No dia seguinte, Nicole ajeitou as ondas que se formavam nas pontas dos cabelos, avaliou o look no espelho, ajeitou a blusa sem manga, mais solta, na cor verde, combinando com a calça social preta e seguiu para a mesa do café da manhã. Jenny sentou-se à mesa, tomou uma aspirina e o café expresso que Lana serviu. Nicole beijou o filho na testa e estudou o rosto da amiga que levava a mão ao topo da cabeça. ― Que dia lindo! ― falou um pouco mais alto. ― Não é mesmo? ― Não precisa gritar! ― Jenny apertou os olhos. ― Dormiu bem no sofá? ― Nicky, vai ver se eu estou na esquina. Lana se aproximou e colocou o prato com dois ovos estrelados e alguns pedaços de bacon sem dirigir a palavra a Jenny. Saiu de perto e voltou para a cozinha ― Ela ainda está zangada. ― Jenny falou baixo. ― A culpa é sua! ― Os lábios delineados pelo batom nude exibiram um belo sorriso. ― Agora você vai pensar duas vezes antes de contar alguma coisa para o Alexander! ― Nicole zombou. ― Você não sabe como aquele
O carro prata se aproximava da passarela três da Avenida Brasil, Alexander fez uma curva e estacionou logo que achou uma vaga. Ficou ali parado no automóvel e refletiu sobre o que estava prestes a fazer. Respirou fundo e saiu do carro. Durante o tempo em que caminhou até o local combinado, ele parou em uma floricultura e pediu que a atendente montasse um buquê de girassóis. Satisfeito, pegou o ramalhete e seguiu até o local marcado sem pegar o troco. De longe, ele contemplou o vestido preto na altura do joelho que valorizava as curvas generosas. Os cabelos voavam a favor da suave brisa que batia contra o rosto, os óculos espelhados escondiam os olhos marejados. Uma mulher de estatura mediana o esperava em frente a um enorme portão de grades com uma enorme placa com a descrição "Memorial da Saudade". — Você está bem? — Os dedos esguios acariciavam o rosto dela e enxugou uma lágrima que rolou na pele macia. — Desculpa por fazer você passar por isso. — Comprimiu os lábios. — Você
As cores delicadas nos tons de verdes traziam uma sensação de tranquilidade e aconchego no ambiente com móveis de madeira no consultório de ginecologia e obstetrícia. Jenny olhou para uma das paredes no canto onde a luz ampliava a sensação de segurança e valorizava a decoração.Ela ajeitou um dos quadros com aquarela em cores quentes de algumas borboletas que voavam em volta de uma gestante e se afastou para avaliar. As batidas na porta tiraram sua concentração.― Entre! ― Ajeitou o jaleco branco.― Com licença! ― Franziu o cenho ao mirar os olhos de Jenny. ― Precisamos conversar.O homem com a postura intimidadora se empertigou ao atravessar a porta.― Tenho alguns minutos antes da Nicky chegar para consulta.A obstetra seguiu até o outro lado e acomodou-se em uma cadeira confortável de madeira com couro sintético bege.― Sente-se! ― Jenny indicou a cadeira com a mão direita.Alexander tirou o bilhete do bolso, abriu os dois botões do blazer azul-escuro e sentou-se. A feição se mantev
As cores delicadas nos tons de verdes traziam uma sensação de tranquilidade e aconchego no ambiente com móveis de madeira no consultório de ginecologia e obstetrícia. Jenny olhou para uma das paredes no canto onde a luz ampliava a sensação de segurança e valorizava a decoração. Ela ajeitou um dos quadros com aquarela em cores quentes de algumas borboletas que voavam em volta de uma gestante e se afastou para avaliar. As batidas na porta tiraram sua concentração. ― Entre! ― Ajeitou o jaleco branco. ― Com licença! ― Franziu o cenho ao mirar os olhos de Jenny. ― Precisamos conversar. O homem com a postura intimidadora se empertigou ao atravessar a porta. ― Tenho alguns minutos antes da Nicky chegar para consulta. A obstetra seguiu até o outro lado e acomodou-se em uma cadeira confortável de madeira com couro sintético bege. ― Sente-se! ― Jenny indicou a cadeira com a mão direita. Alexander tirou o bilhete do bolso, abriu os dois botões do blazer azul-escuro e sentou-se. A feição s
Apesar de saber como era criar uma menina, já que Alexander cuidou da filha adotiva, ele nunca experimentou aquela sensação de tocar e conversar com um pequeno ser que crescia no ventre. Não ocultava o riso todas as vezes que a barriga de Nicole se mexia. ― Eu amo você, princesa! ― Beijou a parte onde a nenê se mexia. ― Obrigada! ― Deu um sorriso grato ao vislumbrar o rosto sereno de Nicole. Puxou a blusa e cobriu-lhe a barriga antes de encostar os lábios na testa de Nicole. Esfregou o nariz contra o dela e a beijou no rosto. ― Vem! ― Segurou-a pela mão. O peito se expandia na blusa de linho preta até os ombros largos. Com delicadeza, ajudou-a a descer da cama e não conteve a vontade de abraçá-la.
Rio de Janeiro. 31 de outubro de 2010. No final de outubro, embora fosse primavera no Brasil, uma chuva forte desabava sobre a cidade maravilhosa. Da janela, Sophie observava os carros que passavam na avenida em frente ao hospital São Miguel, na Zona Sul do Rio. ― Doutora Sophie. ― Uma bela moça comprida e esguia entrou na sala após bater. ― O doutor Garcia está aguardando na sala de espera. ― Peça a ele que entre! Sophie ajeitou o tailleur azul-turquesa sobre a saia envelope preta e sentou na cadeira com estofado vermelho em capitonê. ― Com licença! ― O pediatra passou pela porta. ― Sente-se! ― Ordenou Sophie ao
Rio de Janeiro. Novembro de 2015. Os punhos estavam fechados sobre a mesa enquanto Alexander ouvia o relato do médico. Tinha uma expressão sombria no rosto com o queixo marcado que por um momento intimidou o médico. ― Há quase um ano eu sou diretor-executivo deste hospital ― interrompeu a voz grave ―, por que você não me procurou antes, doutor Garcia? ― Eu estava morando em Portugal ― repousou o braço sobre a barriga saliente. ― Eu voltei para visitar o meu neto que acabou de nascer e, por coincidência, descobri que você estava aqui. Esperei a manhã toda para lhe contar toda a verdade. ― Eu agradeço a sua boa intenção, mas isso não justifica o seu erro ― reclamou em tom desafiador. ― Você deveria denunciá-la. <
A luz do luar banhava o quarto quando Alexander começou a tocá-la. Os lábios passeavam por cada curva da pele sedosa. As mãos traçaram o caminho da barriga até os seios, massagearam e puxaram o bico do mamilo com o polegar. ― Por favor, tome cuidado! ― Ela alisou a barriga. ― Confie em mim! Imóvel, ele esperou até que Nicole se acostumasse a tê-lo tão perto do seu novo corpo. — Nicky, vem aqui! ― ordenou de mansinho. Ele virou-a de costas e puxou a camisola branca por cima dos ombros. Incentivou a olhar o próprio corpo enquanto as mãos compridas apreciavam cada centímetro de suas curvas. ― Todo esse tempo que estivemos separados, eu te desejei ―