De propósito passou em uma poça dágua a molhando inteira, foi embora sorridente por isso, aliás essa foi a melhor parte do seu dia inteiro, sozinho e exausto mentalmente, bebeu muito até de madrugada e no dia seguinte perdeu hora.Diferente de Amira que levantou mais cedo para se arrumar mais que o normal, relaxada ela não era, talvez um pouco desajeitada e simplória apenas.Todos os dias só usava roupas de mangas compridas, até apostas secretas faziam, para descobrir o motivo, pelas costas diziam que era uma carola antiquada ou toda tatuada maloqueira, do tipo que se converteu.O look do dia foi, uma camisa social azul bebê com listras pretas, fechada até o último botão, por baixo um vestido regata, preto até abaixo do joelho e sapatilha. Maquiagem ela até usava sempre, o básico, pó e batom claro, rosa, lilás, nos olhos as vezes um pouco de rímel, nada muito elaborado.As unhas estavam sempre feitas, bem cutículadas, aparadas, mais nunca esmaltadas com cores.O cabelo era bonito por
A senhora o olhou com espanto, foi saindo na calçada de roupão- Mais o que aconteceu?Ele abriu a porta do carro- Sou o chefe dela e recebi uma ligação, sobre os gastos no cartão, da empresa.- Fui até lá e a encontrei assim, achei melhor trazê-la para casa.Prestativa a senhora foi pegando a bolsa dela no carro- Coitada da Amira, não sabia que ela tinha voltado a beber.- Ela não tem ninguém, mora sozinha.Ele a pegou no colo- Entendi, sou novo na empresa, devo ter me confundido, obrigado pela ajuda.- Ela sempre bebia assim?A senhora ficou parada na porta da sala- As vezes, faziam meses que não se repetia, ela é muito reservada. Você é mesmo o chefe dela?Ele a colocou no sofá, deu um cartão e mostrou as mensagens deles, daquela semana, para comprovar tudo, mais tranquila e fugindo de ajudar, a senhora foi embora bem rápido, só desejou melhoras.Ele fechou a porta, foi verificar os cômodos, no quarto principal tinha uma cama e guarda roupa de casal, tudo indicava que moravam m
A verdade é que seu sexto sentido dificilmente errava, muito observador ele sempre soube ler as pessoas, principalmente os mentirosos.Mais o que realmente o mudou, foi não ler quem mais amava, sua ex esposa que o deixou criar por dois anos, uma bebê, que era filha de outro.Completamente apaixonado, ele não via o que acontecia, foi traído pelo melhor amigo, só desconfiou quando ia ser pai, mais foi manipulado para confiar e viver a imensa felicidade que um filho lhe traria.Era o sonho da sua vida ser pai de menina, desde o primeiro instante que soube, a amou incondicionalmente, até aceitou perdoar a traição e continuar casado, sendo o pai da bebê, mais sua ex, queria o divórcio e o afastar, alegou não saber da verdade e ameaçou tirar a vida de ambas, caso ele fosse a justiça exigindo algo.Após comprovar que não era o pai, o único processo que entrou, foi para tirar o nome da certidão de nascimento dela, e depois disso se tornou uma pessoa extremamente triste, amargurada, difícil e
Ele insistiu sem jeito- Já sei de tudo! Vim me desculpar.Ela foi ficando emotiva, se afastando- Vai embora!Ele continuou falando que não deveria ter falado do que não sabia e que os presentes eram para as crianças, ela se aproximou, abriu o portão furiosa- Sabe de tudo o que?- Não existem mais crianças, eles morreram e meu marido também.- É isso que queria ouvir?- Agora pode ir embora em paz.Ele segurou o portão a impedindo de fechar- Amira se acalme por favor, sei sobre o acidente.- Então, trouxe presentes, gostaria de abrir e ver?Ela ficou encarando séria, deu espaço, ele foi entrando, colocou no sofá da sala- Linda mesa, eu não sei como falar disso. Mais quero dizer, que respeito o seu luto e a sua dor.- Ainda que não concorde, com mentiras.- Não fazia ideia do que estava acontecendo, pensei em tudo, menos isso.Ela pegou um embrulho- Então, decidiu brincar de ser louco? Presenteando mortos?- Deve me achar completamente desequilibrada.Ele ficou sem jeito, olhando
