"Amá-lo é um pecado; de que estou plenamente consciente. Mas sou uma pecadora"
- Bella JewelInício.
Uma palavra tão curta, mas com tantos sentimento escondidos em suas letras e tão forte que é capaz de devastar a humanidade.
Tanto para o bem quanto para o mau.
Antes, eu acreditava fielmente que todos nós sabíamos quando algo se iniciava, como por exemplo, o exato momento em que se olha para aquela pessoa e bem ali você sabe.
É ele.
É aquele que derrubará seu prédio de tijolos.
É aquele que fará suas pernas se transformarem em água apenas com um olhar.
É aquele que adivinha o que está passando na sua cabeça sem pronunciar uma palavra sequer.
É aquele que com apenas um olhar, tem o poder de ser sua salvação ou sua ruína.
E acredite, eu não queria.Quem em plena consciência quer ter seu coração roubado e possivelmente esmagado?
E apesar de negar, eu já sabia que o meu início e o dele já tinham se entrelaçado, porém nós não demos conta.
Só se percebe um processo quando se chega ao meio e ao final.O meio você sente algo diferente, percebe que seu coração tropeça apenas com o respirar daquela pessoa.
E o fim é quando a dor vem, avassaladora e sem aviso prévio, ela só chega e se acomoda em seu coração e para sair, o processo é lento e doloroso.Como uma adaga enfiada direto no coração.
Eu não consigo dizer quando meu mundo colidiu ao dele, não sei se foi no dia que ele leu minha carta para todo mundo ou se foi no dia que ele entrou naquela sala, e na frente de todos disse seu nome que foi carregado pelo vento até mim, fisgando minha atenção para sempre.
Blake Evans.
É Blake, eu não sei a resposta para essa questão.
Mas sei o momento em que percebi que já era sua antes mesmo eu descobrir meus sentimentos por você.E antes do fim, a dor veio.
Doeu como o inferno, o que é irônico pois sempre te chamei de diabo.
Você me levou ao paraíso com suas gloriosas asas.
E então, eu caí.
Nós caímos.
E eu nunca fui a mesma depois disso.
E o que me conforta saber é que nem mesmo você, com sua pose inabalável, continuou o mesmo. Mas é isso que o amor faz, não é? Nada volta ao normal quando sua dopamina, serotonina e ocitocina dependem de apenas de um único ser para fazer efeito.
Posso dizer que não me arrependo de nada, eu faria as mesmas decisões novamente, sem hesitar.
Me apaixonaria novamente pelo diabo, Blake Evans.De sua, megera.A primeira coisa que vejo quando cruzo o corredor são um belo par de olhos verdes.Tão verdes que me lembram a grama recém cortada e eu quase consigo sentir o cheiro de terra fresca penetrar em minhas narinas como se eu estivesse rolando por um campo cercado de verde, num pequeno planeta alienígena lindo e ofuscante, repleto de verde.Mas o olhar não é lindo e muito menos ofuscante.Seu olhar derrama desprezo enquanto vem em minha direção sem vacilar, o queixo projetado para frente em uma expressão de triunfo e sarcasmo. Os cabelos louros quase brancos estão jogados em seus ombros como uma cortina tampando seu busto pouco avantajado.Posso ouvir sua voz em meu ouvido repetindo o apelido carinhoso da qual usa para se referir a mim, em contrapartida, já consigo sentir meus lábios se lambuzando com o seu delicioso ódio enquanto me fuzila com o olhar.Ela paira em minha frente erguendo um sorriso de zom
— Por que eu tenho que escrever justamente sobre ele? — Guincho irritada, batendo as palmas das mãos contra a mesa, para dar ênfase em minhas palavras.Ela me encara com uma expressão entediada por trás dos óculos redondos e grandes demais para o seu rosto fino, escorregando em seu nariz fino salpicado de oleosidade, as espinhas parecem enormes vulcões prestes a entrar em erupção na testa rala e pequena. Ela veste um suéter azul que com certeza a minha avó deve ter uns vintes parecidos jogados em seu armário, sua cabeleireira negra e sedosa está amarrado firmemente em um coque no alto da cabeça.Por que eu tinha que receber ordens de uma pessoa tão desleixada assim?Talvez seja porque ela seja a editora chefe. responde meu subconsciente.Se Angie Barnes trocasse de roupas e usasse um pouco de maquiagem, ela seria a garota mais bonita da escola, até mais que Sunny Scot
