- Nesse horário, às oito e meia, eu acho que ouvi um som de queda na água... - Sussurrou uma mulher, observando quando Yuri não descobriu nada e estava prestes a desligar o computador. A mulher estava conversando com sua amiga, sua voz não era alta, mas Walter, que estava a alguns metros de distância, ouviu claramente, se virando de repente.- O que você ouviu? - Perguntou ele, sua voz estava um pouco sombria.- Às oito e meia, quando eu estava indo pegar algo no meu quarto no terceiro andar e voltando para o salão, passei por um quarto e ouvi acidentalmente uma discussão lá dentro, além de um som de queda na água. Naquela hora, achei que algo tinha caído na água... - Respondeu a mulher, depois de hesitar por um tempo.- Leve-me até esse quarto, por favor. - Pediu Walter, fixando seu olhar.A mulher concordou de imediato e levou Walter até o quarto do terceiro andar. Walter bateu na porta.Um homem com o nariz roxo e inchado abriu a porta, surpreso ao ver Walter. - Sr. Walter, você.
Voltando uma hora e meia no tempo...Larissa, sozinha na sala de banquetes, sua cabeça estava cada vez mais pesada. Ao tocar a testa, percebia que ainda estava com febre. Ela não conseguia insistir, se apoiou na mesa e se levantou, pensando em voltar para o quarto e descansar.Ela originalmente poderia ter usado o elevador para o quarto no quarto andar, mas ao chegar ao elevador, se deparou com alguns homens, aparentemente bêbados ou envolvidos em alguma confusão, bloqueando o caminho e causando tumulto.Com a testa franzida, ela decidiu subir pelas escadas. Afinal, ali era apenas o terceiro andar, subir mais um levaria ela ao quarto.Entretanto, ela cometeu um erro.O banquete ocorreu no segundo andar, mas ela lembrava errado, achando que era no terceiro. Assim, o que ela chamou de “subir mais um para o quarto” levou ela ao terceiro andar.A diferença de um andar estava destinada a fazer ela entrar no quarto errado.Mesmo não estava tão tonta naquele momento, Larissa, ao subir as es
Larissa conhecia bem Walter, então sabia que ele estava de mau humor, quase ao ponto de ficar com raiva. Walter raramente se irritava de verdade. Afinal, sua posição colocava ele acima de muitas situações, com poder para resolver qualquer problema com uma simples ordem. No entanto, dessa vez era diferente.- Sr. Walter. - Chamou Larissa, por ele.Walter agarrou seu pulso, puxando ela da cama desarrumada! Ele usou tanta força que Larissa colidiu contra seu peito sem resistência. Mesmo sem perfume, ele emanava uma fragrância fresca, como o cheiro da neve em dias de inverno.Mesmo sendo algo inalcançável, a invasão desse aroma era tão intensa. Uma vez sentido, ele tomava conta de todos os sentidos dela, fazendo ela esquecer completamente o cheiro de pinheiro, deixando apenas a presença dele.Mas a força de Walter era tão grande que quase torceu os ossos do pulso dela. - Sr. Walter! - Larissa, incomodada pela dor em seu pulso, soltou um murmúrio de dor e repreensão.Walter não parou d
Larissa, indignada, percebeu que ele estava suspeitando que algo aconteceu entre ela e Enrico, exigindo que ele verificasse seu corpo!Ela se sentia prestes a explodir!Será que ele via ela como uma propriedade privada? Outra pessoa não podia tocar ela, se ela sequer fosse tocada por outra pessoa, ele precisava verificar! Ele não via ela como uma pessoa!Ela estava cansada dele!Larissa não sabia de onde tirou tanta força, mas empurrou ele, ajustou seu roupão e se preparou para sair da cama.Walter alcançou ela, segurando sua mão.Sem pensar duas vezes, Larissa se virou e tentou dar a ele um tapa.Mas ela errou.A outra mão dela foi capturada por sua grande mão e ele avançou, pressionando ela contra a parede, suas mãos presas atrás dela.Larissa não aceitaria a derrota tão facilmente, ela tentou chutar, mas Walter se encaixou entre suas pernas, anulando qualquer chance de resistência!- Está se achando corajosa agora? Ousando me atacar? - Questionou Walter, encarava ela com uma expres
