— Você não está com boa saúde, então eu vou pedir demissão para cuidar de você. — Augusto estendeu a mão e tentou puxar Linda, querendo a forçar a ir embora.Linda, jogada no chão, continuava a gritar e não se levantava. Ela ainda xingava Augusto. — Seu idiota, está enfeitiçado por Carolina! Você é um burro! Ela foi presa e você ainda cuida do filho dela. Se não fosse pelo filho dela, você ainda estaria solteiro? Se não resolver essas pendências, quem é que vai querer se casar com você?Augusto ficou imóvel, chocado ao olhar para Linda.Ele começava a duvidar: Será que Carolina era realmente a filha biológica de Linda?Se eram mãe e filha, por que a diferença entre elas era tão grande?Carolina era uma mulher tão boa, tão gentil, como podia ter uma mãe como Linda?— Você vai embora ou não? — Augusto perguntou, a voz rouca.— Não vou embora! Eu não vou sair daqui! — Linda continuava a fazer escândalo.Augusto assentiu. — OK, então continue fazendo escândalo aqui.Se virando, Augusto fez
— Não foi você quem causou isso? — Augusto deu uma risada fria. — Eu já chamei a polícia, eles estão a caminho. Você vai ser investigada, e se minha chefia decidir processar, você vai responder criminalmente.— Augusto! Eu sou sua mãe! — Linda olhou para ele, atônita.Augusto ficou em silêncio por um tempo, antes de falar de novo: — Você acha que a polícia vai te livrar da punição só porque você é minha mãe?Linda ficou sem palavras, não sabia o que responder.— Você não deveria estar gritando só porque é minha mãe. O que precisa fazer agora é refletir sobre si mesma, por que, depois de sair da prisão, já está querendo voltar para lá?Não muito depois de Augusto terminar de falar, o policial da área apareceu.— Ela está causando confusão aqui e ainda agrediu outros. Temos câmeras de segurança. — O segurança da empresa falou rapidamente.A polícia levou Linda, e os outros parentes desapareceram sem deixar rastros.Finalmente, a empresa ficou em silêncio.Júlia ficou parada, observando A
Agora, Júlia estava dirigindo furiosamente, ultrapassando os outros carros com raiva, e, inexplicavelmente, Augusto se sentiu triste por ela.Ela era a filha mais velha da Família Pinto, mas não tinha sequer um amigo de verdade, nenhum familiar que realmente a amasse, nem alguém em quem pudesse confiar.Júlia era boa de coração, mas tinha a língua afiada. Apesar disso, era uma mulher de caráter.— Por favor, segue aquele carro. — Augusto disse apressado, com um toque de arrependimento.Ele sempre achou que a conhecia bem, então por que tinha que a provocar?Talvez, depois de um ano ou quando ela se cansasse, seria melhor se afastar naturalmente.Augusto sabia que Júlia, com seu temperamento, precisava ser mimada, ou então tudo ficaria difícil.— Aquela é sua amiga? Está dirigindo demais, vai dar ruim! — O taxista, que se achava um bom motorista, mal conseguia acompanhar.— Por favor, mais rápido.Augusto estava começando a se preocupar.De repente, Bum! Um acidente aconteceu à frente,
Na casa de José.Carolina estava sentada à mesa, apertando o celular com força.Augusto já tinha ligado para ela, dizendo para não se preocupar e deixar Linda aprender uma lição.Se ninguém fosse pagar a fiança, Linda passaria 24 horas detida por perturbação da ordem pública.Hoje seria um bom dia para ela refletir lá dentro.Pouco tempo depois, a delegacia ligou novamente.— A Sra. Linda não é sua mãe? — O policial perguntou.— Desculpe, eu não tenho mãe. Ela tem alguma prova? — Carolina respondeu, com frieza.O policial ficou sem palavras, parecia que a família não estava em bons termos. — Então, vamos deixar ela na delegacia para refletir por um dia. Quando for liberada, terá que pagar uma multa de quinhentos reais. O policial desligou em seguida.Carolina deu um suspiro de alívio e pensou em ligar para José.Não sabia como ele estava no Grupo Santos.Hoje, com certeza, ele estaria cercado por inimigos.— Carolina, a casa de José é enorme! — Matilde saiu do banheiro, admirando os a
