-E só por isso você permanecerá vivo – brincou ao desvencilharse do seu abraço quente e continuar o tour.
Uma porta-janela com cortinas de musselina vermelha a balançar ao vento mostrava uma escada de três degraus que levava a uma mesa quadrada de vidro com cadeiras de metal, esob a mesa uma jarra egípcia e um galho de lírios e muitas folhas e galhinhos secos.-Está gostando? - perguntou Augusto sem deixar de segui-la e observar não só suas reações ao olhar os quadros dispostos a parede como também suas curvas, principalmente aquelerebolado tentador.-Só está precisando de um toque –gracejou ao gesticular com a mão quase que dizendo – o meu toque feminino.Augusto não resistiu e a abraçou por trás novamente, beijando seu pescoço, ela fechou os olhos, e a carregou para o quarto.O primeiro móvel que surgiu ao passarem pelas portas duplas de correr foi uma cama redonda com uma colcha de cetim vermelho com rendas brancas bem como o amontoado de almofadas.A– Então deixe eu lhe dizer uma coisa - Isca estreitou os olhos, perante o olhar de quase de admiração de Sergio, ou talvez o fosse mesmo, pois nos últimos tempos aprendera a respeitar e até mesmo gostar de Soraia, Augusto e os seus – pelo que eu sei, e já comprovei, Augusto mata qualquer um que chegue perto de Soraia para feri-la.-Sendo assim, eu terei de matá-lo primeiro. Malvina riu com gosto – boa sorte, então - se referindo não só ao fato de Isca querer matar Soraia como também Augusto, e com passos firmes deixou a sala.Pelo visto irei me divertir muito –pensou Isca ao acompanhar com os olhos de predador o rebolado de Malvina.Sergio bem que viu e não gostou nenhum pouco, mas respirou fundo, ajeitou o colarinho de seu blazer e adotou sua pose profissional para dizer:-Eu e meu pessoal não te ajudaremos em nada.Isca sorriu ao rebater - não preciso da ajuda de ninguém - afirmou – mas não fiquem em meu caminho, pois matarei qualquer um que tentar me atrapa
Sim, era hora de desenterrar o passado e com ele toda a dor que lhe corroía a anos. Lucia mal podia acreditar que estava descendo do avião e pondo seus pés na terra dos Guardiões, tão pouco que iria encontrar seu filho.O céu ainda continha aqueles tons escuros do nascer do sol, mas tudo indicava que seria um belo dia.Após desder do avião, pegar suas malas na esteira, pedir um capuccino com bastante crème como gostava, e com este numa caneca para viagem, dirigiu-se a área dos taxis e dali, Lucia partiu para o castelo dos Guardiões em estilo romano com árvores tão altas que pareciam tocar o céu e uma variedade infinita de flores, e num dessas casas pediu ao motorista que parasse e comprou um lindo buquê multicolorido para levar a Amy –isto que nem fazia ideia de como ela era ou se iria gostar. Mas o que mais lhe encantara foi a gloriosa Praça de Pandora cercada por uma riquíssima cerca viva com rosas negras a lhes dar ás boas vindas.Lucia sorria e tinha certeza
-Como deixaram isso acontecer?! -esbravejou Isca de volta a instalação, no saguão, com médicos, enfermeiros E exterminadores reunidos.-E então?! - Isca encarava-os com olhos chispando de raiva - ninguém vai me dar uma explicação?!Todos se mantinham calados, cabeças baixas e olhos para o chão, pois sabiam que se ousassem encarar Isca perderiam o pescoço. Literalmente.-Será que não há câmeras de vigilância nesta instalação?! Será que não há vigias?!Então as portas giratórias do saguão se abriram e dois exterminadores com expressões apreensivas entraram, pois assim que Isca e os demais exterminadores que chegavam da varredura ordenada por todo o campo ao redor da instalação, sem esquecer um arbusto por menor que fosse, de ser revirado.-O que encontraram?Isca estava com as mãos na cintura, um método que adquirira para não bater mais em seus funcionários quando estivesse com muita raiva, embora seus olhos denunciassem esta fúria letal.-Três corpos – di