Murilo entregou um lenço a Larissa, que suspirou, aceitou e soltou uma educada “desculpa”, secando as lágrimas.Murilo, alguns anos mais velho e experiente nos complicados assuntos do coração, ficou em silêncio. Relações amorosas, ele sabia, muitas vezes eram um fardo e desgastavam a vontade das pessoas.- Já avisei Enrico para vir te buscar. - Anunciou Murilo.No início, Larissa queria recusar. - Não precisa, está tão tarde, não quero incomodar o professor Enrico. - Rejeitou Larissa.- Esta noite você precisa de um lugar para ficar. - Disse Murilo, lançando um olhar para ela.Era verdade. No cruzeiro, não em terra firme, não dava para ser expulsa de “casa” e encontrar um quarto em qualquer hotel gastando um pouco de dinheiro. Ela certamente não podia passar à noite no mesmo quarto com Murilo.Eles estavam sendo corretos, mas se alguém viesse eles, podia não pensar assim. Era como ela e Enrico, aos olhos do Walter, parecia que algo já havia acontecido.Walter levou Susana com ele. N
Larissa pensou que ela e Walter provavelmente não se separariam de forma amigável, mas nunca imaginou que eles chegariam a aquele ponto.Em fim, Walter entregou ela, de uma maneira ou de outra, não importava como, mas ele fez.A espada de Dâmocles, que pairava sobre a cabeça de Larissa, finalmente caiu.Ela pensou que era melhor assim.Ela era uma pessoa sentimental, enquanto Walter destruía aqueles sentimentos com suas próprias mãos.Larissa colocou a broche de volta na mesa de cabeceira.O objeto era muito valioso, ela com certeza devolveria amanhã para evitar que Walter encontrasse uma desculpa para causar problemas.Ela se levantou, apoiando seu corpo dolorido, ligou o abajur à cabeceira da cama e arrumou o casaco de Enrico, o colocando com cuidado no sofá.Só então ela voltou para a cama, puxou o cobertor, se deitou e se encolheu sob ele.Ela estava exausta, fisicamente e mentalmente, então ela dormiu rapidamente.Mas o sono não era pesado.Não apenas por causa do seu estado emoci
Larissa fechou os olhos, sem entender como tinha cometido um erro tão básico ao apenas estar doente.- Você tem alguma roupa que eu possa usar? Qualquer coisa está ótimo. - Perguntou Larissa, à funcionária, depois de pensar por um momento. Em resumo, ela não poderia aparecer na frente de Enrico sem roupa.- Posso emprestar meu uniforme? - Disse a funcionária, em choque.- Pode ser. - Respondeu Larissa.- Então, espere por mim por uns dez minutos. Vou buscar agora. - Disse a funcionária.- Obrigada. - Agradeceu Larissa.A funcionária saiu do banheiro, fechando a porta do quarto atrás dela.Larissa, sem tomar um banho, usou uma toalha úmida para se limpar, vestiu um roupão e saiu.Ainda tonta, ela tropeçou em um tapete perto da porta do banheiro e quase caiu na cama do lado oposto.Antes que ela pudesse se levantar, Walter invadiu o quarto....A doença realmente causou um caos....Era claro que Larissa não iria explicar nada para Walter. Se ele quisesse pensar dessa forma, era melhor.
Larissa compreendeu a preocupação de Enrico, como considerava ele um amigo, ela foi franca.- Professor Enrico, fique tranquilo. Não estamos envolvidos em nenhum negócio ilegal. Era uma promessa que fiz ao Sr. Murilo. Se ele conseguisse me salvar, eu concordaria em trabalhar para o Grupo Dias e assinaria um contrato de trabalho de cinco anos. O retorno que eu proporcionaria a ele nesses cinco anos, com base em minha capacidade de trabalho, seria no mínimo equivalente ao do projeto do antigo centro da cidade. - Confessou Larissa.Grupo Dias também havia feito uma oferta a ela antes. Entre as duas empresas fora do estado que ela considerou anteriormente, uma era o Grupo Campos, e a outra era o Grupo Dias. No entanto, após uma análise detalhada, ela considerou que o Grupo Campos seria mais adequada para ela. Por isso, ela não entrou em contacto com o Grupo Dias.Ontem, sem alternativas, ela usou a si mesma como moeda de troca para negociar com Murilo. Após ponderar, ele concordou com a