Matilde assentiu. — Essa é uma boa ideia.Carolina segurava o celular, um pouco distraída.— Aliás, você sabe o quão pequeno é esse mundo? — Matilde bateu a mão na coxa. — A amante do marido de Liliane, você sabe quem é?Carolina balançou a cabeça.— É a prima de Cátia, é uma atriz do mundo do entretenimento. Quando ela começou, usou a conexão com a Família Reis e se aproximou de Marcos, dizendo que o Sr. Marcos de K Empresa era seu cunhado.Matilde também achou tudo muito estranho, parecia que estava sempre cruzando com pessoas da Família Reis.— De novo a Família Reis de novo... — Carolina levantou a mão e se esfregou na testa.A vida sempre colocava os inimigos no mesmo caminho.— Se tiver medo de ofender a Família Reis, podemos deixar pra lá. — Matilde disse, preocupada com a reação de assustada.Carolina balançou a cabeça. — Dessa vez, foi realmente uma coincidência...Carolina mordeu o canto dos lábios. — Qual é o nome da amante? Vou dar uma olhada.Ela estava decidida a não fica
Quando José voltou para casa, Carolina já tinha preparado o jantar.Ela estava de avental, com o cabelo preso de forma simples.Colocando os pratos na mesa, Carolina sorriu para José, que estava trazendo Tiago. — Lave as mãos, a comida já está pronta.José parou por um momento, deixando Tiago no chão.Carolina ficou ali, criando a imagem de um lar perfeito para ele.Devido ao casamento frio de seus pais, José sempre foi resistente à ideia de se casar e ter filhos.Mas agora... ele sentia um calor.Era como se tivesse voado sozinho por muito tempo e finalmente tivesse encontrado seu caminho de volta para casa.— Mamãe. — Tiago lavou as mãozinhas e se sentou, comportada, à mesa. — Hoje, Alberto não foi à escola.Carolina ficou um pouco surpresa e olhou para José. — Alberto não foi para a escola?José acenou com a cabeça, sem querer se envolver demais, talvez ele estivesse doente?Carolina não fez mais perguntas. Vendo o quanto Luísa cuidava bem do filho, ela não se preocupou tanto.— Hoj
Naquela época, José não conseguia entender por que Carolina não sabia se opor, por que, até mesmo ao ver a polícia, ela continuava a proteger aquelas pessoas.Agora, talvez ele começasse a entender…Devido ao ambiente familiar e à forma como cresceu, quando José enfrentava problemas, sua primeira reação era encontrar uma solução rápida e eficaz, pois com suas habilidades ele podia controlar ao máximo a situação.Mas Carolina não podia.Ela costumava pensar em incontáveis soluções para os problemas que surgiam, mas cada uma delas parecia insuportável para ela. Por isso, ela se tornava cada vez mais insegura, mais submissa.— Tiago. José olhou para Tiago e fez um sinal com os olhos.Tiago correu alegremente para a sala e trouxe as flores que José havia preparado previamente, as escondendo atrás de si. — Mamãe, essas são as flores que eu trouxe para você.Era um buquê de rosas vermelhas desabrochando, de um vermelho vibrante, praticamente reluzente.Carolina olhou surpresa para as rosas,
— Não está mais tão magra. — Depois de mandar Tiago para o escritório estudar, José abraçou Carolina por trás enquanto a observava arranjar as flores.Carolina ficou um pouco rígida, visivelmente desconfortável.— Ah! — José estendeu a mão para pegar uma rosa desabrochada na mesa, mas acabou se espetando nos espinhos que não haviam sido retirados, fazendo com que um pequeno ponto de sangue surgisse no dedo.Carolina, preocupada, segurou o dedo dele e olhou para ele, sem saber o que fazer.— Carolina. — José olhou para Carolina, a pouca distância entre eles criando uma atmosfera carregada de ternura e carinho.— Sim... — Carolina olhou para baixo, tentando retirar os espinhos da rosa.— A rosa vermelha, ela é mais resistente ao vento e a ambientes adversos do que a branca. — José pegou a rosa da mão dela. — A rosa, por natureza, tem espinhos, ferir alguém não é culpa dela.Carolina levantou os olhos e olhou para ele, seu olhar tremia.José suspirou, baixou a cabeça e a beijou.Aquelas c