Catarina Hernandez
Agora eu tenho que esperar, depois que eu mandei aquele e-mail, parece que eu sou uma criança que enviou uma carta safada para o menino que eu estou afim, mas eu não estou afim do Enzo.
Claro que eu acho ele um gato, mas ultimamente não me sinto confortável pensando no sexo oposto, muito menos no sexo feminino, ao contrário da Vitória, eu nunca pensei em me relacionar com mulheres, mas se acontecer, aconteceu.
Uma amiga minha do Brasil, falou uma vez que as mulheres são melhores que os homens na cama, porque os homens demoram séculos para encontrar o ponto do prazer, mas as mulheres encontram-se super rápido.
Minha vida sexual não é ativa, definitivamente não, desde que eu me mudei para Londres, acho que só tra
Catarina Hernandez Acordei com um barulho agudo de vidro quebrando, me levantei em um pulo, esfreguei o olho tentando pegar de volta o foco, minha vista estava embaçada, como eu levantei muito rápido, a mesma escureceu. Assim que minha vista melhorou, olhei para trás de onde eu estava, logo depois do sofá, encontrei Júlio, ele se abaixou para pegar algo no chão. - bom dia meu anjo - ele falou. - que bom dia o que - falei revoltada. Não sou uma pessoa matinal, acho que parte disso é culpa da Vitória, passamos noites e mais noites conversando, no outro dia hibernamos. - bom dia, senhorita - Chloe falou q
Catarina Hernandez - o que foi aquele beijo no shopping? - Júlio encerrou o silêncio, mas agora estávamos a menos de 15 centímetros um do outro. - precisava fugir do Enzo - aí que saudade da minha voz, e ainda bem que ela saiu inteira. - e aquela cena com a Sarah? - Júlio me parece interessado em saber coisas que nem mesmo eu sei. - que cena? - perguntei fazendo a sonsa. - você sabe - ele se aproximou, nossos corpos não se encostaram, mas as bocas, estão a um sopro de distância. - apenas marquei o meu território, do mesmo jeito que você fez com Enzo - falei logo depois de passar a língua nos lábios, Jú
Catarina Hernandez O caminho de volta para a casa do Júlio, foi calmo, nenhuma piadinha pelo que ele ouviu, nenhum comentário maldoso, nada de sarcasmo, assim que chegamos na casa dele, eu andei até a parte de trás do carro que ele escolheu, estava tudo tão escuro, que nem me importei em olhar o carro. - deixe que eu a pego - Júlio falou segurando meu pulso. Assenti, nunca havia entrado na casa para onde Júlio se mudou, Júlio colocou Lia no colo, assim que ele abriu a porta, tentei não parecer assustada, a casa tinha muito preto e cinza. O piso preto de mármore, algumas paredes cinza, o sofá também preto, a escada era em mármore preto, mas tinha um tapete vermelho, fomos para o primeiro andar, sem muita ladainha. <
Catarina Hernandez No fim, não sei quando Júlio dormiu, quando ele falou "pode dormir meu anjo", nem sequer cogitei pensar duas vezes, me deitei na cama como se nunca tivesse visto uma em toda a minha vida, e dormi como nunca, acordei tentando me localizar, mas tentando convencer o meu corpo, que eu precisava me levantar. Mas minha mente gritava "só mais cinco minutos", atendi ao seu pedido, acordei trinta minutos depois, nem me liguei que Júlio estava tomando banho, até ver aquele corpo malhado com água escorrendo por lugares muito bons. - me desculpa - falei dando as costas e tapando os olhos, Júlio só sorriu enquanto passava a mão no cabelo, como eu sei? Talvez eu tenha visto por uma brecha do dedo. - tira a mão do rosto
Catarina Hernandez Acordar com o Júlio invadindo o meu quarto, não é o meu melhor despertador, ele usava um terno preto, o que era raro, já que Júlio sempre usava o terno cinza. - sai fora Júlio - grunhi puxando o edredom sob a cabeça. - Boa tarde meu anjo - ele falou abrindo as cortinas do meu quarto. - boa tarde para quem moço? Assim que lembrei, que estou nua, apertei o edredom ao redor do corpo, Júlio me olhou sério, tentei olhar para ele mas minha visão estava embaçada tentando se acostumar com a claridade. Virei para o lado, dando as costas para Júlio, ele resmungou algo e andou até a cama.
Catarina Hernandez - Cat, porque você não vem comigo? - Vitória perguntou enquanto eu me levantava da mesa, Júlio a olhou. - pode... - eu ia falar pode ser, se Júlio não tivesse me interrompido. - ela vai comigo - ele falou. Vitória semicerrou os olhos, Júlio ficou rígido quando Bartolomeu se despediu de mim com um abraço e um beijo na bochecha. - na verdade a minha amiga, vai comigo - ela falou me segurando pela mão. Tudo bem, isso pareceu uma cena de escola, provavelmente entre crianças do infantil ou talvez do berçário. - toma - falei jog
Catarina Hernandez Júlio só podia estar brincando comigo, eu não consegui acreditar quando ele falou que no contrato, tudo que me pertencesse, seria dele e vice-versa, isso só podia ser uma brincadeira de péssimo gosto, não acredito que tudo que foi do meu pai, agora é dele, mas em compensação, também tenho todo o império que ele construiu. Se o Júlio resolvesse ser o maior babaca, palavras dele, não minhas, até porque eu sempre achei ele um babaca, cretino, mas enfim, se ele cumprisse com a promessa, minha vida ficaria consideravelmente difícil. Coloquei um vestido preto, odeio os compromissos dos Mendonça, para quê café da manhã aos sábados? Desnecessário, principalmente agora, Lia foi junto com Vitória, uma hora antes, eu pretendia me atrasar, Henrique falou que chega cedo para ali
Júlio Mendonça Estar entre a cruz e a espada, é difícil, realmente, mas eu não recomendo a ninguém, Henrique me fez prometer que nunca encostaria na Catarina, ele me falou que Vitória estava preocupada e que sabia, que era só questão de tempo até que eu a machucasse. Henrique quase me fez assinar um termo de distanciamento, a sorte foi que ele queria chegar cedo para mostrar a mãe, que agora é um homem de família responsável, patético, sou totalmente contra casamentos, nunca gostei de ficar amarrado, por isso que eu prefiro amarrar. No começo, esse contrato que eu fiz com Catarina, seria uma vantagem com Lia e para mim seria uma vantagem com a Sarah, minha única intenção era amá-la, mas parece que Catarina não quer me ensinar. -