A semana passou muito rápido mesmo com tantos compromissos nos quais Sarah precisou acompanhar Antony. A inauguração da marca foi um sucesso, vários amigos famosos o apoiaram e já que ela não tinha nenhum interesse em se tornar o rosto desse empreendimento, ela não se importou em contratarem Lara Bittencourt, Eduardo havia lhes convencido que seria uma jogada de marketing extraordinária.Deitada nos ombros de Antony e exausta por causa da longa viagem, Sarah ainda não acreditava que estavam chegando em sua cidade depois de horas de voo, finalmente veria seus amigos e seus pais, porém a maior expectativa estava na pequena Sofia. Desta vez pousaram em um aeroporto particular com o avião fretado, Antony já tinha planejado tudo, perfeito como sempre. Alugou um carro para se deslocarem, e seguiram para casa de Mary onde haveria um jantar de boas vindas, sua amiga tinha insistido, mesmo Sarah dizendo que precisariam descansar, ainda que o avião fosse luxuoso e confortável se tratava de uma
Naquela tarde Antony estaria em um jogo de amigos com Breno e seu pai, então, Sarah aproveitou para realizar uma surpresa para seu noivo. Havia conversado com seu pai que lhe emprestou o barco, então ela organizou tudo. Mary ficou empolgada com os planos da amiga, fazer um jantar em meio ao mar era algo romântico.O dia passou rápido, Sarah estava ansiosa, já tinha conferido tudo, as bebidas estavam no gelo, a comida já havia sido entregue e o cheiro estava delicioso, acreditava que talvez tivesse exagerado na quantidade de pétalas de rosas e velas acesas espalhadas pelo ambiente, mas conhecendo seu noivo, sabia que Antony era uma homem romântico e certamente se agradaria.Respirou fundo e pronto!Parecia que tudo estava indo bem, agora poderia trocar. Seu vestido de renda vermelho estava pendurado no cabide, precisava dar um trato no cabelo que ainda estava enrolado em um coque mal feito. Mas ainda estava a tempo, tinha combinado com seu pai que precisaria de Antony por volta das se
Mas se é amor não tem fim. Se é amor, não acaba.Tem brigas, tem reviravoltas, tem caídas, tem afastamento, mas se é amor volta. Quando é amor, o coração sempre fala mais alto.Edvan SantosO ambiente estava bastante silencioso, havia apenas os sons de alguns bipes. Sarah abriu os olhos devagar sem entender em que local estava. Olhou lentamente para o lado e viu sua mãe, Meire parecia cansada ao lado de Mary que parecia concentrada em seu celular.Sarah tentou se mexer e percebeu alguns aparelhos ligados em seu corpo.Mary foi a primeira a vê-la despertar.— Ela está acordando! — falou abandonando seu aparelho na mesa e seguindo até sua cama, completamente empolgada.Sua mãe também se levantou e se aproximou.Viu Meire soluçando em lágrimas, enquanto lhe acariciava as mãos.— Graças a Deus, minha filha você acordou!— Vou chamar os médicos! — Mary falou saindo.Sarah ainda ficou observando tudo sem entender o que estava acontecendo. De repente, algumas lembranças vieram à sua mente: An
A chuva caía ao lado de fora.Durante o trajeto Sarah observava as gotas trocarem o vidro em um movimento repetitivo, Estava ansiosa para ver seu grande amor. Contou cada instante para abraçá-lo e dizer mil vezes se precisasse sobre o quanto o amava e que não se importava com o estado em que se encontrava, apenas desejava estar com ele para sempre.Assim que chegaram ao hospital, percebeu um movimento intenso. Na entrada principal haviam vários fãs com faixas e mensagens dedicadas a Antony, aquele gesto de carinho por parte deles acalentou seu coração por um instante.Na recepção estavam todos ali, a família em peso e Eduardo que parecia ter visto um fantasma quando a viu chegar. O silêncio foi unânime e se fosse em outros tempos, Sarah se sentiria constrangida.Breno foi o primeiro a falar:— Não era pra você trazer ela aqui, senhor Tonny!Mesmo Breno não tendo sido rude com seu tom de voz, Sarah ficou irritada, respirou fundo e lhe enfrentou, não queria ser grossa, gostava muito del
