Antes que Blake abrisse a porta, sua família apareceu de supetão com sorrisos enormes em suas faces. Sinto a cor do meu rosto sumir e uma vontade imensa de cavar um buraco e só sair de lá na próxima reencarnação se apodera do meu corpo.
A mão de Blake aperta meu braço.
— Apenas sorria, recruta — Sussurra ele, seu hálito quente batendo em minhas bochechas fazem meus braços eriçarem.
— Não é você que está indo para um abate, capitão — Retruco, entrando na brincadeira.
Antes que ele respondesse, uma mulher lindíssima de aparência jovial se aproxima com um sorriso imenso repuxado nos lábios bem delineados pelo batom cor fosco.
— É um prazer imenso conhecer você, Leah — Disse a senhora E
Leah entrou no carro tão rápido que até o Flash teria inveja, a leve luz do luar reluz sobre suas costas através do vidro do carro que descem e sobem em um suspiro de alívio, sua testa brilha levemente por causa da umidade. Pigarreio. — Não foi tão ruim, vai. Eles gostaram de você — Retruco. Ela arqueia a sobrancelha em descrença. — Sim, eles amaram sua namoradinha de mentira né — Ironiza. Reviro os olhos. — Não precisa ficar repetindo isso toda hora, eu já percebi. — Desculpe, mas para mim a ficha ainda não caiu. — Revela com um suspiro pesado. Solto um suspiro em concordância. Em menos de uma semana, Leah tinha virado minha namorada de mentira e sido apresentada a minha família oficialmente. Se alguém dissesse para mim que algo desse tipo aconteceria, com certeza eu deduziria q
— Segure minha mão — Ele ordena estendendo a mão pálida e ossuda em minha direção. Olho para ele com uma expressão enojada. — Sério isso? — Desdenho, com um gosto amargo na boca. A escuridão da noite nós cerca impossibilitando ver a expressão no rosto de Blake, entrando apenas uma penumbra fraca pelas janelas deixando me distinguir sua silhueta ao meu lado, entretanto, consigo imaginar que o mesmo está revirando os olhos para mim. — Cadê a Leah simpática de hoje a noite? Peça para ela voltar, estou com saudades — Rebate irônico. Sinto vontade de rebater, mas ao invés disso agarro sua mão, a textura de sua pele é quente contra a minha, me trazendo contra minha vontade uma boa sensação ao calor oferecido. Sensação de estar com o pé no portão do limbo. — Cuidado com os degraus — &n
Meu corpo se move para frente com força e meus olhos saltam de órbitas quando perscruto ao meu redor e me lembro que estou ainda na casa de Blake, minha mente me lembrando desse detalhe até mesmo quando estava em profunda inconsciência. Meus olhos se movem para a janela refletindo um céu azul escuro, o dia já estava começando a apontar do lado de fora. Levanto da cama passando cuidadosamente por Blake, pego sua jaqueta largada na cadeira perto da escrivaninha e meus saltos, saio a francesa de seu quarto vistoriando cuidadosamente o corredor, seria péssimo ser pega saindo do quarto do Evans júnior por sua família. Quando ninguém aparece, saio nas pontinhas dos pés escutando minha própria respiração preencher o ambiente sombrio ao meu redor, vasculho em minha mente uma saída mais acessível que a porta da frente, um clique se abre em minha cabeça e lembro que tem uma saída pelos fundo da cozinha, torço para a chave estar na porta e como se
Usain Bolt teria inveja de mim quando entro como um vulto na sala do clube de jornalismo da Sharky, que infelizmente está vazia nesse horário, meus adoráveis colegas chegariam mais tarde e eu não poderia ficar mais feliz por ter uns minutos sozinha apenas para mim e minha mente perturbada. Ok, eu precisava traçar um plano e rápido. Primeiro, teria que falar com Sadie e explicar a ela que fui ao shopping comprar a nova edição do álbum Abbey Road dos Beatles e depois fui ao cinema ver um filme clichê meia boca, nada de suspeito até aí. Eu podia fazer isso, seria fácil mentir para Sadie e tranquilizar sua mente que com com certeza deve estar pirando e bolando milhares de justificativas que só minha melhor amiga conseguiria pensar. Tento não pensar no quão terrível a mente criativa dela poderia ser nesse tipo de situação, já consigo até imaginar o tipo de cenários que sua mente fértil poderia criar. Do tipo”Meu Deu
