Capítulo 379
George olhou na direção de Vinicius e perguntou:

— Você quer ir até ele?

Balancei a cabeça negativamente. Naquele momento, o que Vinicius precisava era de solitude.

George não insistiu. Após alguns segundos de silêncio, desviei o olhar e disse:

— Vamos.

Enquanto o carro avançava, pelo retrovisor, eu ainda podia ver Vinicius, parado na mesma posição, olhando para o céu. Sua dor parecia tangível, uma escultura de tristeza moldada naquele gesto estático.

O clima pesado me acompanhou até o quarto de Benedita. George percebeu meu estado, mas nada comentou. No entanto, ao entrarmos, ele segurou minha mão, seus dedos entrelaçando-se aos meus.

No instante em que senti o calor de sua mão, entendi seu gesto. Sorri para ele:

— Não se preocupe, não deixarei que isso afete Benedita.

— Eu não queria estragar seu apetite. — Ele apertou suavemente minha mão. — Cada um carrega sua dor, mas há feridas que só se curam por si mesmas.

— Sim. — Respondi, respirando fundo antes de abrir a porta do quarto.

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