— Sarah, eu não quero falar com você — sua voz saiu em tom seco.Ela se aproximou e ele olhou para o lado ignorando.— Eu precisava te ver, você não imagina a angústia que eu tenho vivido desde o dia em que acordei daquele acidente e descobri que você estava em coma. Antony, eu estava aqui durante todo tempo ao seu lado segurando sua mão pedindo a Deus que fizesse um milagre.Neste momento ele virou o rosto ficando de frente para ela acendendo dentro de Sarah uma esperança.— Eu preferia ter continuado em coma do que ter acordado e me encontrar nesta situação.Foi possível sentir toda dor que ele tinha através de suas palavras. Ela deu um passo à frente se aproximando da cama e tocou o seu rosto com a ponta dos dedos delicadamente.— Meu amor, a gente vai superar mais essa.Ele novamente virou o rosto para o lado rejeitando seu toque.— Não temos que superar nada. Minha vida acabou desde o momento que eu soube que nunca mais poderia jogar.— Não, Antony. Sua vida não acabou, nós vamos
Seis meses se passaram desde que Eduardo foi até sua casa, naquele dia ele havia dado a Sarah a notícia de que Antony iria embora do país a fim de tentar um tratamento no exterior, realmente ele parecia ter desaparecido completamente. Nas notícias que a mídia transmitia, sempre se perguntavam por onde ele andava, realmente tinha sumido sem deixar rastros.Desde o início da separação, Sarah tinha esperanças de que ele mudasse de ideia, pois quando colocasse a cabeça no lugar perceberia que o amor que ambos sentiam podia superar tudo o que estavam passando. Mas não foi assim, Antony simplesmente desistiu de tudo e lhe expulsou de sua vida. Ela tentava se recuperar, decidiu viver um dia de cada vez, mas estava sendo impossível esquecer dele e de tudo que viveram. Ela ainda o amava, sentia falta de ter ele, dos seus braços, seu toque…seu beijos e a ausência causava dores em todos os lugares possíveis de seu corpo e alma.— Acho que isso não vai ficar bom. Você vai precisar contratar um pi
Sarah acabava de estacionar na porta da casa de Mary, tinham combinado de jantar com ela e Breno naquela noite.A noite estava fria, bem típica daquela época do ano. Sarah ajeitou o seu blazer e desceu do carro. O vento agitou seu cabelo enquanto caminhou até a porta. Beth abriu a porta e lhe recebeu com toda a simpatia de sempre. Seus amigos estavam logo atrás e Sarah sentiu que algo não estava bem pois eles estavam bastante estranhos.— Estou muito atrasada? — brincou na tentativa de aliviar o clima.Mary veio em sua direção e lhe abraçou.— Não, claro que não.Naquele momento, Sarah, ouviu uma voz familiar invadir o ambiente, por um instante várias lembranças vieram em sua mente e ela quase gelou com a possibilidade de que Antony também estivesse ali.— Ela cresceu bastante, está linda! Antony adoraria ver ela, pena que não veio — Clair dizia carregando Sofia no colo enquanto conversava com Carmem.As duas ficaram paralisadas quando viram Sarah.Houve um longo silêncio.Era possíve
Aquela estava sendo a madrugada mais fria do ano, Sarah acordou pela segunda vez com a brisa fria que entrava em seu quarto, pois a janela estava entreaberta, então se levantou para fechá-la. Viu seu celular em cima da cômoda, ficou tentada a mexer, mas já era tarde e sabia que se ligasse o aparelho não conseguiria dormir, então resolveu desliga-lo. Fechou a janela e se enroscou de baixo dos cobertores, precisava dormir, mas as recordações de seu diálogo com Clair não saiam de sua mente, desde a visita há duas semanas, Sarah não estava conseguindo dormir muito menos se concentrar, passava horas pensando que talvez estivesse sendo estúpida por não ir atrás do seu grande amor, mas a idéia de ser rejeitada novamente lhe acovardava completamente. Finalmente, quando conseguiu cochilar por alguns minutos, teve o sono interrompido e despertou com sua mãe batendo na porta. Deu uma tímida olhada para o relógio de cabeceira, eram três e meia da manhã. Por um instante uma sensação ruim tomou con