A senhora o olhou com espanto, foi saindo na calçada de roupão
- Mais o que aconteceu? Ele abriu a porta do carro - Sou o chefe dela e recebi uma ligação, sobre os gastos no cartão, da empresa. - Fui até lá e a encontrei assim, achei melhor trazê-la para casa. Prestativa a senhora foi pegando a bolsa dela no carro - Coitada da Amira, não sabia que ela tinha voltado a beber. - Ela não tem ninguém, mora sozinha. Ele a pegou no colo - Entendi, sou novo na empresa, devo ter me confundido, obrigado pela ajuda. - Ela sempre bebia assim? A senhora ficou parada na porta da sala - As vezes, faziam meses que não se repetia, ela é muito reservada. Você é mesmo o chefe dela? Ele a colocou no sofá, deu um cartão e mostrou as mensagens deles, daquela semana, para comprovar tudo, mais tranquila e fugindo de ajudar, a senhora foi embora bem rápido, só desejou melhoras. Ele fechou a porta, foi verificar os cômodos, no quarto principal tinha uma cama e guarda roupa de casal, tudo indicava que moravam mais pessoas lá. No banheiro tinham produtos infantis, shampoo e sabonete, curioso foi abrir a porta do outro quarto, era todo decorado com temática de floresta, com animais de todos os tipos, duas camas e um guarda roupa com muitas fotos dos Gêmeos. Ele chegou abrir uma porta e tudo parecia normal, ouviu um barulho na sala e correu ver, ela havia caído do sofá, estava suja de bolo, bebida, com o cabelo coberto de chantilly, ele a pegou no colo, levou para o quarto e precisou tomar uma decisão, mais pensando que marido, ela não tinha, optou por fazer a coisa mais lógica, tirar aquele vestido imundo. A segurou sentada, enrolou o cabelo como deu, quando foi procurar o zíper e olhou melhor no pescoço, viu cicatrizes, de queimaduras, agindo no impulso, desceu o zíper todo e puxou as mangas também, os braços, costas, eram cheios de marcas, ela estava de sutiã e um shortinho curto de malha agarrado, ao sentir o vestido saindo por baixo, sendo puxado nas pernas, se moveu sonolenta - Meu amor? Não vai, por favor. - Fica comigo, só hoje, eu prometo que não vou te decepcionar. Ele se aproximou a colocando deitada no travesseiro - Amira o que aconteceu? - Quem eu posso chamar? Ela tentou o abraçar, muito desorientada - Kadu por favor só hoje, eu não quero mais ficar sozinha. Começou chorar - Eu te amo muito, me leva com vocês. - Kadu? Por favor, não me deixe. Quase tão desorientado quanto ela, Andrus parou de tentar conversar, sentou próximo e a cobriu - Pode dormir, estou aqui, vai ficar tudo bem. - Durma Amira, está tudo bem! Estamos em casa. Ela adormeceu em sono profundo, ele a deixou dormindo e foi embora de madrugada, com muita raiva e a certeza de que ela era maluca. Achou melhor nem comentar com ninguém, até ela aparecer e se explicar, durante o domingo passou o dia todo olhando o celular, ela não se manifestou, passou o dia na cama arrependida e com medo. Na segunda feira foi trabalhar, como se nada tivesse acontecido e de fato, não lembrava como chegou em casa, só ficou com a sensação de ter estado com o Kadu. Chegou pontualmente, começou resolver as pendências, organizar os currículos para ver quem se encaixava melhor, Andrus chegou bem cedo, passou por ela sério - Amira na minha sala, agora! Ela se levantou apreensiva, entrou cabisbaixa - Já terminei as pastas de apresentação, para a viagem e selecionei onze candidatas para... Ele interrompeu, indo encostar na porta, a barrando de sair caso tentasse - Não tem nada para me contar? - Gastou mais de cinco mil reais no cartão da empresa e acha que vai ficar elas por elas? - Já acionei um advogado de fora, da minha confiança, não confio nada em você. Mostrou a foto dela desmaiada na balada - Além de mentirosa, é ladra? Vai pagar cada centavo, que gastou no fim de semana! - Sua vizinha disse que você não tem marido, então a hora de começar a falar, é agora. - Todos acham que você é perturbada mentalmente. Posso chamar um psiquiatra também! - Seus documentos são uma completa bagunça, usa o nome de solteira e não colocou seus filhos como dependentes no convênio. Ela começou chorar, respondeu alterada - Você não sabe nada de mim. Cala a boca! Ele mostrou o celular - É só ligar e o psiquiatra virá, quero saber o que aconteceu, essas cicatrizes. - Tire o casaco, ou quer ser vista assim? Descontrolada? - Quer perder a guarda dos seus filhos? Será que são seus mesmo? - Tire o casaco! Ela se aproximou o encarando