— Nem para cuidar de uma criança você serve? — José lançou uma risada sarcástica e, ao ver Raul tentando pegar seu filho, levantou a mão e afastou o braço dele. — Até uma criança você confunde? Olhe direito, esse é meu filho.José, certo de que Raul era cego de olhos e de coração.Raul ficou atônito por um momento. Só então percebeu que Tiago não era Evan.Com o rosto escurecido, ele não escondeu sua insatisfação com a atitude de José.Quando finalmente avistou Carolina na sala de estar, Evan estava escondido atrás dela.Evan agarrava a roupa de Carolina com força, a expressão cheia de medo. — Mamãe, eu quero ficar com você. Não deixa o tio me levar embora!— Sua Família Oliveira maltrata crianças, é isso? — José franziu o cenho, claramente incomodado.Como explicar tamanha resistência da criança?Mesmo que quisesse negar, Raul sabia que, naquele momento, era inútil. Ele sentia como se tivesse caído numa armadilha.Na Família Oliveira, todos tratavam Evan como um tesouro, o mimando sem
— Pelo que sei, Carolina é apenas sua assistente pessoal. Se você estiver disposto, posso oferecer o triplo do salário para a contratar. — Disse Raul com a voz baixa, fixando os olhos em Carolina. — Ou, se preferir, pode estipular suas próprias condições.José olhou Raul de cima a baixo. — É uma pena que o Sr. Raul não tenha substituído Paula no mundo do entretenimento. Parece que você está em todo lugar, sempre com um show para apresentar.Raul respirou fundo, ignorando a provocação de José.Para ele, o que desejava era apenas uma questão de tempo, mesmo que tivesse um rival tão forte quanto José.— Sr. José, você deveria se preocupar consigo mesmo. — Raul retrucou com indiferença, verificando o relógio. — Vou mandar trazer os pertences de Evan. Ele só bebe leite importado da Nova Zelândia, consome vegetais orgânicos e frutas importadas do Sudeste Asiático.Carolina, sem querer, lançou um olhar a José. Antes de entrar na casa dele, sabia que o mordomo era extremamente rigoroso quanto
Com raiva, Linda entrou em casa, mas a casa estava vazia. Tentou ligar para Augusto, mas ele não atendeu.Linda se sentou no sofá, mas Augusto nunca apareceu.Já que Augusto não apareceu, Linda decidiu continuar procurando por Carolina.Quando saiu de casa, viu um carro preto parado na porta, esperando por ela.A janela do carro se abaixou, e dentro estava José.— Onde está Carolina? Chame ela para vir falar comigo! — Linda gritou, furiosa. — Sou a mãe dela!— Então prove que você é a mãe dela. — José respondeu calmamente, fazendo um gesto para ela entrar no carro.— O que você quer dizer com isso? — Linda olhou desconfiada para José.— Considerando que você tem o hábito de mentir, preciso de uma prova médica que comprove sua relação com Carolina. Vou te levar para fazer um exame de paternidade com ela, e até o resultado sair, não vou deixar você a ver. — José avisou, de forma firme, para Linda não tentar enganar.O rosto de Linda mudou na hora. — Você quer que eu vá assim, sem mais n
No Grupo Santos.— Se Linda não quer cooperar com o exame de paternidade, com certeza tem algo errado. — Zé estava sentado no sofá, comendo castanhas. — Eu investiguei. Quando Luana estava na Família Martins, Linda era muito boa com ela, quase a tratava como uma joia preciosa. Mesmo que soubesse que Luana era uma herdeira rica e estivesse tentando a agradar, não faz sentido mudar de atitude tão rápido depois de reencontrar a própria filha.— É realmente um pouco suspeito. — José concordou com um leve aceno.— Mas isso não é problema pra mim. — Zé arqueou as sobrancelhas, confiante. — Augusto vai cooperar. Me dê um fio de cabelo dele e outro de Carolina, e faço o exame de paternidade. Assim mato a charada.José se recostou na cadeira. — Nos momentos cruciais, você até que tem alguma utilidade.— Olha só o jeito que você fala. — Zé se levantou e ajeitou a roupa. — Então, não vai me dar uma recompensa? Aquele seu carro do ano passado...— Resolva isso primeiro, depois conversamos. — José