Ela ficou envergonhada com cara de boba, foi ao banheiro, quando voltou, ele estava sentado em sua mesa, mexendo no computador, a olhou sério- Não vai continuar trabalhando aqui? É definitivo isso?Ela se aproximou apreensiva, foi olhar a tela- O senhor me demitiu, por ser um desastre, entre outras coisas.- Não vou poder me enquadrar, na empresa, com tantas mudanças.- Mais está tudo bem, eu não...Se aproximou segurando a mão dele no mouse- Não! É particular, só umas coisas minhas.Ele tirou a mão do mouse- Então, não deveria estar ouvindo audiolivro aqui, se é particular.- Já sei o suficiente sobre você, para sermos íntimos.Se levantou revirando as gavetas dela- Caso não desista de sair, vai saber tudo sobre mim também.- Não gosto de ficar pedindo ou me explicando, a minha secretária tem que estar sempre a dois passos de mim.- A frente, para facilitar a minha vida no trabalho.Ela estava séria cabisbaixa, o olhando mexer em tudo- Não quero continuar aqui, presumo que não
Tranquilamente ela se levantou e o acompanhou, ele foi sentar atrás da mesa- Pode sentar e respirar, chega de falar sobre trabalho.- Infelizmente não estou conseguindo ser indiferente a você.- Tem muitas coisas sobre mim, que você não sabe, mais preciso te dizer.- Que eu te entendo, mais do que pode imaginar.- Gostaria muito que fosse viajar comigo, já sei que não existe exatamente aquele motivo, para não ir.- Sei que é difícil acreditar em você mesma, as vezes.- Sabe, um dos motivos de eu ter me mudado pra cá, foi recomeçar também.- Caso aceite viajar comigo, te contarei tudo.- Quando o seu aviso terminar, é você quem decide, se vai ou fica.- Sou chato mesmo e isso não vai mudar, tem dias que nem eu me suporto.- Mais vou aumentar seu salário, seu antigo chefe só sabe falar maravilhas de você.- Já comprei sua passagem.Ela estava pensativa, sorriu sem jeito, com os olhos marejados- Eu não consigo, desculpa. Não ando de carro!- As cicatrizes são de um acidente, que eu pro
Ela foi indo para a faixa de pedestres- Vai confiar em mim? Tem certeza senhor? Distraída não viu um ciclista se aproximando, Andrus a puxou para perto pelo braço - Cuidado! Não tenho, é melhor comer lá mesmo, depois podemos sair.Ela começou rir muito- Ir parar no hospital, não é uma opção hoje. Foram passando a rua, ele ficou próximo a ela, segurando sutilmente pela cintura- Você bebeu? - Tomou alguma coisa? Remédios? Ela ficou séria, afastou a mão dele irônica - Todo mundo bebe nas viagens, você não?- Se me dispensar agora, vou para a balada sozinha, e você, tadinho, não sabe em qual lista vip, seu nome está.Ele começou rir surpreso - Quer me testar? Sou doido, cuidado com o que fala! - Vamos jogar?- Eu falo uma sequência de palavras e você repete, todas que lembrar. Ela disse que o jogo era bobo, estavam passando por um carrinho de crepe suíço, ela sorriu balançando a cabeça que sim, ele a segurou pela mão- Nem pensar, eu odeio esse tipo de comércio, qualquer ambul
Ela o beijou de uma vez, com muita vontade, em segundos foi colocada encostada na parede, ele a puxou contra si fervorosamente, a fazendo sentir o volume que cresceu em sua cueca, a travou entre a parede e seu corpo, beijando como se não houvesse amanhã. De fato o beijo foi muito melhor do que o esperado, por ambos, começaram rir abraçados, ela falou que já tinha passado uma hora, com a calcinha intacta, ele tomou o resto da bebida - Intacta e molhada! Ahhh se esse vestido fosse menor. Ela começou rir muito dançando na frente dele- Não sou uma adolescente, que dá um beijinho e fica excitada, vai precisar de mais, para me deixar encharcada. Ele a puxou para beijar- Está mentindo! Vamos pegar uma água, quero que você saiba, tudo o que está fazendo. Ela o abraçou, lambeu o pescoço- Está com medo? De que?O apertou intimamente escondendo a mão entre seus corpos - Só vim aqui, por um motivo, sei o que estou fazendo. Ele emaranhou a mão no cabelo dela, a abraçou falando no ouvido