12°

Analu

Me sinto aliviada quando a médica diz que está tudo bem com o bebê e que o repouso é quase obrigatório. Cheguei em casa a pouco tempo e a tia Glória já foi embora, porém deixou algumas coisas já feitas para que eu não precise fazer. Vejo Dan descendo as escadas, está com uma bermuda clara e uma camisa preta.

— Como está se sentindo? — pergunta me olhando.

— Tirando o enjoo e o sono, estou bem. — Respondo e ele sorri.

Agora, olhando bem para seus olhos, percebo um certo cansaço, ou até mesmo me arrisco a dizer, medo. Daniel tenta disfarçar sorrindo, mas seus ombros estão tensos e sua garganta oscila a cada minuto.

— Estou indo na casa do Kekel. Vou falar com a mãe dele e a esposa... — sinto um aberto no peito.

— Posso ir? — minha pergunta sai sem que eu pense muito no que acabei de pedir, e vejo um certo espanto em seu rosto.

— Por que? — me avalia.

— Não sei ao certo. Sei que não conhecia ele e, ver ou não ver, não quer dizer nada, mas quero ir. Quero dizer algo ou fazer algo pa
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