"Amá-lo é um pecado; de que estou plenamente consciente. Mas sou uma pecadora" - Bella JewelInício.Uma palavra tão curta, mas com tantos sentimento escondidos em suas letras e tão forte que é capaz de devastar a humanidade.Tanto para o bem quanto para o mau.Antes, eu acreditava fielmente que todos nós sabíamos quando algo se iniciava, como por exemplo, o exato momento em que se olha para aquela pessoa e bem ali você sabe.É ele.É aquele que derrubará seu prédio de tijolos.É aquele que fará suas pernas se transformarem em água apenas com um olhar.É aquele que adivinha o que está passando na sua cabeça sem pronunciar uma palavra sequer.É aquele que com apenas um olhar, tem o poder de ser su
A primeira coisa que vejo quando cruzo o corredor são um belo par de olhos verdes.Tão verdes que me lembram a grama recém cortada e eu quase consigo sentir o cheiro de terra fresca penetrar em minhas narinas como se eu estivesse rolando por um campo cercado de verde, num pequeno planeta alienígena lindo e ofuscante, repleto de verde.Mas o olhar não é lindo e muito menos ofuscante.Seu olhar derrama desprezo enquanto vem em minha direção sem vacilar, o queixo projetado para frente em uma expressão de triunfo e sarcasmo. Os cabelos louros quase brancos estão jogados em seus ombros como uma cortina tampando seu busto pouco avantajado.Posso ouvir sua voz em meu ouvido repetindo o apelido carinhoso da qual usa para se referir a mim, em contrapartida, já consigo sentir meus lábios se lambuzando com o seu delicioso ódio enquanto me fuzila com o olhar.Ela paira em minha frente erguendo um sorriso de zom
— Por que eu tenho que escrever justamente sobre ele? — Guincho irritada, batendo as palmas das mãos contra a mesa, para dar ênfase em minhas palavras.Ela me encara com uma expressão entediada por trás dos óculos redondos e grandes demais para o seu rosto fino, escorregando em seu nariz fino salpicado de oleosidade, as espinhas parecem enormes vulcões prestes a entrar em erupção na testa rala e pequena. Ela veste um suéter azul que com certeza a minha avó deve ter uns vintes parecidos jogados em seu armário, sua cabeleireira negra e sedosa está amarrado firmemente em um coque no alto da cabeça.Por que eu tinha que receber ordens de uma pessoa tão desleixada assim?Talvez seja porque ela seja a editora chefe. responde meu subconsciente.Se Angie Barnes trocasse de roupas e usasse um pouco de maquiagem, ela seria a garota mais bonita da escola, até mais que Sunny Scot
Minha cabeça zumbia como se tivesse um pica-pau fazendo a droga de uma moradia dentro do meu crânio, meus olhos doem quando a luz do sol vindo do lado de fora atinge meu rosto fazendo um gemido frustrado escapar entre as frestas dos meus lábios. Tento levantar, mas meu corpo se recusa me fazendo voltar a deitar de novo, rolo para o lado dando de cara com uma cabeleireira castanha esparramada sobre o travesseiro.Mas que porcaria é essa?Com o dedo indicador, ergo os fios finos revelando a face adormecida de Sunny Scott, sua boca está entreaberta e sua respiração é lenta e contínua, um suspiro baixo sai pelos seus lábios rosados e suas pálpebras levemente tremem, como se estivesse tendo um bom sonho.Me afasto como se meu corpo tivesse levado uma descarga elétrica de noventa volts.O que estou fazendo na cama com