Minha cabeça zumbia como se tivesse um pica-pau fazendo a droga de uma moradia dentro do meu crânio, meus olhos doem quando a luz do sol vindo do lado de fora atinge meu rosto fazendo um gemido frustrado escapar entre as frestas dos meus lábios. Tento levantar, mas meu corpo se recusa me fazendo voltar a deitar de novo, rolo para o lado dando de cara com uma cabeleireira castanha esparramada sobre o travesseiro.Mas que porcaria é essa?Com o dedo indicador, ergo os fios finos revelando a face adormecida de Sunny Scott, sua boca está entreaberta e sua respiração é lenta e contínua, um suspiro baixo sai pelos seus lábios rosados e suas pálpebras levemente tremem, como se estivesse tendo um bom sonho.Me afasto como se meu corpo tivesse levado uma descarga elétrica de noventa volts.O que estou fazendo na cama com
Eu estou me sentindo adorável para cacete.Como se eu tivesse ganhado na loteria, só que invés de dinheiro meu prêmio tinha sido bem maior e mais valioso. Por anos, a sensação de impotência se apoderava de mim por nunca conseguir algo polêmico contra Blake Evans, parecia que ele sabia que eu estaria à espreita esperando a oportunidade de derruba-ló com apenas um golpe e nunca dava bandeira até aquele dia na festa.E para o azar dele e para minha sorte, lá estava eu à espreita como sempre.E, embora tivesse razões suficiente para desistir de acabar com ele e sua reputação de merda, meu orgulho ainda persistia como um touro selvagem atrás da presa.Eu era bastante teimosa e rancorosa quando queria e por mais que se tenha passado anos desde o vexame que ele me fez passar, meu rosto ainda ardia de vergonha toda vez que esbarrava com Gabbie Lucca pelos corredores da Sharky.Quando eu estava na sétima sér
Oh, I've been dazed and confusedFrom the day I met youYeah, I lost my headAnd I'd do it againRuellPego um cigarro de dentro do bolso da jaqueta e coloco no lábio inferior, prendendo contra os dentes e tateio meus bolsos atrás do meu isqueiro vermelho, mas não o encontro.Uma mão longa e branca aparece com um isqueiro rosa entre os dedos ossudos em minha frente.Olho para cima dando de cara com as madeixas ruivas que escorre pelo rosto salpicado de estrelas de Mackenzie.Dou um sorriso e agarro o isqueiro de sua mão.— Valeu — Devolvo depois de acender o cigarro.— Deveria parar com isso, vai acabar com seus pulmões — Aconselha ela, se sentando ao meu lado.Solto uma baforada branca que flutua no ar frio da tarde.Estávamos sentados na arquibancada de frente ao campo de Lacrosse que está vazio devido ao tempo ruim com
What I like about you estoura no meu toca fita player enquanto Eliott Masen de dez anos passa uma sombra azul turquesa sobre minhas pálpebras que estremecem com a pressão do pincel sobre minha pele, são exatamente cinco da tarde de uma sexta e isso já me deixaria plenamente satisfeita, pois as sextas posso fazer maratonas de CSI até minhas olheiras se fundir completamente com o meu resto. Mas, para o meu horror, minha maratona teria que esperar mais algumas horas.— Para de se mexer — Berra Elliot, pela milionésima vez.Comprimo os lábios em um bico e libero o ar preso em minha boca.— Vai demorar? — Pergunto, impaciente.— Eu já te disse — Enfatiza ele — Não se apressa um artista a terminar a obra.Dou um suspiro cansado e longo.— Já estamos a uma hora aqui, vou acabar chegando atrasada — Reclamo.— Abra os olhos — Manda ele e o faço, te
4 anos antesApele do meu joelho arde quando raspa contra a parede de tijolos do qual tento me agarrar as pequenas lascas quebradas e danificadas pelo tempo, impulsionando meu corpo para cima, percebo que o topo não está muito distante para a minha satisfação e para alegria de minha melhor amiga. Sadie arfa abaixo de mim tentando se equilibrar com meu peso sobre suas pequenas mãozinhas enquanto segura meus pês firmemente rente ao peito.— Não ouse me soltar de novo – Ralho, em uma voz cheia de ressentimento.Já era a terceira vez no mês que Sadie desmoronava e me carregava junto com ela, mamãe ficava furiosa quando eu chegava em casa com a blusa branca de manga longa toda cheio de terra e restos de gram
Eu tinha uma terrível intuição de sentir cheiro de problemas a quilômetros de distância.Talvez seja porque uma parte minha – que corresponde a mais da metade de mim – tinha uma tendência assustadora de se meter em todo tipo de furada que poderia acontecer. Eu era amaldiçoado e essa é a única explicação plausível para me meter em tanto problema, sempre que houvesse algo que pudesse de uma maneira me afetar negativamente, cá estava eu, sendo puxado mais uma vez para aquele espiral.E eu sabia que algo estava por vir.Mas não imaginava que isso aconteceria uma semana antes do amistoso contra os Bears, nossos maiores rivais numa segunda-feira gelada na terceira semana de agosto e, muito menos dentro de um vestiário minúsculo que parecia uma lata de sardinha com dez caras nus suados feito porcos