Quando os nervos estavam tensos, não se sentia nada. Ao relaxar, Larissa sentia o peso em sua cabeça.Ao tocar a testa, percebeu que estava com febre verdade.Ela pediu um remédio ao garçom para a gripe e procurou um lugar tranquilo para descansar.Por coincidência, encontrou Yuri.- Você não está com Walter? – Perguntou ele.Larissa demorou um pouco para entender, apontou aleatoriamente para cima e passou por ele em direção ao sofá perto da janela.Yuri deu uma olhada nela e seguiu para cima sozinho.Larissa estava sentada sozinha no sofá, sentindo tonturas cada vez maiores. Incapaz de suportar, tentou retornar ao quarto. No entanto, ao caminhar por um trecho nem curto nem longo, ela foi cambaleando, com o mundo girando diante de seus olhos. Quando caiu, viu um par de sapatos parando à sua frente.Ela parecia ter sentido novamente o aroma de cedro....Enquanto isso, lá em cima, eles estavam terminando suas discussões e se preparando para descer em busca de diversão.Yuri e Walter ca
Dois homens se aproximaram, claramente atraídos pela beleza de Larissa, se agachando na frente dela e dizendo coisas indecentes.Larissa não ergueu a cabeça, então um dos homens ousou pegar em seu queixo.Walter olhou com frieza, memorizando os dois homens. Após ver o rosto de Larissa, o segundo homem, reconhecendo ela como alguém relacionado a Walter, rapidamente puxou o companheiro, evitando confusão.Larissa pegou o broche de cabelo do chão, segurando ele enquanto se levantava do convés.Naquele estado, ela parecia uma cordeirinha, vulnerável a qualquer ataque.Até agora, Walter não tinha ideia de como Larissa era alvo de assédio.O agravante foi quando ela se dirigiu para um ponto cego das câmeras de segurança e mesmo após vários cortes, o gerente da segurança não conseguiu localizar ela.- Onde ela está? – Perguntou Walter, em tom sério.- Sr. Walter, aguarde um momento... – Disse o gerente da segurança, continuou cortando as filmagens, mas não encontrou nada. Larissa desaparece
- Nesse horário, às oito e meia, eu acho que ouvi um som de queda na água... - Sussurrou uma mulher, observando quando Yuri não descobriu nada e estava prestes a desligar o computador. A mulher estava conversando com sua amiga, sua voz não era alta, mas Walter, que estava a alguns metros de distância, ouviu claramente, se virando de repente.- O que você ouviu? - Perguntou ele, sua voz estava um pouco sombria.- Às oito e meia, quando eu estava indo pegar algo no meu quarto no terceiro andar e voltando para o salão, passei por um quarto e ouvi acidentalmente uma discussão lá dentro, além de um som de queda na água. Naquela hora, achei que algo tinha caído na água... - Respondeu a mulher, depois de hesitar por um tempo.- Leve-me até esse quarto, por favor. - Pediu Walter, fixando seu olhar.A mulher concordou de imediato e levou Walter até o quarto do terceiro andar. Walter bateu na porta.Um homem com o nariz roxo e inchado abriu a porta, surpreso ao ver Walter. - Sr. Walter, você.