fixamente, chorando - Não fale deles. Estava de vestido social regata e um cardigã por cima, foi tirando - Porque se importa com as minhas marcas? - Já me demitiu, eu nunca te fiz mal algum, porque me odeia dessa forma? Ele passou por ela, olhando - Odeio mentirosos, pode ir embora, já limparam sua mesa e o advogado irá entrar em contato, para ver o que faremos com a sua dívida. Ela saiu cabisbaixa, na porta um segurança a esperava, com as coisas dela em uma caixa organizadora, também chateado até se desculpou por aquilo, alguns colegas foram se aproximando sem entender, queriam se despedir, Andrus saiu de sua sala irritado - Vocês não tem o que fazer? - Alguém quer ir junto? Todos voltaram correndo a trabalhar, ela foi embora chorando arrasada, foi pegar um ônibus como de costume, Andrus estava inconformado e curioso, conversou com um amigo da polícia, pedindo para investigar o passado dela, porque algo de muito errado, devia ter acontecido.A verdade é que seu sexto sentido dificilmente errava, muito observador ele sempre soube ler as pessoas, principalmente os mentirosos.Mais o que realmente o mudou, foi não ler quem mais amava, sua ex esposa que o deixou criar por dois anos, uma bebê, que era filha de outro.Completamente apaixonado, ele não via o que acontecia, foi traído pelo melhor amigo, só desconfiou quando ia ser pai, mais foi manipulado para confiar e viver a imensa felicidade que um filho lhe traria.Era o sonho da sua vida ser pai de menina, desde o primeiro instante que soube, a amou incondicionalmente, até aceitou perdoar a traição e continuar casado, sendo o pai da bebê, mais sua ex, queria o divórcio e o afastar, alegou não saber da verdade e ameaçou tirar a vida de ambas, caso ele fosse a justiça exigindo algo.Após comprovar que não era o pai, o único processo que entrou, foi para tirar o nome da certidão de nascimento dela, e depois disso se tornou uma pessoa extremamente triste, amargurada, difícil e
Ele insistiu sem jeito- Já sei de tudo! Vim me desculpar.Ela foi ficando emotiva, se afastando- Vai embora!Ele continuou falando que não deveria ter falado do que não sabia e que os presentes eram para as crianças, ela se aproximou, abriu o portão furiosa- Sabe de tudo o que?- Não existem mais crianças, eles morreram e meu marido também.- É isso que queria ouvir?- Agora pode ir embora em paz.Ele segurou o portão a impedindo de fechar- Amira se acalme por favor, sei sobre o acidente.- Então, trouxe presentes, gostaria de abrir e ver?Ela ficou encarando séria, deu espaço, ele foi entrando, colocou no sofá da sala- Linda mesa, eu não sei como falar disso. Mais quero dizer, que respeito o seu luto e a sua dor.- Ainda que não concorde, com mentiras.- Não fazia ideia do que estava acontecendo, pensei em tudo, menos isso.Ela pegou um embrulho- Então, decidiu brincar de ser louco? Presenteando mortos?- Deve me achar completamente desequilibrada.Ele ficou sem jeito, olhando
Ela ficou envergonhada com cara de boba, foi ao banheiro, quando voltou, ele estava sentado em sua mesa, mexendo no computador, a olhou sério- Não vai continuar trabalhando aqui? É definitivo isso?Ela se aproximou apreensiva, foi olhar a tela- O senhor me demitiu, por ser um desastre, entre outras coisas.- Não vou poder me enquadrar, na empresa, com tantas mudanças.- Mais está tudo bem, eu não...Se aproximou segurando a mão dele no mouse- Não! É particular, só umas coisas minhas.Ele tirou a mão do mouse- Então, não deveria estar ouvindo audiolivro aqui, se é particular.- Já sei o suficiente sobre você, para sermos íntimos.Se levantou revirando as gavetas dela- Caso não desista de sair, vai saber tudo sobre mim também.- Não gosto de ficar pedindo ou me explicando, a minha secretária tem que estar sempre a dois passos de mim.- A frente, para facilitar a minha vida no trabalho.Ela estava séria cabisbaixa, o olhando mexer em tudo- Não quero continuar aqui, presumo que não
Tranquilamente ela se levantou e o acompanhou, ele foi sentar atrás da mesa- Pode sentar e respirar, chega de falar sobre trabalho.- Infelizmente não estou conseguindo ser indiferente a você.- Tem muitas coisas sobre mim, que você não sabe, mais preciso te dizer.- Que eu te entendo, mais do que pode imaginar.- Gostaria muito que fosse viajar comigo, já sei que não existe exatamente aquele motivo, para não ir.- Sei que é difícil acreditar em você mesma, as vezes.- Sabe, um dos motivos de eu ter me mudado pra cá, foi recomeçar também.- Caso aceite viajar comigo, te contarei tudo.- Quando o seu aviso terminar, é você quem decide, se vai ou fica.- Sou chato mesmo e isso não vai mudar, tem dias que nem eu me suporto.- Mais vou aumentar seu salário, seu antigo chefe só sabe falar maravilhas de você.- Já comprei sua passagem.Ela estava pensativa, sorriu sem jeito, com os olhos marejados- Eu não consigo, desculpa. Não ando de carro!- As cicatrizes são de um acidente, que eu pro
