Capítulo 588
— Carina, eu não quero mais viver.

Fiquei olhando para essa mensagem por alguns segundos antes de ligar imediatamente para Ana.

Mas ela não atendeu.

Tentei de novo. Nada.

Então liguei direto para o escritório dela.

— Ana Gomes está aí?

Assim que atenderam, perguntei sem rodeios.

— Ela pediu licença.

A resposta me fez prender a respiração.

Antes que eu perguntasse mais alguma coisa, a pessoa do outro lado falou:

— Você é a assistente Carolina, certo?

Ela me reconheceu pela voz?

— Sim, sou eu. Quanto tempo de licença ela pediu?

— Três dias. Deve voltar amanhã. Se precisar falar com ela, tente o número pessoal.

A resposta foi educada, mas seca.

Mesmo depois de tudo o que aconteceu, ainda me tratavam com respeito.

Provavelmente porque, mesmo sem ser oficialmente parte da família, ainda tinham receio de me desagradar.

Mas agora isso não importava.

Ana estava estranha.

E eu estava longe demais para ir atrás dela.

Respirei fundo.

— O celular dela está desligado. Você tem outro contato dela?

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