Voltando uma hora e meia no tempo...Larissa, sozinha na sala de banquetes, sua cabeça estava cada vez mais pesada. Ao tocar a testa, percebia que ainda estava com febre. Ela não conseguia insistir, se apoiou na mesa e se levantou, pensando em voltar para o quarto e descansar.Ela originalmente poderia ter usado o elevador para o quarto no quarto andar, mas ao chegar ao elevador, se deparou com alguns homens, aparentemente bêbados ou envolvidos em alguma confusão, bloqueando o caminho e causando tumulto.Com a testa franzida, ela decidiu subir pelas escadas. Afinal, ali era apenas o terceiro andar, subir mais um levaria ela ao quarto.Entretanto, ela cometeu um erro.O banquete ocorreu no segundo andar, mas ela lembrava errado, achando que era no terceiro. Assim, o que ela chamou de “subir mais um para o quarto” levou ela ao terceiro andar.A diferença de um andar estava destinada a fazer ela entrar no quarto errado.Mesmo não estava tão tonta naquele momento, Larissa, ao subir as es
Larissa conhecia bem Walter, então sabia que ele estava de mau humor, quase ao ponto de ficar com raiva. Walter raramente se irritava de verdade. Afinal, sua posição colocava ele acima de muitas situações, com poder para resolver qualquer problema com uma simples ordem. No entanto, dessa vez era diferente.- Sr. Walter. - Chamou Larissa, por ele.Walter agarrou seu pulso, puxando ela da cama desarrumada! Ele usou tanta força que Larissa colidiu contra seu peito sem resistência. Mesmo sem perfume, ele emanava uma fragrância fresca, como o cheiro da neve em dias de inverno.Mesmo sendo algo inalcançável, a invasão desse aroma era tão intensa. Uma vez sentido, ele tomava conta de todos os sentidos dela, fazendo ela esquecer completamente o cheiro de pinheiro, deixando apenas a presença dele.Mas a força de Walter era tão grande que quase torceu os ossos do pulso dela. - Sr. Walter! - Larissa, incomodada pela dor em seu pulso, soltou um murmúrio de dor e repreensão.Walter não parou d
Larissa, indignada, percebeu que ele estava suspeitando que algo aconteceu entre ela e Enrico, exigindo que ele verificasse seu corpo!Ela se sentia prestes a explodir!Será que ele via ela como uma propriedade privada? Outra pessoa não podia tocar ela, se ela sequer fosse tocada por outra pessoa, ele precisava verificar! Ele não via ela como uma pessoa!Ela estava cansada dele!Larissa não sabia de onde tirou tanta força, mas empurrou ele, ajustou seu roupão e se preparou para sair da cama.Walter alcançou ela, segurando sua mão.Sem pensar duas vezes, Larissa se virou e tentou dar a ele um tapa.Mas ela errou.A outra mão dela foi capturada por sua grande mão e ele avançou, pressionando ela contra a parede, suas mãos presas atrás dela.Larissa não aceitaria a derrota tão facilmente, ela tentou chutar, mas Walter se encaixou entre suas pernas, anulando qualquer chance de resistência!- Está se achando corajosa agora? Ousando me atacar? - Questionou Walter, encarava ela com uma expres
Murilo entregou um lenço a Larissa, que suspirou, aceitou e soltou uma educada “desculpa”, secando as lágrimas.Murilo, alguns anos mais velho e experiente nos complicados assuntos do coração, ficou em silêncio. Relações amorosas, ele sabia, muitas vezes eram um fardo e desgastavam a vontade das pessoas.- Já avisei Enrico para vir te buscar. - Anunciou Murilo.No início, Larissa queria recusar. - Não precisa, está tão tarde, não quero incomodar o professor Enrico. - Rejeitou Larissa.- Esta noite você precisa de um lugar para ficar. - Disse Murilo, lançando um olhar para ela.Era verdade. No cruzeiro, não em terra firme, não dava para ser expulsa de “casa” e encontrar um quarto em qualquer hotel gastando um pouco de dinheiro. Ela certamente não podia passar à noite no mesmo quarto com Murilo.Eles estavam sendo corretos, mas se alguém viesse eles, podia não pensar assim. Era como ela e Enrico, aos olhos do Walter, parecia que algo já havia acontecido.Walter levou Susana com ele. N
Larissa pensou que ela e Walter provavelmente não se separariam de forma amigável, mas nunca imaginou que eles chegariam a aquele ponto.Em fim, Walter entregou ela, de uma maneira ou de outra, não importava como, mas ele fez.A espada de Dâmocles, que pairava sobre a cabeça de Larissa, finalmente caiu.Ela pensou que era melhor assim.Ela era uma pessoa sentimental, enquanto Walter destruía aqueles sentimentos com suas próprias mãos.Larissa colocou a broche de volta na mesa de cabeceira.O objeto era muito valioso, ela com certeza devolveria amanhã para evitar que Walter encontrasse uma desculpa para causar problemas.Ela se levantou, apoiando seu corpo dolorido, ligou o abajur à cabeceira da cama e arrumou o casaco de Enrico, o colocando com cuidado no sofá.Só então ela voltou para a cama, puxou o cobertor, se deitou e se encolheu sob ele.Ela estava exausta, fisicamente e mentalmente, então ela dormiu rapidamente.Mas o sono não era pesado.Não apenas por causa do seu estado emoci