Ela foi indo para a faixa de pedestres- Vai confiar em mim? Tem certeza senhor? Distraída não viu um ciclista se aproximando, Andrus a puxou para perto pelo braço - Cuidado! Não tenho, é melhor comer lá mesmo, depois podemos sair.Ela começou rir muito- Ir parar no hospital, não é uma opção hoje. Foram passando a rua, ele ficou próximo a ela, segurando sutilmente pela cintura- Você bebeu? - Tomou alguma coisa? Remédios? Ela ficou séria, afastou a mão dele irônica - Todo mundo bebe nas viagens, você não?- Se me dispensar agora, vou para a balada sozinha, e você, tadinho, não sabe em qual lista vip, seu nome está.Ele começou rir surpreso - Quer me testar? Sou doido, cuidado com o que fala! - Vamos jogar?- Eu falo uma sequência de palavras e você repete, todas que lembrar. Ela disse que o jogo era bobo, estavam passando por um carrinho de crepe suíço, ela sorriu balançando a cabeça que sim, ele a segurou pela mão- Nem pensar, eu odeio esse tipo de comércio, qualquer ambul
Ela o beijou de uma vez, com muita vontade, em segundos foi colocada encostada na parede, ele a puxou contra si fervorosamente, a fazendo sentir o volume que cresceu em sua cueca, a travou entre a parede e seu corpo, beijando como se não houvesse amanhã. De fato o beijo foi muito melhor do que o esperado, por ambos, começaram rir abraçados, ela falou que já tinha passado uma hora, com a calcinha intacta, ele tomou o resto da bebida - Intacta e molhada! Ahhh se esse vestido fosse menor. Ela começou rir muito dançando na frente dele- Não sou uma adolescente, que dá um beijinho e fica excitada, vai precisar de mais, para me deixar encharcada. Ele a puxou para beijar- Está mentindo! Vamos pegar uma água, quero que você saiba, tudo o que está fazendo. Ela o abraçou, lambeu o pescoço- Está com medo? De que?O apertou intimamente escondendo a mão entre seus corpos - Só vim aqui, por um motivo, sei o que estou fazendo. Ele emaranhou a mão no cabelo dela, a abraçou falando no ouvido
Foi deitar a deixando nua arreganhada no meio da cama, ela se aproximou virada de lado para ele- Está decepcionado? Fiz algo errado né? - Sou um completo desastre, você tinha razão. Ele sorriu pensativo - Amira acho que você não quer nada disso, não sei quais foram os seus motivos reais.Ela se enrolou no lençol, foi levantando sem jeito- Me dá um minuto. Pegou uma máscara de dormir na bolsa, aquelas que cobrem os olhos para evitar a claridade, se aproximou sentando na beirada da cama- Coloque por favor, irei ficar mais a vontade. - Não quero que me olhe, não precisa tocar também, minhas marcas. Ele foi colocando a máscara, ela tirou o lençol, voltou para a cama, beijando as pernas dele, começou masturbar o admirando sem roupa, o surpreendeu ao colocar seu pau na boca, começou lambendo com movimentos circulares, sugou a cabecinha, começou chupar com movimentos intensos de vai e vem, intercalando lambidas, o deixando impaciente sem saber qual seria o próximo passo. Ele levou
Ela se aproximou calada e sentou junto, em poucos minutos ele levantou- Qual o modelo do seu carregador? - Estou sem bateria, quer ir dormir em meu quarto? Enquanto falava ele estava digitando várias mensagens, começou se vestir, ela respondeu olhando apenas para o prato - Pode ir indo, já vou logo atrás. Ele se aproximou a beijou na boca- Posso mesmo? Não demore, ainda não estou completamente satisfeito. Ela sorriu e concordou com a cabeça, assim que ele saiu, ela foi se trocar para deitar, ficou olhando as marcas em suas costas e braços, do atrito com a sacada, seu corpo todo ainda estava se acostumando com o que aconteceu, sentindo a energia que foi trocada durante o ato.Decidiu não ir dormir com ele, na manhã seguinte foi embora bem cedo, quando ele levantou foi tomar café da manhã, soube na recepção que ela já havia partido e deixado um recado. Sem dar a menor importância, ele ainda demorou um dia, para ir embora, não tentou falar com ela, sobre absolutamente nada.Quand