‘’Sei que serei criticado pelos meus sucessores ao relatar que lágrimas silenciosas escorreram pelo meu rosto e molharam as páginas desse livro por cada irmão que vi morrer.
Um filho de Palaços que não mais pisará nesta terra, mas também chorei sangue frio ao ver os bárbaros serem levados ás profundezas.’’Espadas se enterraram nos corpos molhados e os gritos de dor se perdiam ao vento. Cajados vez ou outra derrubavam um oponente ou o estrangulava com um golpe bem dado em suagarganta, e punhos sangravam junto a faces sangrentas e sujas.A voz de Merana trouxe de volta todos para a sala ao dizer as palavras finais de Romeo.-Eu, Romeo, o primeiro Guardião Supremo não lutei nessa batalha porque sabia que haveria outras piores, mas um pedaço meu morrera junto com aqueles guardiões que morreram pormim...e por Palaços - Merana fechou-Tenham em mente, meus caros – Matteo passou seu olhar por todos– que o quê Velaska e suas xamãs fizeram hoje, não é nada se comparado ao que poderão fazer.-O quê, exatamente, você quer nos dizer, Matteo? Direto e reto fora a resposta de Matteo.-Velaska tem um pacto com o diabo, e segundo a sua mãe - olhou direto para Marcus – somente o punhal xamanista pode matá-la.-Será que ela ainda o têm? - perguntou Miguel por todos, afinal se somente este punhal pode matar Velaska, será de grande valia se Lucia o tiver.-Sinceramente, eu não sei –respondeu-lhe Marcus ao passar as mãos por seu cabelo – como eu já disse, minha mãe quase nada me contava – lembrou.-Então terei de falar com ela - supôs Matteo. Marcus ficou pensativo por um momento, e resolve
Leonel lembrou que vira o medalhão cair de seu bolso e ficar no chão, mas agora que vasculhava as proximidades com os seus olhos de lobo, não o via em lugar algum.-Leonel?-Eles levaram – murmurou ao cerrar os punhos.-O que eles levaram?-O medalhão da minha família.Já a uma boa distância, os dois vampiros riam ao olharem um medalhão com o rosto de um lobo com olhos de granada amarela ao centro volteado com três voltas, que haviam roubado do lobo.-Augusto o tem – dissera Joss de volta ao presente ao lado de Leonel na cama.-Como é que é?! - sobressaltou-se Leonel num solavanco e a encarou nada amistoso. -É isso o que você ouviu – afirmou –eu vi seu medalhão dentre as coisas de Augusto.-Mas como é possível?!-Segundo o que a sua mãe me contou – um tal de Lucas e Lucian, dois irmãos vampiros e de olhos azuis, porém um loiro e o outro moreno –Leonel imediatamente lembrouse dos dois vampiros de Londres
-E só por isso você permanecerá vivo – brincou ao desvencilharse do seu abraço quente e continuar o tour.Uma porta-janela com cortinas de musselina vermelha a balançar ao vento mostrava uma escada de três degraus que levava a uma mesa quadrada de vidro com cadeiras de metal, e sob a mesa uma jarra egípcia e um galho de lírios e muitas folhas e galhinhos secos.-Está gostando? - perguntou Augusto sem deixar de segui-la e observar não só suas reações ao olhar os quadros dispostos a parede como também suas curvas, principalmente aquele rebolado tentador.-Só está precisando de um toque –gracejou ao gesticular com a mão quase que dizendo – o meu toque feminino.Augusto não resistiu e a abraçou por trás novamente, beijando seu pescoço, ela fechou os olhos, e a carregou para o quarto.O primeiro móvel que surgiu ao passarem pelas portas duplas de correr foi uma cama redonda com uma colcha de cetim vermelho com rendas brancas bem como o amontoado de almofadas.A
– Então deixe eu lhe dizer uma coisa - Isca estreitou os olhos, perante o olhar de quase de admiração de Sergio, ou talvez o fosse mesmo, pois nos últimos tempos aprendera a respeitar e até mesmo gostar de Soraia, Augusto e os seus – pelo que eu sei, e já comprovei, Augusto mata qualquer um que chegue perto de Soraia para feri-la.-Sendo assim, eu terei de matá-lo primeiro. Malvina riu com gosto – boa sorte, então - se referindo não só ao fato de Isca querer matar Soraia como também Augusto, e com passos firmes deixou a sala.Pelo visto irei me divertir muito –pensou Isca ao acompanhar com os olhos de predador o rebolado de Malvina.Sergio bem que viu e não gostou nenhum pouco, mas respirou fundo, ajeitou o colarinho de seu blazer e adotou sua pose profissional para dizer:-Eu e meu pessoal não te ajudaremos em nada.Isca sorriu ao rebater - não preciso da ajuda de ninguém - afirmou – mas não fiquem em meu caminho, pois matarei qualquer um que tentar me atrapa
