What I like about you estoura no meu toca fita player enquanto Eliott Masen de dez anos passa uma sombra azul turquesa sobre minhas pálpebras que estremecem com a pressão do pincel sobre minha pele, são exatamente cinco da tarde de uma sexta e isso já me deixaria plenamente satisfeita, pois as sextas posso fazer maratonas de CSI até minhas olheiras se fundir completamente com o meu resto. Mas, para o meu horror, minha maratona teria que esperar mais algumas horas.
— Para de se mexer — Berra Elliot, pela milionésima vez.
Comprimo os lábios em um bico e libero o ar preso em minha boca.
— Vai demorar? — Pergunto, impaciente.
— Eu já te disse — Enfatiza ele — Não se apressa um artista a terminar a obra.
Dou um suspiro cansado e longo.
— Já estamos a uma hora aqui, vou acabar chegando atrasada — Reclamo.
— Abra os olhos — Manda ele e o faço, te
4 anos antesApele do meu joelho arde quando raspa contra a parede de tijolos do qual tento me agarrar as pequenas lascas quebradas e danificadas pelo tempo, impulsionando meu corpo para cima, percebo que o topo não está muito distante para a minha satisfação e para alegria de minha melhor amiga. Sadie arfa abaixo de mim tentando se equilibrar com meu peso sobre suas pequenas mãozinhas enquanto segura meus pês firmemente rente ao peito.— Não ouse me soltar de novo – Ralho, em uma voz cheia de ressentimento.Já era a terceira vez no mês que Sadie desmoronava e me carregava junto com ela, mamãe ficava furiosa quando eu chegava em casa com a blusa branca de manga longa toda cheio de terra e restos de gram
Eu tinha uma terrível intuição de sentir cheiro de problemas a quilômetros de distância.Talvez seja porque uma parte minha – que corresponde a mais da metade de mim – tinha uma tendência assustadora de se meter em todo tipo de furada que poderia acontecer. Eu era amaldiçoado e essa é a única explicação plausível para me meter em tanto problema, sempre que houvesse algo que pudesse de uma maneira me afetar negativamente, cá estava eu, sendo puxado mais uma vez para aquele espiral.E eu sabia que algo estava por vir.Mas não imaginava que isso aconteceria uma semana antes do amistoso contra os Bears, nossos maiores rivais numa segunda-feira gelada na terceira semana de agosto e, muito menos dentro de um vestiário minúsculo que parecia uma lata de sardinha com dez caras nus suados feito porcos
Sinto como se tivesse abelhas assassinas dentro do meu estômago corroendo minha carne por dentro a cada instante em que o ponteiro gira indicando que a hora andou mais uns minutinhos. O medo fazendo com que o meu sistema nervoso se descontrole e eu tenha um surto a cada centésimo.Está tudo bem, Leah, é só um jantar na casa do seu arqui-rival como sua namorada postiça.E lá se vem uma nova crise de pânico.Onde eu estava com a cabeça de ter aceitado isso? Eu só poderia estar louca, doente ou na pior das hipóteses, desesperada.Exatamente essa opção.Poderia ligar para Sadie e pedir para ela me ajudar a criar alguma história maluca e furar com o Blake, entretanto essa história está fora de cogitação.N&atil
Antes que Blake abrisse a porta, sua família apareceu de supetão com sorrisos enormes em suas faces. Sinto a cor do meu rosto sumir e uma vontade imensa de cavar um buraco e só sair de lá na próxima reencarnação se apodera do meu corpo.A mão de Blake aperta meu braço.— Apenas sorria, recruta — Sussurra ele, seu hálito quente batendo em minhas bochechas fazem meus braços eriçarem.— Não é você que está indo para um abate, capitão — Retruco, entrando na brincadeira.Antes que ele respondesse, uma mulher lindíssima de aparência jovial se aproxima com um sorriso imenso repuxado nos lábios bem delineados pelo batom cor fosco.— É um prazer imenso conhecer você, Leah — Disse a senhora E
Leah entrou no carro tão rápido que até o Flash teria inveja, a leve luz do luar reluz sobre suas costas através do vidro do carro que descem e sobem em um suspiro de alívio, sua testa brilha levemente por causa da umidade. Pigarreio. — Não foi tão ruim, vai. Eles gostaram de você — Retruco. Ela arqueia a sobrancelha em descrença. — Sim, eles amaram sua namoradinha de mentira né — Ironiza. Reviro os olhos. — Não precisa ficar repetindo isso toda hora, eu já percebi. — Desculpe, mas para mim a ficha ainda não caiu. — Revela com um suspiro pesado. Solto um suspiro em concordância. Em menos de uma semana, Leah tinha virado minha namorada de mentira e sido apresentada a minha família oficialmente. Se alguém dissesse para mim que algo desse tipo aconteceria, com certeza eu deduziria q
— Segure minha mão — Ele ordena estendendo a mão pálida e ossuda em minha direção. Olho para ele com uma expressão enojada. — Sério isso? — Desdenho, com um gosto amargo na boca. A escuridão da noite nós cerca impossibilitando ver a expressão no rosto de Blake, entrando apenas uma penumbra fraca pelas janelas deixando me distinguir sua silhueta ao meu lado, entretanto, consigo imaginar que o mesmo está revirando os olhos para mim. — Cadê a Leah simpática de hoje a noite? Peça para ela voltar, estou com saudades — Rebate irônico. Sinto vontade de rebater, mas ao invés disso agarro sua mão, a textura de sua pele é quente contra a minha, me trazendo contra minha vontade uma boa sensação ao calor oferecido. Sensação de estar com o pé no portão do limbo. — Cuidado com os degraus — &n
Meu corpo se move para frente com força e meus olhos saltam de órbitas quando perscruto ao meu redor e me lembro que estou ainda na casa de Blake, minha mente me lembrando desse detalhe até mesmo quando estava em profunda inconsciência. Meus olhos se movem para a janela refletindo um céu azul escuro, o dia já estava começando a apontar do lado de fora. Levanto da cama passando cuidadosamente por Blake, pego sua jaqueta largada na cadeira perto da escrivaninha e meus saltos, saio a francesa de seu quarto vistoriando cuidadosamente o corredor, seria péssimo ser pega saindo do quarto do Evans júnior por sua família. Quando ninguém aparece, saio nas pontinhas dos pés escutando minha própria respiração preencher o ambiente sombrio ao meu redor, vasculho em minha mente uma saída mais acessível que a porta da frente, um clique se abre em minha cabeça e lembro que tem uma saída pelos fundo da cozinha, torço para a chave estar na porta e como se
Usain Bolt teria inveja de mim quando entro como um vulto na sala do clube de jornalismo da Sharky, que infelizmente está vazia nesse horário, meus adoráveis colegas chegariam mais tarde e eu não poderia ficar mais feliz por ter uns minutos sozinha apenas para mim e minha mente perturbada. Ok, eu precisava traçar um plano e rápido. Primeiro, teria que falar com Sadie e explicar a ela que fui ao shopping comprar a nova edição do álbum Abbey Road dos Beatles e depois fui ao cinema ver um filme clichê meia boca, nada de suspeito até aí. Eu podia fazer isso, seria fácil mentir para Sadie e tranquilizar sua mente que com com certeza deve estar pirando e bolando milhares de justificativas que só minha melhor amiga conseguiria pensar. Tento não pensar no quão terrível a mente criativa dela poderia ser nesse tipo de situação, já consigo até imaginar o tipo de cenários que sua mente fértil poderia criar. Do tipo”Meu Deu