calma para não pular no pescoço dele e esfolá-lo. - digamos que... - Júlio começou a falar mas parou. - fala logo - falei já agoniada, até que percebi que Júlio não estava olhando para mim, mas sim para uma mulher alta, que tinha os cabelos pretos. Júlio parecia compenetrado em olhá-la, pelo amor de Deus, olhei ao redor, vendo que Lia estava com uma funcionária do restaurante, a mulher que Júlio encarava, virou para onde estávamos e sorriu. Ela andou até nós, com um sorriso de vadia barata, estou ficando extremamente sem paciência. Catarina Hernandez Ok, Julio cancelou a minha foda casual de hoje, ele me contou que fez isso enquanto estamos em uma cozinha, probabilidade que eu o mate com uma faca 99,9%. - eu remarco - falei e dei de ombros. - eu talvez tenha o ameaçado - Júlio parecia feliz por ter estragado a minha foda. - o que você ganha se eu não transar? - perguntei cansada. - não ganho nada, mas também não perco - eu já falei que ele é um desgraçado? - então deixe-me ver se eu entendi, eu não posso transar mas você pode? - quem disse que eu estou transando? - JúlCapítulo 21
Catarina Hernandez Agora eu tenho que esperar, depois que eu mandei aquele e-mail, parece que eu sou uma criança que enviou uma carta safada para o menino que eu estou afim, mas eu não estou afim do Enzo. Claro que eu acho ele um gato, mas ultimamente não me sinto confortável pensando no sexo oposto, muito menos no sexo feminino, ao contrário da Vitória, eu nunca pensei em me relacionar com mulheres, mas se acontecer, aconteceu. Uma amiga minha do Brasil, falou uma vez que as mulheres são melhores que os homens na cama, porque os homens demoram séculos para encontrar o ponto do prazer, mas as mulheres encontram-se super rápido. Minha vida sexual não é ativa, definitivamente não, desde que eu me mudei para Londres, acho que só tra
Catarina Hernandez Acordei com um barulho agudo de vidro quebrando, me levantei em um pulo, esfreguei o olho tentando pegar de volta o foco, minha vista estava embaçada, como eu levantei muito rápido, a mesma escureceu. Assim que minha vista melhorou, olhei para trás de onde eu estava, logo depois do sofá, encontrei Júlio, ele se abaixou para pegar algo no chão. - bom dia meu anjo - ele falou. - que bom dia o que - falei revoltada. Não sou uma pessoa matinal, acho que parte disso é culpa da Vitória, passamos noites e mais noites conversando, no outro dia hibernamos. - bom dia, senhorita - Chloe falou q
Catarina Hernandez - o que foi aquele beijo no shopping? - Júlio encerrou o silêncio, mas agora estávamos a menos de 15 centímetros um do outro. - precisava fugir do Enzo - aí que saudade da minha voz, e ainda bem que ela saiu inteira. - e aquela cena com a Sarah? - Júlio me parece interessado em saber coisas que nem mesmo eu sei. - que cena? - perguntei fazendo a sonsa. - você sabe - ele se aproximou, nossos corpos não se encostaram, mas as bocas, estão a um sopro de distância. - apenas marquei o meu território, do mesmo jeito que você fez com Enzo - falei logo depois de passar a língua nos lábios, Jú
Catarina Hernandez O caminho de volta para a casa do Júlio, foi calmo, nenhuma piadinha pelo que ele ouviu, nenhum comentário maldoso, nada de sarcasmo, assim que chegamos na casa dele, eu andei até a parte de trás do carro que ele escolheu, estava tudo tão escuro, que nem me importei em olhar o carro. - deixe que eu a pego - Júlio falou segurando meu pulso. Assenti, nunca havia entrado na casa para onde Júlio se mudou, Júlio colocou Lia no colo, assim que ele abriu a porta, tentei não parecer assustada, a casa tinha muito preto e cinza. O piso preto de mármore, algumas paredes cinza, o sofá também preto, a escada era em mármore preto, mas tinha um tapete vermelho, fomos para o primeiro andar, sem muita ladainha. <
Catarina Hernandez No fim, não sei quando Júlio dormiu, quando ele falou "pode dormir meu anjo", nem sequer cogitei pensar duas vezes, me deitei na cama como se nunca tivesse visto uma em toda a minha vida, e dormi como nunca, acordei tentando me localizar, mas tentando convencer o meu corpo, que eu precisava me levantar. Mas minha mente gritava "só mais cinco minutos", atendi ao seu pedido, acordei trinta minutos depois, nem me liguei que Júlio estava tomando banho, até ver aquele corpo malhado com água escorrendo por lugares muito bons. - me desculpa - falei dando as costas e tapando os olhos, Júlio só sorriu enquanto passava a mão no cabelo, como eu sei? Talvez eu tenha visto por uma brecha do dedo. - tira a mão do rosto