Sim, era hora de desenterrar o passado e com ele toda a dor que lhe corroía a anos. Lucia mal podia acreditar que estava descendo do avião e pondo seus pés na terra dos Guardiões, tão pouco que iria encontrar seu filho.O céu ainda continha aqueles tons escuros do nascer do sol, mas tudo indicava que seria um belo dia.Após desder do avião, pegar suas malas na esteira, pedir um capuccino com bastante crème como gostava, e com este numa caneca para viagem, dirigiu-se a área dos taxis e dali, Lucia partiu para o castelo dos Guardiões em estilo romano com árvores tão altas que pareciam tocar o céu e uma variedade infinita de flores, e num dessas casas pediu ao motorista que parasse e comprou um lindo buquê multicolorido para levar a Amy –isto que nem fazia ideia de como ela era ou se iria gostar. Mas o que mais lhe encantara foi a gloriosa Praça de Pandora cercada por uma riquíssima cerca viva com rosas negras a lhes dar ás boas vindas.Lucia sorria e tinha certeza
-Como deixaram isso acontecer?! -esbravejou Isca de volta a instalação, no saguão, com médicos, enfermeiros E exterminadores reunidos.-E então?! - Isca encarava-os com olhos chispando de raiva - ninguém vai me dar uma explicação?!Todos se mantinham calados, cabeças baixas e olhos para o chão, pois sabiam que se ousassem encarar Isca perderiam o pescoço. Literalmente.-Será que não há câmeras de vigilância nesta instalação?! Será que não há vigias?!Então as portas giratórias do saguão se abriram e dois exterminadores com expressões apreensivas entraram, pois assim que Isca e os demais exterminadores que chegavam da varredura ordenada por todo o campo ao redor da instalação, sem esquecer um arbusto por menor que fosse, de ser revirado.-O que encontraram?Isca estava com as mãos na cintura, um método que adquirira para não bater mais em seus funcionários quando estivesse com muita raiva, embora seus olhos denunciassem esta fúria letal.-Três corpos – di
O relógio em forma de cabeça de leão fixo á parede marcava 10:22 horas da manhã.Uma mão grande e bronzeada desliza por um lençol azul escuro amassado e frio ao seu lado. Então, Augusto que estava deitado de lado, abriu, ainda sonolento, seus belos olhos verdes claros e sorriu satisfeito pela noite prazerosa de ontem – e ao mesmo tempo insatisfeito – de agora quere envolver Soraia em seus braços e ela não estar ali.Um cheirinho de café fresco e quentinho chegou as suas narinas, e devagar, sentou-se na cama, espreguiçou-se, levantou-se e enrolou o lençol na cintura delgada e dirigiu-se até a cozinha.Soraia nunca foi de cozinhar, mas isso não queria dizer que ela não soubesse fazê-lo, até porque a preguiça sempre fora sua companheira para fugir da cozinha, se bem que estava até gostando de preparar aquele café e sentir aquele cheirinho delicioso embalar seus sentidos.Soraia estava tão entretida com a tarefa que só sentiu a presença de Augusto quando este a abraçou por t
-Não se preocupe, tia Sheila, eu contarei ao Leonel assim que ele chegar – falou Joss com o celular entre a bochecha e o ombro enquanto falava com Sheila e secava a louça do café. Ao que parece o café para muitos só aconteceu depois das 10:00 horas da manhã, e a culpa neste caso foi de Leonel que prendera Joss na cama e só saíram de lá depois de gritarem o nome um do outro num último clímax arrebatador.-Tudo bem – falou, e nesse momento ela ouviu a porta abrir-se e o cheiro era o de Leonel, então despediu-se de Sheila.-Joss? - chamou ele a sala, mas o cheiro de amoras da pele de Joss o levou até a cozinha antes mesmo dela ir ao seu encontro.-Oi?Leonel sentiu no beijo de Joss que havia alguma coisa a preocupando.-Aconteceu alguma coisa?Joss suspirou e passou a língua por entre os lábios -Isca destruiu o acampamento,