No Grupo Santos.— Se Linda não quer cooperar com o exame de paternidade, com certeza tem algo errado. — Zé estava sentado no sofá, comendo castanhas. — Eu investiguei. Quando Luana estava na Família Martins, Linda era muito boa com ela, quase a tratava como uma joia preciosa. Mesmo que soubesse que Luana era uma herdeira rica e estivesse tentando a agradar, não faz sentido mudar de atitude tão rápido depois de reencontrar a própria filha.— É realmente um pouco suspeito. — José concordou com um leve aceno.— Mas isso não é problema pra mim. — Zé arqueou as sobrancelhas, confiante. — Augusto vai cooperar. Me dê um fio de cabelo dele e outro de Carolina, e faço o exame de paternidade. Assim mato a charada.José se recostou na cadeira. — Nos momentos cruciais, você até que tem alguma utilidade.— Olha só o jeito que você fala. — Zé se levantou e ajeitou a roupa. — Então, não vai me dar uma recompensa? Aquele seu carro do ano passado...— Resolva isso primeiro, depois conversamos. — José
Carolina voltou ao foco e pegou o copo de água das mãos de Matilde. — Não... nada.Ela estava apenas um pouco preocupada e ansiosa, temendo que José tivesse que enfrentar tudo sozinho na empresa.— Matilde, o que você está fazendo? Não trabalha direito e atende os clientes, só sabe ficar conversando com quem não pode comprar luxo? — A supervisora, claramente irritada, fez questão de alfinetar Matilde.Matilde revirou os olhos.Desde o primeiro dia em que entrou ali, a supervisora vinha implicando com ela.Era por causa de sua contratação direta.Essas lojas de marcas de luxo tinham critérios rígidos de seleção, e embora Matilde atendesse às exigências estéticas, seu nível acadêmico deixava a desejar. E ainda por cima, ela tinha antecedentes criminais.— Aqui não atendemos pessoas à toa. — A supervisora, de forma ríspida, se colocou à frente de Carolina.Carolina ficou um pouco desconfortável. — Desculpe... Eu já vou.— Não precisa sair! — Matilde olhou com raiva para a supervisora. —
Ele conhecia Carolina bem demais. Se ele não fosse direto e insistente em a presentear, ela nunca gastaria o dinheiro dele por conta própria.José estava muito nervoso e inseguro sobre o comportamento de Carolina de nunca gastar seu dinheiro.Esse hábito de Carolina, de nunca querer usar o dinheiro dele, deixava José inquieto, com uma sensação de insegurança difícil de ignorar.Dava a impressão de que Carolina poderia simplesmente partir a qualquer momento, sem deixar rastros....Ao ver José desligar o telefone, o coração de Carolina batia acelerado.De volta à loja, ela percebeu que Matilde ainda discutia com a supervisora.— Você, uma pobretona dessas, acha que pode ter amigos ricos? Deixa eu te avisar: se você não passar na avaliação deste mês, pode dar o fora daqui! — A supervisora continuava a repreender Matilde.— Quantos clientes eu atendi sozinha para comprar bolsas? Fiz o trabalho todo e você registrou os pedidos no seu nome porque sou nova aqui. Agora vem me falar de avaliaç
O homem parecia completamente encantado com aquele comportamento, extremamente mimado. — Compra.— Ah, querido, eu realmente te amo demais. — Joyce abraçou o homem e lhe deu um beijo.Carolina estava bebendo água e acabou se engasgando.Que exagero...Será que isso foi o que diziam sobre a mulher que fazia charme ser mais amada?E se ela também agisse assim com José... será que ele gostaria dela?Só de imaginar se comportando assim com José, Carolina sentiu um arrepio pelo corpo.Ela não conseguiria fazer isso...— Querido, eu também gostei dessa pulseira. Amanhã vou a um evento e não tenho uma joia decente para usar, vão dar risada de mim. — Joyce continuou com seu charme, quase grudada no homem, abraçando e se encostando nele.Na porta, Liliane já estava lá, parada, rígida, havia algum tempo.Aquele homem, com o qual ela tinha se esforçado tanto, passando quatro anos de sua juventude na prisão para o manter, estava ali, rodeado de uma jovem estrela, a abraçando e gastando dinheiro co
