Catarina Hernandez
Depois do banho decidi prender o cabelo em um rabo de cavalo, coloquei uma calça moletom branca e um moletom cinza, coloquei um tênis branco que tinha uns detalhes em azul clarinho e sai para casa da minha melhor amiga.
- você vai dirigir a toro - foi isso que Vitória falou assim que eu entrei, ela me entregou a chave e passou por mim.
Definitivamente não faço ideia do que está acontecendo, sempre soube que minhas amigas são loucas, mas isso? Limites, limites galera, é exatamente isso que falta.
Entrei na Toro, Vitória nunca me deixou dirigir essa caminhonete, algo de errado está extremamente errado, me sentei no banco do motorista, Vit&oa
Catarina Hernandez Definitivamente este sufoco não vale a pena por causa da porra de uma maleta rosa com princesas na parte de fora. - liga para a Megan! - falei para Vitória. As mãos dela tremiam enquanto digitava o número da Meg, Ana só faltava engolir os dedos, estávamos apavorados, nunca deixaríamos Megan para trás, precisamos encontrá-la. - ela não atende - Vitória falou. - continua tentando porra! - Ana falou. Megan e Ana ficaram muito próximas, eu e Vitória éramos próximas desde sempre, mas Ana e Megan se conheceram ano passado, aí o surto foi coletivo, mesmo depois que Vitória teve os bebês, ai
Catarina Hernandez Só de lembrar que a ideia de jogar algum jogo, saiu da minha boca, tenho vontade de cortar a minha própria língua, se eu soubesse que íamos passar mais tempo discutindo do que realmente jogando, nem teria parado o carro. - vai começar a escurecer, porque não vamos logo com isso? - Gabriel perguntou. - vamos fazer assim, meninos contra meninas - Henrique sugeriu. - claro, porque não? - perguntei sarcástica. - vamos dividir os grupos igualmente - Megan falou. - eu tiro o grupo - falei levantando a mão. - e eu tiro o ou
Catarina Hernandez Autocontrole, tudo que eu procurava no meu corpo, mas parece que eu já usei até a última gota, mas não para um lado pervertido ou safado, mas sim para um lado que vai me fazer explodir de raiva. - olha aqui seu sem noção - estava falando até ele mexer no cinto da calça. - viu? Você me odeia mas não tem autocontrole - ele disse. - ah tá, o que vem agora? - perguntei e ele se aproximou de mim. - você que escolhe - ele estava tão perto que eu conseguia sentir o seu hálito. Nem pensei muito, foi puro instinto, o acertei com um chute bem no meio dos países baixos del
Catarina Hernandez Não sei bem como essas coisas funcionam, só sei que hoje a tarde eu estava evitando ser presa, mas agora estou em uma prisão por livre e espontânea vontade, mas não se trata de mim e sim de uma menininha que eu ainda não sei nada, nem quantos anos tem, nem de onde vem - mesmo que isso não importe. Sei apenas que seu nome é Lia, ou talvez esse seja o seu apelido, mas em compensação eu ainda não faço ideia do que eu farei, também não faço ideia de quais providências serão tomadas pelos órgãos públicos, só me lembro vagamente da explosão do carro, todas as vezes que fecho os olhos. Júlio arriscou sua vida para salvá-la, mas se ele não tivesse ido, eu mesma teria oferecido minha vida para aquela situação, não sei de nada que acontece ao meu redor, só sei que estou perdi
Catarina Hernandez Não tinha para onde fugir, era isso que eu pensava enquanto dava o banho na Lia, mas quando eu desci as escadas e me deparei com Júlio chorando e bebendo. Meu peito se encheu de dor, não sei porque estava tão sensível, mas vê-lo daquela forma me deixou mal, mesmo que eu não o suportasse, assim que fiquei perto o suficiente, ele me abraçou. Me parecia um abraço sincero, ele parecia frágil. - ei! Está tudo bem! - falei passando a mão em seu cabelo. - não, não está tudo bem - ele falou e se afastou de mim. Me sentei no sofá, ele andou até mim, empurrou meu ombro com cuidado para que eu
Catarina Hernandez - pode nos dar licença um minutinho? - perguntei para Morgan. - claro! Posso levar Lia comigo? - Morgan perguntou se levantando. - por favor - pedi. Morgan pegou Lia que estava no colo de Júlio, no começo achei que minha princesinha fosse chorar, mas ela parecia entender que a coisa ficaria séria. - olha Catarina... - Júlio tentou falar mas eu levantei a mão mandando-o calar a boca por um minuto. - quero que você saiba que essa é uma responsabilidade enorme, ela já me parece acostumada e apegada a você, não quero que a machuque - falei com a voz triste.
Catarina Hernandez Sentia como se estivesse tudo por um fio fino, mas ao mesmo tempo parecia estar tudo ligado a uma corda, Júlio parecia refletir se aquela era a decisão correta a ser tomada, ele deve ter começado a pensar sobre isso depois de ter visto a cara e ouvido o choro de decepção da Lia, quando ele a ignorou. Mesmo que sem querer, ou que estivesse distraído com a irmã que ele acabou de descobrir que havia voltado, Lia não saberia diferenciar. - barganhar me parece o certo, estou pronto para esta responsabilidade - Lia pareceu entender e jogou os bracinhos ao redor do pescoço de Júlio. - Morgan, aonde eu tenho que assinar? - perguntei tentando sair dali o mais rápido possível.
Catarina Hernandez Depois daquele momento familiar, Júlio esperou pacientemente enquanto eu terminava de fazer o meu trabalho de assinar contratos e liberar os seguranças novos. Lia brincava com uma revista e Júlio parecia uma águia prestando atenção em todos os movimentos dela, acho que esse medo de ela engasgar, era algo que compartilhamos. - terminei - falei me levantando, Lia e Júlio me olharam - não, não - Lia estava prestes a colocar a revista na boca, Júlio a puxou rapidamente. Suspirei aliviada, me sentei de novo, Lia começou a chorar e Júlio a olhou com uma careta engraçada, Lia não sabia se ria ou chorava. Júlio a pegou no colo, eu me levantei para pegar minh