Capítulo 40
Levantei os olhos e vi o rosto firme e anguloso de George.

Ele não só me segurou, como também aparou a melancia que eu estava carregando.

Era uma daquelas cenas perfeitas, dignas de um filme romântico, em que tudo parece calculado para ser mágico. Mas, naquele momento, estava acontecendo comigo, na vida real.

Ele me ajeitou e soltou suas mãos, mas assim que tentei me mover, uma dor aguda, como agulhas, subiu pelo meu tornozelo.

Instintivamente, agarrei o braço dele.

— Dói... — Murmurei.

George seguiu meu olhar e viu que meu tornozelo, fino e pálido, já estava levemente inchado e avermelhado.

— Torceu o pé? — Ele perguntou, com aquela voz grave e rouca que parecia ainda mais atraente de perto.

Assenti com a cabeça, e no segundo seguinte, ele me devolveu a melancia e, sem hesitar, me pegou nos braços.

Eu e Sebastião ficamos juntos por anos, mas ele nunca me carregou assim. Agora, com George me segurando dessa maneira, meu coração começou a bater mais rápido, e senti o suor brotar na pont
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