— Sra. Joyce, por que você escolheu ser a amante e destruir o casamento dos outros?— Dizem que sua prima Cátia intimida os outros na escola. O que você tem a dizer sobre isso?— Você foi influenciada pela sua prima nisso tudo?— Basta de bobagens! Desliguem essas câmeras! — Joyce olhou furiosa para os jornalistas. — Já que sabem quem eu sou, desliguem as câmeras agora. Se ousarem divulgar o que aconteceu hoje, meu tio não vai perdoar nenhum de vocês.Carolina encostada na porta, testemunhando o jeito dominador e agressivo de Joyce.— Sabe que esse tipo de idiota revela um problema bem específico? — Disse Matilde, encostada de lado, com um sorriso irônico no rosto.Lidar com alguém como Joyce, foi até fácil demais, não era necessário nem se esforçar para a manipular.— Tristeza da educação familiar. Em casa, ela é mimada e acredita que pode contar com os pais para resolver tudo. Cresce achando que é uma princesa em casa e que, na sociedade, todo mundo deve se submeter a ela, como se fo
Ela ligou para o pai, pedindo que acalmasse Ricardo e garantisse que até as 15h a situação fosse controlada.Em seguida, tentou ligar para José, querendo explicar que não tinha nenhum vínculo próximo com Joyce.Mas José nem atendeu as chamadas.— Droga... — Sofia sentiu os olhos ardendo de raiva, seu corpo todo tremendo enquanto apertava com força o celular.Ela não podia permitir aquilo.Não podia perder dessa forma. Não ia se render.José tinha que ser dela. Esperou tantos anos, fez tantos sacrifícios, tinha que conquistar José. Se não conseguisse, ela destruiria tudo.José, melhor reconhecer o que era melhor para ele. Ela já foi boa o suficiente com ele.Fez tudo o que ele queria, o que mais ele queria dela?— Srta. Sofia, não conseguimos abafar a situação. — No salão, a assistente correu até ela, desesperada. — Está claro que tem alguém por trás disso.— É José? — Sofia saiu correndo desajeitada, perguntando em tom baixo e tenso.— Nós verificamos, e não parece ser José. A situaç
Carolina mordeu o canto dos lábios, pensando no cartão que José lhe havia dado... Comprar uma bolsa, ele não iria se chatear, né?Ela olhou discretamente para as bolsas no balcão e então para os preços...Ah, não...Uma bolsa dessas custando mais de 300 mil...Era exagerado demais.— Pobre coitada! — A supervisora percebeu a hesitação e o choque de Carolina e fez um som de desdém. — O que está exposto ali são modelos comuns. Se nem isso você consegue comprar, tem coragem de ficar aqui em pé?A supervisora apontou para o lounge VIP onde Joyce estava escondida. — Viu aquele lugar? Você nem pense em entrar lá a vida toda.Se não gastasse pelo menos uns milhõezinhos na loja, nem sonhasse em entrar lá.— Não fica aí nos olhando como se fosse superior. — Matilde alertou a supervisora para não exagerar.— Eu é que estou me achando superior? Se ela conseguir comprar essa bolsa de 300 mil, eu vou até aprender a latir como um cachorro. — A supervisora revirou os olhos. — Não consegue comprar? En
José estreitou os olhos, claramente imune às palavras de Carolina.Carolina não teve escolha a não ser sussurrar no ouvido de José: — Essas bolsas não valem tudo isso, que tal... você me dar o dinheiro em vez disso?Ela achava que José estava sendo um pouco desperdício.José riu, olhando para Carolina, a achando incrivelmente fofa. — Meu dinheiro não está todo com você?— Ah? — Carolina pareceu perceber só depois.— O cartão que te dei está vinculado ao meu cartão principal, sem limite. Você pode gastar à vontade. — José afagou a cabeça de Carolina e olhou para Matilde. — Já terminou o expediente? Vamos almoçar.Matilde quase pulou de empolgação. — O chefe vai pagar!A supervisora e a gerente não ousaram dizer mais, especialmente a gerente, que nervosamente se adiantou. — Sr. José, desculpe, isso foi um mal-entendido, não sabíamos...— Parece que você precisa fazer um curso de aprimoramento sobre como gerenciar e ter um melhor olhar para as pessoas que você escolhe para a loja. — José