Carolina voltou ao foco e pegou o copo de água das mãos de Matilde. — Não... nada.Ela estava apenas um pouco preocupada e ansiosa, temendo que José tivesse que enfrentar tudo sozinho na empresa.— Matilde, o que você está fazendo? Não trabalha direito e atende os clientes, só sabe ficar conversando com quem não pode comprar luxo? — A supervisora, claramente irritada, fez questão de alfinetar Matilde.Matilde revirou os olhos.Desde o primeiro dia em que entrou ali, a supervisora vinha implicando com ela.Era por causa de sua contratação direta.Essas lojas de marcas de luxo tinham critérios rígidos de seleção, e embora Matilde atendesse às exigências estéticas, seu nível acadêmico deixava a desejar. E ainda por cima, ela tinha antecedentes criminais.— Aqui não atendemos pessoas à toa. — A supervisora, de forma ríspida, se colocou à frente de Carolina.Carolina ficou um pouco desconfortável. — Desculpe... Eu já vou.— Não precisa sair! — Matilde olhou com raiva para a supervisora. —
Ele conhecia Carolina bem demais. Se ele não fosse direto e insistente em a presentear, ela nunca gastaria o dinheiro dele por conta própria.José estava muito nervoso e inseguro sobre o comportamento de Carolina de nunca gastar seu dinheiro.Esse hábito de Carolina, de nunca querer usar o dinheiro dele, deixava José inquieto, com uma sensação de insegurança difícil de ignorar.Dava a impressão de que Carolina poderia simplesmente partir a qualquer momento, sem deixar rastros....Ao ver José desligar o telefone, o coração de Carolina batia acelerado.De volta à loja, ela percebeu que Matilde ainda discutia com a supervisora.— Você, uma pobretona dessas, acha que pode ter amigos ricos? Deixa eu te avisar: se você não passar na avaliação deste mês, pode dar o fora daqui! — A supervisora continuava a repreender Matilde.— Quantos clientes eu atendi sozinha para comprar bolsas? Fiz o trabalho todo e você registrou os pedidos no seu nome porque sou nova aqui. Agora vem me falar de avaliaç
O homem parecia completamente encantado com aquele comportamento, extremamente mimado. — Compra.— Ah, querido, eu realmente te amo demais. — Joyce abraçou o homem e lhe deu um beijo.Carolina estava bebendo água e acabou se engasgando.Que exagero...Será que isso foi o que diziam sobre a mulher que fazia charme ser mais amada?E se ela também agisse assim com José... será que ele gostaria dela?Só de imaginar se comportando assim com José, Carolina sentiu um arrepio pelo corpo.Ela não conseguiria fazer isso...— Querido, eu também gostei dessa pulseira. Amanhã vou a um evento e não tenho uma joia decente para usar, vão dar risada de mim. — Joyce continuou com seu charme, quase grudada no homem, abraçando e se encostando nele.Na porta, Liliane já estava lá, parada, rígida, havia algum tempo.Aquele homem, com o qual ela tinha se esforçado tanto, passando quatro anos de sua juventude na prisão para o manter, estava ali, rodeado de uma jovem estrela, a abraçando e gastando dinheiro co
— Sra. Joyce, por que você escolheu ser a amante e destruir o casamento dos outros?— Dizem que sua prima Cátia intimida os outros na escola. O que você tem a dizer sobre isso?— Você foi influenciada pela sua prima nisso tudo?— Basta de bobagens! Desliguem essas câmeras! — Joyce olhou furiosa para os jornalistas. — Já que sabem quem eu sou, desliguem as câmeras agora. Se ousarem divulgar o que aconteceu hoje, meu tio não vai perdoar nenhum de vocês.Carolina encostada na porta, testemunhando o jeito dominador e agressivo de Joyce.— Sabe que esse tipo de idiota revela um problema bem específico? — Disse Matilde, encostada de lado, com um sorriso irônico no rosto.Lidar com alguém como Joyce, foi até fácil demais, não era necessário nem se esforçar para a manipular.— Tristeza da educação familiar. Em casa, ela é mimada e acredita que pode contar com os pais para resolver tudo. Cresce achando que é uma princesa em casa e que, na sociedade, todo mundo deve se submeter a ela, como se fo