O relógio em forma de cabeça de leão fixo á parede marcava 10:22 horas da manhã.Uma mão grande e bronzeada desliza por um lençol azul escuro amassado e frio ao seu lado. Então, Augusto que estava deitado de lado, abriu, ainda sonolento, seus belos olhos verdes claros e sorriu satisfeito pela noite prazerosa de ontem – e ao mesmo tempo insatisfeito – de agora quere envolver Soraia em seus braços e ela não estar ali.Um cheirinho de café fresco e quentinho chegou as suas narinas, e devagar, sentou-se na cama, espreguiçou-se, levantou-se e enrolou o lençol na cintura delgada e dirigiu-se até a cozinha.Soraia nunca foi de cozinhar, mas isso não queria dizer que ela não soubesse fazê-lo, até porque a preguiça sempre fora sua companheira para fugir da cozinha, se bem que estava até gostando de preparar aquele café e sentir aquele cheirinho delicioso embalar seus sentidos.Soraia estava tão entretida com a tarefa que só sentiu a presença de Augusto quando este a abraçou por t
-Não se preocupe, tia Sheila, eu contarei ao Leonel assim que ele chegar – falou Joss com o celular entre a bochecha e o ombro enquanto falava com Sheila e secava a louça do café. Ao que parece o café para muitos só aconteceu depois das 10:00 horas da manhã, e a culpa neste caso foi de Leonel que prendera Joss na cama e só saíram de lá depois de gritarem o nome um do outro num último clímax arrebatador.-Tudo bem – falou, e nesse momento ela ouviu a porta abrir-se e o cheiro era o de Leonel, então despediu-se de Sheila.-Joss? - chamou ele a sala, mas o cheiro de amoras da pele de Joss o levou até a cozinha antes mesmo dela ir ao seu encontro.-Oi?Leonel sentiu no beijo de Joss que havia alguma coisa a preocupando.-Aconteceu alguma coisa?Joss suspirou e passou a língua por entre os lábios -Isca destruiu o acampamento,
O tempo ia fechar em Palaços(no sentido figurativo) pois duas rivais iam ficar frente a frente, e só Deus sabe o que iria resultar deste encontro.Amanhecer um dia lindo em Palaços, e era previsto que a tarde seria muito melhor. Então após um delicioso almoço com seu filho e sua querida nora e os Guardiões, Lucia resolvera dar um passeio.Marcus fizera questão de acompanha-la, e com ele, claro que Amy, e sendo assim, seus protetores sempre a postos para protegê-la.Lucia ainda se espantava com a beleza de Palaços tanto no passado quando estivera ali como agora, e toda a descoberta e beleza era compartilhada com Amy ao seu lado na calçada, em frente a uma relojoaria.Marcus vinha atrás com os olhos atentos a qualquer movimento suspeito, bem como os protetores aqui e ali, mas na calçada.Em outra calçada, do outro lado do quarteirão conversando,
Discretamente, a Doutora Elena colocava tudo o que Malvina iria precisar para coletar o sangue de Soraia em uma bolsa comum, pois se colocasse em uma maleta própria iria levantar suspeitas e perguntas, tudo o que elas não precisavam já que Isca estava de volta a delegacia mais furioso do que antes.Malvina já havia ligado para Soraia que já havia ganhado um celular novo da mãe, e com sua permissão agora com descrição e com a ajuda de Sergio- pois sempre que o delegado estava ao lado de alguém, perguntas eram evitadas, a não ser que partissem do próprio - então chegaram ao carro, e assim Malvina agradeceu e partiu.Quase meia hora depois, Malvina já se encontrava a porta da suíte de Augusto, onde o próprio sorridente lhe sorria e lhe convidava a entrar.Uma Soraia também sorridente com um prato cheio de uvas untadas com algo verme
Passa-se Lacrimal city e mais uma vez estamos no cemitério local, porque mais uma vez duas cidadãs de bem, e mais uma vez, os culpados são os lobos e/ou vampiros que aqui habitam.São quase 16:00 horas do dia Z6 de março de Z077, um dia que ficara na lembrança de Maya até que ela morra, afinal para nós, humanos, ela teve a cara de pau de ir ao sepultamento de Vera e Verônica.Escondida atrás de um mausoléu de granito e cerâmica escuros, ela observava a multidão que acompanhava os caixões de bronze e vidro até o jazigo da família. Todos estão em silêncio, não há vento e as nuvens no céu não se mexem, as cabeças estão abaixadas e próximos uns dos outros e dos caixões.Maya estava possessa de raiva e tristeza, tudo trancado dentro de si, pois jurara não derramar uma só lágrima por aquela traidora, e cumpriria. Infelizmente resquícios da Maya do passado sentiam falta da amiga. Uma porta se abre e uma mulher, á julgar pelos pés pequenos